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PROFESSOR
Edson Luís Moura Corassi, professor licenciado em Geografia (plena).

Disciplina Específica da Licenciatura:
• Geografia
• Geografia Suplência
• Geografia Geral
• Geografia do Brasil
• Geografia Humana
• Geografia Física
• Geociencias
• Geografia Aplicada
• Geografia Regional
• Geografia Turística
• Geoeconomia
• Geopolítica
• Geografia - Cartografia
• Atualidades em Geografia

Professor de história I, EMC, OSPB.
- Especialista em cursinhos pré-vestibular.

Sagitariano, Cristão, São Paulino,.

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terça-feira, 29 de novembro de 2011
ATUALIDADES

24/11/2011 VAZAMENTO DE PETRÓLEO NO LITORAL BRASILEIRO. Vazamento no Rio revela despreparo de autoridades. O vazamento de milhares de litros de petróleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, evidenciou o quanto o governo brasileiro está despreparado para lidar com acidentes dessa natureza. Ainda não há um plano nacional para prevenir ou conter desastres ambientais provocados por derramamento de óleo na exploração da camada pré-sal. O acidente aconteceu no Campo do Frade, localizado a 120 km do litoral fluminense, no dia 8 de novembro. Ainda não se sabe ao certo a extensão do desastre e nem o impacto à biodiversidade marinha e à pesca na região. A mancha de óleo se estendeu por uma área de 163 quilômetros quadrados, o equivalente a 16,3 mil campos de futebol. O volume vazado seria o correspondente a 2,4 mil barris (381,6 mil litros). A multinacional Chevron do Brasil, que explora o campo, assumiu a responsabilidade pelo derramamento de óleo. No dia 23 de novembro, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) determinou a suspensão das atividades da empresa no país até que sejam explicadas as causas e identificados os responsáveis pelo acidente. O valor das multas aplicadas à petroleira pode chegar a R$ 250 milhões. 17/11/2011Revolta na USP Protestos vão além da questão da segurança. Setenta e dois estudantes foram detidos no último dia 8 de novembro durante a desocupação da reitoria da USP (Universidade de São Paulo), a mais prestigiada universidade do país, realizada pela Tropa de Choque da Polícia Militar. Foi o episódio mais dramático de uma crise política na universidade, motivada por um convênio firmado entre a USP e a PM para aumentar a segurança na Cidade Universitária, situada no bairro Butantã, zona oeste de São Paulo. A reitoria e o governo do Estado firmaram um convênio com a PM para intensificar as rondas na Cidade Universitária depois que um aluno foi morto durante uma tentativa de assalto em outubro. Os manifestantes alegam que a presença da PM inibe protestos e fere a autonomia universitária. Um total de 58% dos estudantes apoia a iniciativa. O movimento estudantil da USP, contudo, tem motivações políticas. Os estudantes reivindicam eleições diretas para a escolha do reitor, que hoje é indicado pelo governador do Estado a partir de uma lista tríplice. Os manifestantes também são ligados a partidos de esquerda e sindicatos. Interesses políticos Parte dos estudantes é contrária à presença da Polícia Militar na Cidade Universitária por acreditarem que a policia coíbe manifestações e contraria o princípio de autonomia da universidade. Confrontos entre policiais e estudantes aconteceram em outras ocasiões, em 2007 e 2009. O DCE (Diretório Central dos Estudantes) defende que a segurança fique a cargo da Guarda do Campus. Uma pesquisa recente feita pelo Datafolha, entretanto, apontou que 58% dos alunos são favoráveis à presença da PM. Já a reitoria alega que os manifestantes, que representam uma minoria dos estudantes da USP, são manipulados por partidos políticos de esquerda e sindicatos. De fato, os jovens são ligados ou influenciados por partidos como o PSOL e o PSTU e a central sindical CSP-Comlutas, à qual o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) é filiado. A insatisfação dos alunos, porém, vai além das questões de segurança. Eles reivindicam eleições diretas para a reitoria (o que depende da mudança do estatuto). Atualmente, o reitor é indicado pelo governador de São Paulo a partir de uma lista de três nomes de professores titulares escolhida pelo Conselho Universitário. Após a detenção dos manifestantes, alunos das faculdades de Comunicação e Artes (ECA) e Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP entraram em greve. Houve também passeatas dentro do campus e nas ruas do centro de São Paulo. Entre os dias 22 e 24 de novembro acontecem eleições 10/11/2011Crise do Euro Finanças derrubam premiês na Europa. Os premiês italiano Silvio Berlusconi e grego George Papandreou renunciaram ao cargo devido a uma crise política provocada pela recessão que atinge os países europeus, a pior desde a Segunda Guerra Mundial. Sete outros governos foram desestabilizados desde 2008. Em países como Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda o endividamento atingiu patamares intoleráveis na zona do euro. Na Grécia e na Itália, as contas para pagar superam o total de riquezas produzidas pelo país, medida pelo PIB (Produto Interno Bruto). Para combater a crise dos débitos, os governos adotaram pacotes de austeridade que incluem cortes de benefícios e aumentos de impostos, o que gera descontentamento entre a população. Berlusconi e Papandreou caíram após a adoção de um desses pacotes. A saída de Berlusconi coincide com a queda do premiê grego George Papandreou, por motivos semelhantes. Ambos os políticos são peças de um “efeito dominó” que já destituiu sete governos em três anos, liquidados pela pior crise financeira na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. No continente em que o Estado era um modelo de avanços sociais e econômicos, os pacotes de austeridade aplicados para conter os efeitos da recessão abalaram a popularidade dos líderes, sejam eles de esquerda ou de direita. Isso porque as medidas incluem cortes de benefícios e aumento de impostos. Os gastos públicos nesses países, que já eram elevados antes da crise de 2008, tornaram-se críticos quando os governos tiveram que injetar trilhões de dólares no mercado para impedir a falência de bancos. Em países como Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda o endividamento atingiu patamares intoleráveis na zona do euro. Na Grécia e na Itália, as contas para pagar superam o total de riquezas produzidas pelo país, medida pelo PIB (Produto Interno Bruto). No plano internacional, tal quadro aumenta o risco de calote dos credores e afasta investimentos, prejudicando ainda mais a economia. Berlusconi resistiu a denúncias de abuso de poder e escândalos sexuais envolvendo menores de idade. Mas cedeu à pressão para deixar o cargo após a votação da Lei de Estabilidade, uma série de medidas adotadas para tentar reduzir o déficit público italiano. O projeto foi aprovado no Parlamento, mas o premiê perdeu a maioria legislativa e, assim, a sustentação de seu governo. Sob forte desconfiança de que poderia reverter a situação econômica na Itália, o líder centro-direitista anunciou que deixaria o cargo. A Itália já enfrentava problemas no equilíbrio das contas públicas desde o começo dos anos 1990. A crise econômica, contudo, elevou o endividamento, que representa hoje 121% do PIB, e o risco do país não ter mais como pagar suas dívidas, além de tornar o custo de empréstimos impraticável. O país é a terceira maior economia da zona do euro, a oitava do mundo e a quarta maior tomadora de empréstimos no planeta. Em caso de calote, dificilmente a Itália poderia ser salva pela União Europeia (UE), como acontece no caso da Grécia. Para se ter uma ideia da gravidade da crise, as dívidas italianas somam 1,9 trilhão de euros, o que corresponde a 2,8 vezes as dívidas somadas de Portugal, Irlanda e Grécia. Grécia Na Grécia, a permanência de Papandreou no poder se tornou insustentável depois que ele anunciou, em 1º de novembro, que faria um referendo sobre o novo pacote de ajuda da UE, consultando a população sobre a aceitação ou não do plano. A ajuda ao governo grego era condicionada pela aceitação de novos pacotes de austeridade. O objetivo do premiê, com o referendo, era conseguir respaldo dos eleitores para aplicar medidas impopulares, mas pesquisas indicavam que o pacote seria recusado por pelo menos 60% dos gregos. O anúncio da consulta também levou pânico aos mercados financeiros. Enfraquecido no governo, o primeiro-ministro desistiu da proposta e teve também que anunciar sua renúncia no domingo (6). A dívida pública grega é de 350 bilhões de euros, o equivalente a 165% do PIB. É a maior relação déficit/PIB entre os países europeus, sendo que o limite de endividamento estabelecido na zona do euro é de 60%. Durante décadas, o país gastou mais do que podia, contraindo empréstimos altíssimos ao passo que a arrecadação de impostos diminuía. No ano passado, o primeiro plano de ajuda ao país veio acompanhado de redução de salários de funcionários públicos e aumento de impostos, o que provocou manifestação dos sindicatos. Papandreou foi substituído pelo ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Lucas Papademos, empossado no dia 11. Na Itália, o substituto de Berlusconi deve ser anunciado em breve. Efeito dominó Desde 2008, sete governos sofreram baixas devido aos débitos na zona do euro. Primeiro, o ex-primeiro-ministro da Islândia, Geir Haarde, após o país ter praticamente ido à falência em 2008. No Reino Unido, Gordon Brown, que substituiu Tony Blair, foi derrotado nas eleições, encerrando uma década de predomínio dos trabalhistas no poder. O mesmo aconteceu com o governo da Irlanda, de Brian Cowen, e José Sócrates, em Portugal, que caíram diante da pressão política. Em outubro, foi a vez do governo de Iveta Radicova, na Eslováquia, cair por conta da aprovação de pacotes da UE. Tudo indica que Papandreou e Berlusconi não serão os últimos da lista. O próximo país a enfrentar os efeitos políticos da crise é a Espanha, que realiza no próximo dia 20 eleições antecipadas para o Legislativo. Dessa vez, o socialista José Luis Rodrigues Zapatero deve sofrer uma dura derrota diante da oposição. Durante séculos, o número de pessoas na Terra aumentou muito pouco. A marca de 1 bilhão de habitantes foi alcançada em 1800. A partir dos anos 1950, porém, melhorias nas condições de vida em regiões mais pobres provocaram uma rápida expansão. Em apenas meio século, a população mais do que dobrou de tamanho, chegando a 6 bilhões em 2000. As projeções indicam que, em 2050, serão 9,3 bilhões de habitantes no planeta, índice que atingirá os 10 bilhões até o final do século, antes de estabilizar. O aumento ocorrerá principalmente em países africanos que registram altas taxas de fertilidade. A China é hoje o país mais populoso do mundo, com 1,35 bilhão de pessoas, seguida da Índia, com 1,24 bilhão. Mas, segundo a ONU, em 2025 a Índia terá 1,46 bilhão de habitantes, ultrapassando os estimados 1,39 bilhão de chineses nesta data. O problema não é acomodar tanta gente: há espaço de sobra. As questões envolvem o balanço entre população idosa e jovem, uso de recursos naturais, fluxo migratório e desenvolvimento sustentável em zonas urbanas, que concentrarão 70% da população mundial. Em 2008, pela primeira vez na historia, havia mais gente morando em cidades que no campo. Em 1975, havia três megacidades (aglomerados urbanos com mais de 10 milhões de pessoas) no mundo: Nova York, Tóquio e Cidade do México. Hoje, são 21, entre elas São Paulo e Rio de Janeiro. Essas cidades demandam soluções para problemas como trânsito, violência, saneamento básico e desemprego. O aumento populacional cria também disparidades sociais. Nos países mais pobres, como no continente africano, as altas taxas de fecundidade e o crescimento da população mais jovem dificultam o desenvolvimento. Não há emprego para todos e nem acesso à educação de qualidade. Já em nações ricas, como o Japão e países europeus, o problema é o envelhecimento do povo. O maior número de pessoas idosas reduz a força de trabalho e sobrecarrega os sistemas previdenciários, onerando o Estado. Por isso, governos usam estratégias opostas: campanhas de controle da natalidade no primeiro caso, como prevenção de gravidez na adolescência, e estímulo econômico às mulheres para que tenham mais filhos, no segundo. Em geral, as taxas de fecundidade (número médio de filhos por mulher) caíram de 6 filhos para cada mulher para 2,5, desde os anos 1970. As causas foram os avanços sociais e econômicos, que permitiram às mulheres acesso à educação, trabalho e métodos contraceptivos. Mas, ao mesmo tempo, a expectativa de vida passou de 48 anos, no início da década de 1950, para 68 anos na primeira década do século. E a mortalidade infantil, que era de 133 mortes para cada 1 mil nascimentos, na década de 1950, caiu para 46 mortes em cada 1 mil, no período entre 2005-2010. Jovens com menos de 25 anos compõem 43% da população mundial. Eles representam uma importante mão de obra para estimular economias, sobretudo aquelas em crise; mas, para isso, precisam ter educação, saúde e emprego. Brasil No Brasil, há uma tendência para o envelhecimento da população, que é hoje de 192 milhões de habitantes. Em 1960, cada mulher tinha uma média de 6 filhos, taxa reduzida para 2,4 no começo deste século. Na última década, projeções apontam uma tendência de queda para índices entre 1,8 e 1,9, abaixo da taxa de reposição de 2,1 filhos. São taxas de fecundidade próxima a países como Alemanha, Espanha, Itália, Japão e Rússia. O aspecto positivo é que isso contribui para a diminuição da pobreza, pois o Estado tem menos crianças para assistir e há mais mulheres no mercado de trabalho. Contudo, nesse ritmo, o país terá que lidar em breve com gastos causados pelo envelhecimento populacional. Estima-se que, em 2100, os idosos com mais de 80 anos serão 13,3% da população brasileira, superando a parcela de pessoas economicamente ativas. Enquanto isso, o país aproveita uma característica demográfica que favorece o crescimento econômico: há um número maior de adultos, ou seja, de pessoas em idade produtiva que não dependem do Estado. É o chamado “bônus demográfico”, que dura um tempo determinado e deve ser aproveitado. Por esta razão, especialistas afirmam que agora é o momento de pensar políticas públicas para lidar com o envelhecimento dos brasileiros. Outro ponto importante é o planejamento urbano. O Brasil, com 85% pessoas vivendo nas cidades, é um dos países mais urbanizados do mundo, e, com mais gente vivendo nas cidades, há mais demanda por habitação, saneamento e transporte público, postos de trabalho, saúde e educação. A população mundial atingiu os 7 bilhões de habitantes no dia 31 de outubro, segundo estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas). A China é hoje o país mais populoso do mundo, com 1,35 bilhão de pessoas, seguida da Índia, com 1,24 bilhão. As projeções indicam que, em 2050, serão 9,3 bilhões de habitantes no planeta, índice que atingirá os 10 bilhões até o final do século, antes de estabilizar. O aumento ocorrerá principalmente em países africanos que registram altas taxas de fertilidade. O ritmo acelerado de crescimento populacional impõe desafios para garantir uma convivência mais equilibrada nos centros urbanos, nas próximas décadas. O problema não é acomodar tanta gente: há espaço de sobra. As questões envolvem o balanço entre população idosa e jovem, uso de recursos naturais, fluxo migratório e desenvolvimento sustentável em zonas urbanas, que concentrarão 70% da população mundial. No Brasil, com 192 milhões de habitantes, há uma tendência para o envelhecimento da população. Na última década, projeções apontam uma tendência de queda para índices de fecundidade próximos aos registrados em países europeus. Outro desafio é a vida em centros urbanos: o Brasil, com 85% da população vivendo nas cidades, é um dos países mais urbanizados do mundo.


ATUALIDADE AULAS 2011

29/10/2010 Protestos na França - A revolta dos jovens contra as mudanças nas aposentadorias Há duas semanas as ruas da França foram tomadas por estudantes e sindicalistas que protestaram contra a reforma da previdência, proposta pelo presidente Nicolas Sarkozy . As ruas da França foram tomadas, há duas semanas, por estudantes e sindicalistas que protestaram contra as reformas das aposentadorias propostas pelo presidente Nicolas Sarkozy. O projeto foi aprovado no Senado dia 22 de outubro. Pela reforma, a idade mínima para se pedir aposentadoria passa de 60 para 62 anos. Para a aposentadoria integral, a idade mínima foi elevada de 65 para 67 anos. A medida é necessária para conter os gastos do governo com a previdência. Com a expectativa de vida maior, ao passo que a taxa de natalidade caiu, o governo europeu gasta mais com o pagamento de pensões. As reformas já estavam previstas, mas a crise econômica de dois anos atrás acelerou o processo. Países como Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Grécia também tiveram que reduzir os gastos, cortando benefícios. Em um continente cuja economia é baseada no Estado de bem-estar social, que provê generosas aposentadorias e outros benefícios sociais, as mudanças geram protestos. Na França, especificamente, a impopularidade do presidente Sarkozy uniu sindicalistas e estudantes. As greves paralisaram serviços, transportes e refinarias. Mesmo com a aprovação, a oposição prometeu novos protestos. 05/11/2010 Eleições 2010 - Dilma é primeira mulher eleita presidente no Brasil A economista Dilma Rousseff (PT) se tornou a primeira mulher eleita presidente na história do Brasil. Ela obteve 56% dos votos válidos no segundo turno, no dia 31 de outubro, contra 44% do ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB). A vitória da petista se deve, em grande parte, à popularidade do presidente Lula. O presidente atuou como o principal cabo eleitoral da campanha de Dilma e conseguiu transferir para ela parte de sua popularidade recorde entre os brasileiros. A disputa presidencial foi a sexta desde o fim do regime militar (1965-1985) e a primeira sem a participação de Lula como candidato. A campanha foi marcada por escândalos, ataques pessoais, boatos na internet, debates religiosos e a neutralidade da candidata Marina Silva (PV), terceira colocada no primeiro turno. Dilma nunca havia disputado uma eleição antes. Durante a ditadura, ela foi militante de movimentos políticos de esquerda, e depois presa e torturada. Exerceu cargos políticos em governos no Rio Grande do Sul antes de entrar para o governo Lula em 2002. No Planalto, foi ministra de Minas e Energia (2003-2005) e ministra-chefe da Casa Civil. Em todo o mundo, apenas 17 mulheres exercem funções de presidente e primeira-ministra, segundo o estudo "As Mulheres do Mundo", da Organização das Nações Unidas (ONU). Na América Latina, ela será a 11ª mulher a ocupar o cargo de presidente. Entre os desafios do novo governo está o investimento em infraestrutura, para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, e as reformas na previdência e no sistema tributário. Dilma precisa ainda avançar na economia e nos programas sociais do governo, além de governar com autonomia do presidente Lula. Mulheres Ao ser eleita presidente, Dilma Rousseff entrou para um grupo seleto de mulheres que ocupam cargos políticos de liderança no mundo. Hoje, 17 mulheres possuem o título de presidente ou primeira-ministra de um total de 192 nações, segundo o estudo "As Mulheres do Mundo", da Organização das Nações Unidas (ONU) Entre as principais lideranças femininas está a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e a menos conhecida Ellen Johnson Sirleaf, presidente da Libéria e a primeira eleita no continente africano. Na história, entre as mais famosas estavam a primeira ministra britânica Margaret Thatcher, a "dama de ferro" que governou o Reino Unido de 1979 a 1990, e Indira Gandhi, primeira ministra indiana. Na América Latina, Dilma será a 11ª mulher a chegar à Presidência. Dos 33 países latino-americanos, nove tiveram mulheres à frente do Executivo: Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador, Guiana, Haiti, Panamá e Nicarágua. Oito delas foram eleitas e três cumpriram o cargo interinamente. Na Argentina, duas mulheres já foram presidentes. Maria Estela Martinez de Perón, a "Isabelita" Perón, foi a primeira. Ela assumiu o lugar do marido morto, do qual era vice, em 1974. Já Cristina Kirchner sucedeu o marido, Nestor Kirchner, e é a atual presidente do país. Outra presidente de destaque na região foi Michelle Bachelet, no Chile. A costarriquenha Laura Chinchilla, eleita este ano, é uma das três mulheres (junto com Kirchner e Dilma) que hoje estão na Presidência da República, na América Latina. No Brasil, a presença feminina na política aumenta a cada eleição, mas mesmo assim o índice é pouco expressivo. A eleição presidencial deste ano trouxe, pela primeira vez, duas mulheres entre os candidatos mais voltados: Dilma Rousseff e Marina Silva. Anteriormente, concorreram ao cargo Lívia Maria Pio de Abreu, em 1989 (17.º lugar), e Heloísa Helena, em 2006 (3.º lugar). Para o Congresso foram eleitas este ano oito senadoras - aumentando para 12 o total de parlamentares do sexo feminino no Senado (num total de 81 senadores) - e 43 deputadas federais, sendo que duas candidatas ficaram entre os cinco parlamentares mais votados no país. O índice, porém, é um dos mais baixos no cenário mundial. 12/11/2010 Reunião do G20 - Entenda o que é a "guerra cambial" O G20, grupos das vinte maiores economias do mundo, se reúne esta semana, entre os dias 10 e 12 de novembro, em Seul, capital da Coreia do Sul. O principal assunto do encontro será a chamada "guerra cambial". A disputa monetária vem afetando sobretudo países emergentes, como o Brasil. "Guerra cambial" é um conjunto de medidas econômicas adotada por governos para desvalorizar suas moedas. O objetivo é gerar competitividade de seus produtos no mercado internacional, estimulando as exportações. Os dois maiores protagonistas da disputa são Estados Unidos e China - as duas maiores economias do planeta. A China mantém o câmbio fixo. Isso significa que é o governo que controla a cotação da moeda local, o yuan, frente ao dólar. Na maioria dos países, vigora o câmbio livre, em que a cotação é ditada por operações do mercado financeiro. Já os Estados Unidos, para enfrentar a crise e a concorrência chinesa, colocaram mais dinheiro em circulação. Com isso, o dólar ficou desvalorizado diante das outras moedas. É como se os supermercados fossem abarrotados de um determinado produto, fazendo com que seu preço caísse. A queda do dólar provoca prejuízos aos demais países, principalmente os emergentes, como o Brasil, que têm uma economia estável. A desvalorização da moeda americana afeta tanto o mercado externo, pois os produtos nacionais ficam mais caros, quanto o mercado interno, uma vez que fica mais barato importar produtos estrangeiros. A reunião do G20 vai negociar soluções para evitar que a desvalorização do dólar continue afetando economias. 19/11/2010 Cólera no Haiti - Epidemia já matou mais de mil Quase um ano depois de ser arrasado pelo pior terremoto de sua história, o Haiti sofre com uma epidemia de cólera que matou, até agora, 1.110 pessoas. De acordo com o governo, 18,3 mil haitianos foram hospitalizados com sintomas da doença desde outubro. O caos na saúde pública provocou protestos que deixaram três mortos na capital, Porto Príncipe, a poucas semanas das eleições presidenciais e legislativas. Uma epidemia de cólera matou, até agora, 1.110 pessoas no Haiti. De acordo com o governo, 18,3 mil haitianos foram hospitalizados com sintomas da doença desde outubro. O caos na saúde pública provocou protestos que deixaram três mortos na capital, Porto Príncipe, a poucas semanas das eleições presidenciais e legislativas (marcadas para 28 de novembro). O Haiti é um dos mais pobres do mundo. A situação do país se agravou com um terremoto de grau 7 na escala Richter que devastou Porto Príncipe, em 12 de janeiro. O tremor deixou 250 mil mortos e afetou um terço da população. Desde então, 1,3 milhão de sobreviventes vivem em condições precárias em acampamentos improvisados. A falta de saneamento básico e de água potável contribuiu para que a doença se espalhasse rapidamente. Cólera é uma infecção diarreica aguda, causada pela exposição ou ingestão de comida e água contaminadas pela bactéria Vibrio cholerae. Os sintomas são febre, diarreia e vômitos, causando desidratação. O tratamento é feito com reidratação e antibióticos. Em todo o mundo, estima-se que, por ano, haja de 3 a 5 milhões de contaminados e de 100 a 120 mil mortes. Países pobres e em guerra são focos constantes da moléstia desde o século 19, quando foram documentados os primeiros casos na Índia. 26/11/2010 Revolta da Chibata - 100 anos - Marinheiros exigem tratamento justo Há cem anos, em 22 de novembro de 1910, um grupo de marinheiros negros se rebelou contra os castigos físicos aplicados na Marinha brasileira. Eles assumiram o controle de quatro navios de guerra ancorados na baía de Guanabara e ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro, então capital do país. O motim durou seis dias. Há cem anos, em 22 de novembro de 1910, 2,3 mil marinheiros negros se rebelaram contra os castigos físicos aplicados na Marinha brasileira. Eles assumiram o controle de quatro navios de guerra ancorados na baía de Guanabara e ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro, então capital do país. O estopim do levante foi a punição de 250 chibatadas aplicada a um marinheiro, por ter entrado com cachaça a bordo do navio Minas Gerais. Seis oficiais foram mortos nas embarcações. Um tiro de canhão foi disparado, atingindo um cortiço e matando duas crianças. Houve pânico entre a população do Rio. A Revolta da Chibata, como ficou conhecida a insurreição, foi liderada por João Cândido Felisberto, um marinheiro de 30 anos, negro e semianalfabeto. Depois de seis dias de motim, o governo concedeu anistia aos rebelados. Mas, logo depois, voltou atrás e começou a perseguir os marinheiros. A revanche da Marinha custou a vida de quase todos os integrantes do movimento. Eles foram demitidos, presos, torturados e fuzilados. João Cândido e outros 17 revoltosos foram detidos na Ilha das Cobras. Eles sofreram envenenamento com cal em uma das celas e somente o líder e outro militar sobreviveram. Nos anos seguintes, o Almirante Negro (como era conhecido João Cândido) virou símbolo de lutas políticas. Ele morreu pobre e esquecido, em 1969, trabalhando como vendedor de peixes. A anistia póstuma foi assinada em 2008 pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva. 03/12/2010 Rio contra o tráfico - Polícia ocupa morros e desmantela facção. A polícia com o apoio das Forças Armadas ocupou na manhã do último domingo (28 de novembro) o Complexo do Alemão, um conjunto de favelas controladas por traficantes no Rio de Janeiro. A operação marcou o início de uma nova estratégia do governo de recuperar áreas dominadas pelo crime organizado. O objetivo, não declarado, é tornar a cidade mais segura para receber a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A ofensiva começou após uma série de atentados ocorridos desde 21 de novembro. Vândalos queimaram 106 veículos em retaliação contra a instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em 13 comunidades. As UPPs consistem em postos permanentes da Polícia Militar em favelas que antes eram domínios do tráfico e de milícias. Foram mobilizados cerca de 2.600 policiais e integrantes das Forças Armadas, além de veículos blindados da Marinha. Os traficantes se instalaram há três décadas nos morros cariocas, beneficiados pelo descaso do governo. O Comando Vermelho, facção criminosa que dominava o Complexo do Alemão, surgiu nos anos 1970 em presídios cariocas. O governo agora deve estender as ocupações para outras favelas, inclusive aquelas dominadas por milícias – grupos paramilitares formados por policiais. 17/12/2010 Nobel da Paz 2010 - Premiação de ativista pressiona China. O dissidente chinês Liu Xiaobo foi condecorado com o prêmio Nobel da Paz. A premiação irritou a China, que não permitiu que nenhum representante do ativista fosse receber o prêmio em seu lugar na cerimônia em Oslo, na Noruega. Foi a primeira vez que isso aconteceu em 75 anos. O Nobel da Paz é concedido para pessoas ou organizações cujas ações promoveram a paz entre as nações e contribuíram para solucionar a conflitos. Entre os mais famosos laureados com o prêmio estão Martin Luther King (1964), Madre Teresa de Calcutá (1979), Dalai Lama (1989), Mikhail Gorbatchev (1990) e Nelson Mandela (1993). Outros dissidentes também foram agraciados com o prêmio, entre eles o físico soviético Andrei Sakharov (1975), o líder sindical Lech Walesa (1983) e a ativista birmanesa Aung San Suu Kyi (1991). O governo chinês criticou duramente a escolha do Nobel da Paz deste ano e suspendeu as relações comerciais com a Noruega. O Ministério de Relações Exteriores da China chamou de "teatro político" a decisão do comitê. Em resposta, a China criou seu próprio prêmio, o Confúcio da Paz. O nome se refere ao filósofo chinês que originou a doutrina do confucionismo. A condecoração foi oferecida a Lien Chan, ex-vice-presidente de Taiwan. Valendo-se de sua influência comercial e diplomacia, Pequim tentou convencer outros países a boicotarem a cerimônia de entrega do prêmio. Além da China, não compareceram à solenidade representantes de outros 16 países: Afeganistão, Arábia Saudita, Autoridade Palestina, Iraque, Irã, Cazaquistão, Paquistão, Siri Lanka, Vietnã, Cuba, Venezuela, Egito, Marrocos, Sudão, Tunísia e Rússia. Xiaobo foi condenado a 11 anos de prisão por manifestações em prol da democracia e dos direitos humanos. Ele está preso em Pequim. Sua mulher, também dissidente, cumpre prisão domiciliar. A China é hoje a segunda economia do mundo e um dos poucos regimes comunistas remanescentes do século 20. Xiaobo ficou conhecido depois do massacre da Praça da Paz Celestial em 1989, em que aderiu à greve estudantil, e por ser o principal autor da “Carta 8”, documento que pede reformas políticas em seu país. A reação do governo chinês ocorreu de duas maneiras. Externamente, usou a diplomacia para tentar boicotar a cerimônia – aderiram, entre outros, Rússia, Cuba e Venezuela. Internamente, bloqueou sites de notícias, interrompeu a transmissão do evento, reprimiu simpatizantes e criou seu próprio prêmio, o Confúcio da Paz. É o segundo ano consecutivo em que o Nobel da Paz gera polêmicas. No ano passado, o laureado foi o presidente norte-americano Barack Obama, mesmo com os Estados Unidos envolvidos em duas guerras, no Iraque e no Afeganistão. 23/12/2010 Era Lula (2003-2010) - Governo foi marcado por melhorias sociais e escândalos políticos. Ao deixar o cargo de presidente no próximo dia 1º de janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva terá legado, em oito anos de governo, avanços nos setores de economia e inclusão social. Índices históricos de crescimento econômico e redução da pobreza garantiram ao ex-metalúrgico 83% de aprovação popular – o maior patamar entre presidentes desde o fim da ditadura – e a eleição de sua sucessora, Dilma Rousseff, uma estreante nas urnas. Os oito anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixa o cargo dia 1º de janeiro, tiveram duas principais características: crescimento econômico com redução da pobreza e escândalos políticos que abalaram o PT. O presidente termina o mandato com 83% de aprovação popular (o maior patamar desde o fim da ditadura) e a eleição de sua sucessora, Dilma Rousseff. Na economia, o maior mérito foi a manutenção do Plano Real, que permitiu a estabilidade econômica. O PIB (Produto Interno Bruto), teve um crescimento médio anual de 4,0% nos dois mandatos. Programas sociais como o Bolsa Família, a expansão do crédito e o aumento de empregos formais e do salário mínimo melhoraram a vida das classes mais pobres. O pior aspecto do governo petista foram os sucessivos escândalos políticos. O “mensalão”, em 2005, foi um divisor de águas. O esquema envolvia o pagamento de propinas a parlamentares em troca de apoio ao governo em votações no Congresso. As denúncias derrubaram o principal ministro de Lula, José Dirceu (Casa Civil), e toda a cúpula do PT. 14/01/2011 Novo país - Sudaneses fazem referendo para decidir separação. O Sudão iniciou no último dia 9 de janeiro um referendo que deve aprovar a separação entre as regiões Sul e Norte. Divisões étnicas, tribais e religiosas causam conflitos que duram décadas no país. A votação vai até o dia 15 e o resultado será anunciado em 22 de janeiro. É preciso um comparecimento de 60% dos eleitores. Há estimativa de 90% a favor. Ser for aprovado, será criado em julho o 193º país do mundo. O nome ainda não foi decidido. O Sudão é o maior país do continente africano. A região Norte é de maioria árabe e mulçumana, enquanto no Sul há predomínio da população negra e cristã. Houve duas guerras pela independência do Sul: uma entre 1955 e 1972, e outra entre 1983 e 2005. Cerca de 2,5 milhões de pessoas foram mortas. Um acordo estabelecido com o último cessar-fogo conferiu ao Sul autonomia do governo central de Cartum. Caso se torne um país, o Sudão do Sul será um dos mais pobres do mundo. O Sudão, contudo, é rico em petróleo. Apesar de o Sul concentrar 80% das reservas, a exportação do produto depende do acesso ao Mar Vermelho, que é feito pelo Norte do país. 21/01/2011 Tragédia no Rio - O maior desastre natural do país. Chuvas intensas que caíram na região serrana do Rio de Janeiro provocaram o pior deslizamento da história do Brasil. Até o último dia 18 de janeiro, o número de mortos chegava a 710 em quatro cidades. Outras 7.780 pessoas estão desalojadas – morando em casa de vizinhos ou familiares – e 6.050 desabrigadas. Um total de 207 estão desaparecidas. O pior deslizamento da história do país deixou 710 mortos em quatro cidades da região serrana do Rio de Janeiro. Um total de 13,8 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. O número de vítimas é maior que o registrado em Caraguatatuba, em 1967 (436 mortos). A tragédia foi causada por um fenômeno raro que combina fortes chuvas com condições geológicas específicas da região. Porém, ela foi agravada pela ocupação irregular do solo e a falta de infraestrutura nas cidades atingidas. Os deslizamentos ocorreram na madrugada do dia 12 de janeiro. Toneladas de lama desceram as montanhas e destruíram favelas e imóveis de alto padrão. Os rios encheram e inundaram as cidades. Os estragos foram maiores em Nova Friburgo e Teresópolis, cidades turísticas. Os efeitos do aquecimento global tornam as chuvas mais intensas a cada ano. Para evitar tragédias, os governos precisam impedir a ocupação das encostas e investir em programas de prevenção. 28/01/2011 Crise na Tunísia - Levantes ameaçam regimes árabes. Pela primeira vez na história, um líder árabe foi deposto por força de movimentos populares. Isso aconteceu na Tunísia, país mulçumano localizado ao norte da África. O presidente Zine Al-Abdine Bem Ali renunciou em 14 de janeiro após um mês de violentos protestos contra o governo. Ele estava há 23 anos no poder. O presidente da Tunísia, Zine Al-Abdine Bem Ali renunciou em 14 de janeiro após um mês de violentos protestos contra o governo. Ele estava há 23 anos no poder. Foi a primeira vez que um líder árabe foi deposto por força de movimentos populares. Analistas acreditam que a revolta na Tunísia pode se espalhar por países do Oriente Médio e ao norte da África. O Egito foi palco de manifestações inspiradas pelas da Tunísia, no dia 25 de janeiro. O novo ativismo no mundo árabe é explicado pela instabilidade econômica e pelo surgimento de uma juventude bem educada e insatisfeita com as restrições à liberdade Na Tunísia, os protestos começaram depois que Mohamed Bouazizi, 26 anos, ateou fogo ao próprio corpo na cidade de Sidi Bouzid, em 17 de dezembro do ano passado. Ele fez isso depois que a polícia o impediu de vender frutas e vegetais em uma barraca de rua. O governo tunisiano foi pego de surpresa e reagiu com violência. Estima-se que mais de 120 pessoas morreram em confrontos com a polícia. O primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi, aliado político de Bem Ali, assumiu o cargo no governo provisório. Por isso, na prática, o regime foi mantido, e os protestos continuam. 04/02/2011Tensão no Egito - Milhares vão às ruas contra ditadura. A onda de protestos pela democracia que se espalhou pelo mundo árabe assumiu proporções dramáticas no Egito. Manifestantes ocupam as ruas do Cairo há uma semana para pedir a renúncia do presidente Hosni Mubarak, há três décadas no poder. A onda de protestos pela democracia no mundo árabe chegou ao Egito. Há uma semana, manifestantes pressionam o presidente Hosni Mubarak para que deixe o cargo que ocupa há três décadas. Depois de um megaprotesto que reuniu quase um milhão de pessoas no Cairo, capital egípcia, Mubarak garantiu que não vai concorrer às eleições marcadas para setembro. Mesmo assim, as manifestações continuam a pedir sua renúncia. O Egito é o país árabe mais populoso, com 80 milhões de habitantes, e um importante aliado dos Estados Unidos e de Israel na região. Governos ocidentais temem que o poder seja assumido por grupos fundamentalistas islâmicos. O mesmo receio serviu de justificativa para Mubarak se manter na Presidência e endurecer o regime. Nos últimos anos porém, a crise econômica e o surgimento de uma população mais jovem e bem educado mudaram o panorama político no país, culminando no recente ativismo. 18/02/2011 Crise no Egito - Protestos derrubam ditador O presidente egípcio Hosni Mubarak renunciou ao cargo no dia 11 de fevereiro, encerrando três décadas de ditadura. Ele cedeu a 18 dias de protestos ininterruptos no Cairo, com conflitos que deixaram mais de 300 mortos. O Egito é o mais populoso (80 milhões de habitantes) e influente país árabe. A queda de um ditador por força de movimentos populares é algo inédito. Isso aconteceu pela primeira vez na Tunísia, em 14 de janeiro. Desde então, as manifestações espalharam-se pela região, ameaçando ditaduras militares e monarquias absolutistas. O Conselho Militar do Egito assumiu o poder e prometeu mudanças na Constituição. As próximas eleições estão marcadas para setembro deste ano. O futuro do país, porém, é incerto. Há falta de lideranças políticas e sobram problemas econômicos. Não se sabe também que efeitos a queda de Mubarak irá provocar no mundo árabe, onde já foram registrados protestos em outros países, inclusive no Irã. 11/02/2011 Novo Congresso - Oposição ao governo "encolhe" no Legislativo. Parlamentares eleitos em outubro do ano passado tomaram posse no último dia 1º de fevereiro em Brasília. O destaque do novo Congresso é a ampliação da base aliada do governo na Câmara dos Deputados e no Senado. Dos 513 deputados federais e 81 senadores que compõem as Casas legislativas, 461 (ou 77,6%) são filiados a partidos da situação. Nas legislaturas de 2003 e de 2007, o número de aliados era, respectivamente, de 285 e 401. José Sarney (PMDB-AP) e Marco Maia (PT-RS) irão presidir, respectivamente, o Senado e a Câmara pelos próximos dois anos. Eles pertencem a partidos com o maior número de cadeiras no Poder Legislativo. Os parlamentares fazem leis e fiscalizam o Poder Executivo. Nenhuma lei entra em vigor no Brasil sem antes ser aprovada pela Câmara e pelo Senado. Em tese, o maior número de aliados no Congresso Nacional garantiria a aprovação de projetos do governo. Mas, na prática, nem sempre funciona assim. A razão é que alguns políticos levam mais em conta, na hora de votar os projetos, seus próprios interesses. Entre as atividades em pauta para o primeiro semestre está a votação do projeto de reajuste do salário mínimo e a reforma política. Outros temas polêmicos, como a criminalização da homofobia e a legalização do aborto, devem ser discutidos. 25/02/2011 Revoltas árabes - Gaddafi pode ser o próximo a cair . Muammar Gaddafi é considerado o pior ditador no mundo árabe. Ele está há 41 anos no poder – é o mais longevo entre os governantes – e não hesitou em usar as Forças Armadas para reprimir protestos, que são proibidos na Líbia. Os protestos pró-democracia que se espalharam pelo mundo árabe ameaçam agora derrubar o ditador líbio Muammar Gaddafi. Quase 300 pessoas já morreram desde o início das manifestações na Líbia. Gaddafi, porém, está cada vez mais isolado. Ele enfrenta deserções em seu Exército e a pressão internacional para que deixe o cargo, que ocupa há 41 anos. No último dia 22 de fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU condenou o uso da violência contra os líbios. Em pronunciamento na TV, Gaddafi disse que “morreria como um mártir”, e ameaçou reprimir os manifestantes. A Líbia é o quarto maior produtor de petróleo na África e tem o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente. A riqueza, contudo, não é bem distribuída entre a população. Gaddafi chegou ao poder em 1969 por meio de um golpe de Estado. Nos anos 1980, financiou grupos terroristas, sofreu bombardeio americano e sanções da ONU. Na última década, se reaproximou dos Estados Unidos e da Europa. A atual crise no país mudou a situação favorável do país junto ao Ocidente. As revoltas árabes já derrubaram dois presidentes – na Tunísia e no Egito – e chegaram à Bahrein, Marrocos, Iêmen, Jordânia, Irã e Arábia Saudita. 04/03/2011 Crise dos alimentos - Entenda os desafios para alimentar a população mundial. Neste começo de 2011, os preços dos gêneros alimentícios atingiram o pico pela segunda vez em menos de quatro anos. Na outra crise, entre 2007 e 2008, milhares de pessoas atravessaram a linha que separa a pobreza da miséria. A crise dos alimentos é fruto do desequilíbrio na relação econômica entre oferta e procura. Há uma redução na oferta de produtos e uma maior procura, o que encarece as mercadorias. Os principais fatores que geraram este desequilíbrio, do lado da demanda, são: --Crescimento da população mundial, que hoje é de 6,9 bilhões. --Aumento do consumo de alimentos em países em desenvolvimento. --Elevação do preço do barril de petróleo, que estimulou os investimentos em biocombustíveis a base de grãos. E, no lado da oferta: --Limites de recursos naturais (terra e água). --Mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Como consequência, a crise dos alimentos provocou: --A queda de 44 milhões de pessoas abaixo do limite da pobreza (US$ 1,25 dólar por dia). --Protestos no Oriente Médio e Norte da África, que já derrubaram dois ditadores. Por isso, as potências mundiais discutem soluções como pacotes de estímulo à agricultura e implementação tecnológica. 11/03/2011 Dia Internacional da Mulher - Um século de lutas pela emancipação feminina. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi comemorado há 100 anos. Ele foi criado em 1910, dentro do movimento socialista, e celebrado no ano seguinte na Europa em 19 de março. A partir de 1913, a data oficial passou a ser 8 de março. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi comemorado há 100 anos. Ele foi criado em 1910, dentro do movimento socialista, e celebrado no ano seguinte na Europa em 19 de março. A partir de 1913, a data oficial passou a ser 8 de março. No começo do século 20, a principal reivindicação das mulheres era referente aos direitos trabalhistas e a conquista do voto feminino (adotado apenas nos Estados Unidos e no Reino Unido). Nos anos 1960 e 1970, entraram em pauta saúde, sexo e violência doméstica. Atualmente, as mulheres podem votar em quase todos os países, ocupam cargos de liderança em empresas e governos e há leis específicas para penalizar a violência contra a mulher. Por outro lado, elas continuam ganhando menos que os homens, tendo menor representatividade política e acesso à educação. No Brasil, o movimento feminista se consolidou na década de 1970, durante o regime militar. A violência doméstica, a participação política e a descriminalização do aborto estão entre os temas atuais debatidos pelas feministas. Pode parecer estranho para as novas gerações o fato de que, no tempo de nossas bisavós, a maioria das mulheres não trabalhava fora de casa, não tinha acesso a métodos contraceptivos, não podia se divorciar e nem mesmo votar. Todas estas conquistas são frutos do movimento pelos direitos das mulheres, cujo primeiro Dia Internacional foi comemorado há 100 anos. Direto ao ponto: Ficha-resumo No começo do século 20, as transformações sociais que acompanharam o avanço das sociedades industrializadas deixaram as mulheres em desvantagens em relação aos homens. Elas entravam no mercado de trabalho, mas não tinham os mesmos direitos trabalhistas. Nesta época, os primeiros movimentos feministas surgiram em meios aos partidos socialistas e sindicatos, nos Estados Unidos e no Reino Unido. As reivindicações eram, basicamente, trabalhistas e sociais. Até então, as mulheres eram tratadas como propriedades de seus maridos. Havia também as sufragistas, que faziam campanha pelo direito do voto feminino, aprovado pelos parlamentares ingleses em 1918 e, um ano depois, pelos americanos. No Brasil, as mulheres só tiveram direito ao voto a partir de 1932. O Dia Internacional da Mulher foi criado oficialmente em 1910, durante a Segunda Internacional, realizada por partidos socialistas em Copenhague, Dinamarca. No mesmo congresso foi instituído o 1º de Maio como Dia do Trabalho. No ano seguinte, ocorreram as primeiras manifestações na Alemanha, Áustria, Dinamarca e Suíça, em 19 de março. A partir de 1913, a data oficial passou a ser 8 de março, mantida até hoje. Em 25 de março de 1911, uma tragédia chamou atenção do mundo para as péssimas condições do trabalho feminino. Um incêndio numa fábrica de roupas femininas em Nova York matou 146 trabalhadores, sendo 30 homens. As vítimas eram imigrantes e, algumas, de apenas 12 anos de idade. Nos anos 1960 e 1970, a mudança nos costumes incorporou o movimento feminista ao cotidiano. O foco das lutas, neste período, era a igualdade de direitos. Ficaram famosos, nos Estados Unidos, os protestos que terminavam com a queima de sutiãs. Também na década de 1960 foi criada a pílula anticoncepcional, um avanço importante para a saúde feminina. Violência Atualmente, o Dia Internacional da Mulher comemora das conquistas de um século de reivindicações. O voto feminino é quase universal e as mulheres ocupam cargos antes exclusivos para homens, inclusive de lideranças políticas. A violência doméstica, que antes era considerada um assunto familiar (“Em briga de marido e mulher, quem é de fora não mete a colher”, diz o ditado popular), hoje conta com legislação específica em dois terços dos países. Apesar disso, as mulheres continuam em desigualdade em relação aos homens. Elas ganham menos fazendo o mesmo trabalho (até 17%, segundo dados de 2008), têm menos representatividade política (em média, 18,4% no Legislativo, e apenas 17 cargos máximo do Executivo em 192 países) e menos acesso à educação – dois entre cada três analfabetos são do sexo feminino. A violência contra a mulher ainda é rotineira em países pobres e no mundo mulçumano. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), até seis em cada dez mulheres sofrem violência física e/ou sexual durante a vida. A iraniana Sakineh Mohammadí Ahstiani se tornou símbolo dos direitos humanos depois de ser condenada a pena de morte por apedrejamento. A pena foi suspensa, mas ela continua presa. Aborto O movimento feminista ganhou força no Brasil nos anos 1970, em plena ditadura militar. Um caso marcante foi o assassinato da socialite Ângela Diniz pelo namorado, Doca Street, em 30 de dezembro de 1976. No primeiro julgamento, em 1979, o réu foi inocentado por com a tese de legítima defesa da honra. Mas a pressão das feministas levou a um novo julgamento, no qual o assassino foi condenado a 15 anos de prisão. Na segunda metade dos anos 1980 surgiram as delegacias especializadas, as primeiras da América Latina. Em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha, que tornou mais rigorosa a punição por crimes de violência doméstica. Hoje, uma das bandeiras do movimento feminista no Brasil é a descriminalização do aborto. Pelo menos 19 projetos sobre o assunto tramitam no Congresso. Porém, como o tema é polêmico, os parlamentares adiam ao máximo a discussão. No campo da política, aliás, a disparidade persiste. A despeito da eleição da primeira presidente na história do país, a petista Dilma Rousseff, o Brasil ocupa o 108º lugar em relação à presença feminina nos parlamentos, num ranking de 188 nações feito pela União Interparlamentar. Cem anos de luta pela emancipação trouxeram muitas conquistas – direito ao voto, divórcio, acesso à universidade e ao mercado de trabalho –, mas a realidade das mulheres, sobretudo em países pobres e mulçumanos, ainda é de desigualdade e discriminação. 17/03/2011 Tragédia no Japão - Tremor arrasa cidades e provoca crise nuclear. Um terremoto de 9 graus na escala Richter, o mais forte já registrado no Japão, causou um tsunami que devastou a costa nordeste do país no dia 11 de março. Ondas de até 10 metros de altura arrastaram tudo que encontravam pela frente – navios, barcos, carros, casas e pessoas. Um terremoto de 9 graus na escala Richter, o mais forte já registrado no Japão, causou um tsunami que devastou a costa nordeste do país no dia 11 de março. Ondas de até 10 metros de altura arrastaram cidades e deixaram 4,3 mil mortos e milhares de desaparecidos. O tremor também provocou explosões na estrutura de reatores nucleares no complexo de Fukushima Daiichi, uma das 25 maiores usinas do mundo. O acidente elevou uma nuvem radioativa que obrigou o deslocamento de 200 mil moradores das comunidades próximas. A energia nuclear no Japão responde por um terço do abastecimento de energia elétrica no país. O terremoto no Japão é o quinto mais forte desde 1900, quando começaram os registros mais confiáveis. O pior aconteceu em 22 de maio de 1960, no Chile, com magnitude de 9,5. O Japão está localizado no chamado "anel de fogo do Pacífico", que concentra as maiores atividades sísmicas do mundo. A tecnologia empregada na construção dos prédios e as medidas preventivas evitaram que a catástrofe fosse maior. O Brasil e o Japão possuem uma longa história de intercâmbio, com fluxos migratórios de ambos os lados. O Brasil tem a maior comunidade japonesa fora da pátria, e no Japão, o maior número de dekasseguis (trabalhadores imigrantes) são de brasileiros. 25/03/2011 Obama na América Latina - Visita reaquece relação com o Brasil. Depois de mais de dois anos eleito, o presidente norte-americano Barack Obama fez nesta semana a sua primeira viagem oficial à América Latina, onde passou por Brasil, Chile e El Salvador. A visita teve como objetivo uma reaproximação com os governos da região, depois de um período de distanciamento. O presidente norte-americano Barack Obama fez nesta semana a sua primeira viagem oficial à América Latina. Em cinco dias, ele passou por Brasil, Chile e El Salvador. O objetivo foi reaproximar os Estados Unidos dos governos da região, após um período de distanciamento. O esfriamento das relações se deu por dois motivos. Primeiro, os ataques do 11 de Setembro, que desviaram o foco da política externa norte-americana para o mundo mulçumano. E depois, as divergências com governos de esquerda e, principalmente, a influência do presidente venezuelano Hugo Chávez. O Brasil também bateu de frente com os Estados Unidos durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Duas ocasiões merecem destaque: a intervenção na crise política em Honduras, em 2009, e a defesa do programa nuclear iraniano. A questão do Irã, aliás, seria o principal motivo pelo qual Obama, durante a visita ao país, não endossou a intenção do Brasil que conseguir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. Para os Estados Unidos, o maior interesse no Brasil foi reforçar as relações comerciais, sobretudo na área de energia. 01/04/2011 Lei da Ficha limpa - STF decide que só vale a partir de 2012. O STF (Supremo Tribunal Federal) anulou no dia 23 de março a validade da Lei da Ficha Limpa nas eleições passadas. Com isso, 149 candidatos impedidos de tomar posse devido a condenações judiciais poderão assumir os cargos em todo o Brasil. A Lei Ficha Limpa tornou mais rigorosos os critérios que impedem os políticos condenados pela Justiça de se candidatarem nas eleições. Ela foi sancionada em junho de 2010 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e saudada como um mecanismo de combate à corrupção no país. Por seis votos a cinco, os ministros do Supremo decidiram que a lei não tem validade para as eleições de 2010 devido ao princípio de anualidade. De acordo com a Constituição Federal, qualquer mudança na legislação eleitoral só é válida se for promulgada um ano antes das eleições. A principal mudança com a Ficha Limpa é que ela proíbe que políticos condenados por órgãos colegiados, isto é, por grupos de juízes, se candidatem às eleições. O Supremo, agora, vai decidir se essa determinação é ou não inconstitucional. 08/04/2011 Mundo islâmico - Entenda os protestos contra queima do Alcorão. Mais de vinte pessoas morreram e 100 ficaram feridas em cinco dias de violentos protestos ocorridos no Afeganistão. O motivo foi a queima de um exemplar do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, por pastores da Flórida, nos Estados Unidos. Violentos protestos contra a queima de um exemplar do Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, deixaram mais de 20 mortos no Afeganistão nos últimos cinco dias. Entre eles, estão sete funcionários da ONU, mortos durante conflitos ocorridos na região norte do país. O Afeganistão é um país pobre, de religião muçulmana, que foi ocupado pelos Estados Unidos após os ataques do 11 de Setembro. As manifestações, portanto, acontecem num contexto de ódio às forças de ocupação estrangeira no país. Em 20 de março deste ano, um exemplar do Alcorão (ou Corão) foi queimado por dois pastores evangélicos em uma igreja americana da Flórida, diante 50 fieis. Um dos pastores era Terry Jones, um fundamentalista cristão que ficou conhecido ao ameaçar queimar o Alcorão no ano passado, no aniversário de nove anos do atentado ao World Trade Center. O choque cultural e religioso vem promovendo episódios de intolerância nos últimos anos. Em 1989, o Irã decretou uma fatwa (sentença de morte) contra o escritor anglo-indiano Salman Rushdie por conta do romance "Os Versos Satânicos". Em 2005, o jornal Jyllands-Posten, de maior tiragem na Dinamarca, publicou 12 caricaturas intituladas "As faces de Maomé", provocando manifestações violentas. Mais recentemente, países europeus votaram leis restritivas aos costumes islâmicos. Em setembro de 2010, o Senado francês aprovou uma lei que proíbe o uso de véus islâmicos integrais – a burka e o niqab - em espaços públicos. A lei deve entrar em vigor na próxima semana. 15/04/2011 Massacre no Rio - Ataque à escola deixa 12 mortos. Doze adolescentes com idades entre 12 e 15 anos foram mortos na manhã do dia 7 de abril na escola municipal Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, num ataque sem precedentes no Brasil. Doze adolescentes com idades entre 12 e 15 anos foram mortos na manhã do dia 7 de abril na escola municipal Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, num ataque sem precedentes no Brasil. O atirador, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, se matou após ser baleado por um policial militar. Outros seis adolescentes atingidos pelos disparos, de um total de 13 feridos, continuam internados. Segundo relatos de parentes, o rapaz era esquizofrênico e foi vítima de bullying na mesma escola, da qual era ex-aluno. O massacre em Realengo reabriu o debate sobre a venda de armas no Brasil. Após o episódio, o Governo Federal anunciou que anteciparia para maio deste ano a campanha de desarmamento. No Congresso, discute-se a realização de um novo referendo sobre o desarmamento. No primeiro referendo, realizado em 2005, 63,94% dos eleitores votaram contra a proibição do comércio de arma de fogo e munição no país. 22/04/2011 Vazamento no Golfo - Um ano depois, ecossistema se recupera. No aniversário de um ano do acidente que causou o pior vazamento de petróleo da história dos Estados Unidos, estudos feitos pelo governo norte-americano e por cientistas independentes chegaram a duas conclusões: a natureza se recuperou mais rápido do que o esperado e, apesar disso, a extensão real dos danos ao meio ambiente levará anos para ser conhecida. Um ano depois do acidente que causou o pior vazamento de petróleo da história dos Estados Unidos, estudos apontam que a natureza se recuperou mais rápido do que o esperado, mas que, apesar disso, levará anos para se saber a real extensão dos prejuízos causados ao meio ambiente. Na noite de 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, arrendada pela empresa British Petroleum (BP), matou 11 funcionários e liberou 4,9 milhões de barris de petróleo cru no norte do Golfo do México. O vazamento durou 86 dias. O desastre no Golfo também afetou a economia, prejudicando a indústria pesqueira, o comércio e o turismo na região. A BP criou um fundo de US$ 20 bilhões para indenizar comerciantes e pescadores. A demora na contenção do vazamento desgastou o presidente Barack Obama, que prometeu rever a regulamentação e decretou moratória no setor. Passado um ano, amostras de água colhidas pelo governo e por cientistas indicam que a maior parte da mancha negra foi removida pelo homem e pela própria natureza, contrariando os prognósticos mais pessimistas. Mas ainda resta produto acumulado no fundo do mar e são desconhecidas as consequências para a fauna marinha nos próximos anos. 29/04/2011 Casamento real - Príncipe é favorito na sucessão ao trono. Quase um terço da população mundial - dois bilhões de pessoas - assistiu pela TV ao casamento do Príncipe William e de Kate Middleton, que aconteceu no dia 29 de abril (sexta) na Abadia de Westminster, em Londres. O casamento do Príncipe William e de Kate Middleton foi celebrado no dia 29 de abril (sexta) na Abadia de Westminster, em Londres. Príncipe William é o segundo na linha de sucessão atrás de seu pai, o Príncipe Charles. De acordo com pesquisas de opinião pública, ele é também o favorito dos britânicos para assumir o lugar da rainha Elizabeth 2ª. Para a monarquia britânica, o casamento é uma promessa de recuperação do luxo perdido com os escândalos envolvendo a separação do príncipe Charles e a princesa Diana, pais de William. A princesa Diana morreu num acidente de carro em 1997, abrindo uma crise na realeza. O casamento de William e Kate destoa da tradição por dois motivos: primeiro, porque a noiva não pertence à linhagem real ou aristocrática, algo raro na história da Coroa britânica; e segundo, porque eles namoraram por quase dez anos, metade desse tempo acompanhados pela imprensa londrina. O noivado foi anunciado em novembro do ano passado. 06/05/2011 Bin Laden - Morre o terrorista mais procurado do mundo. Osama bin Laden, responsável pelo maior ataque terrorista em solo norte-americano, foi morto no último domingo (1º. de maio) por forças especiais da Marinha dos Estados Unidos. Ele estava escondido em uma cidade próxima à Islamabad, capital do Paquistão. O saudita, de 54 anos, era o homem mais procurado no mundo. Osama bin Laden foi morto em 1º. de maio de 2011 por forças especiais da Marinha dos Estados Unidos. Ele estava escondido em uma cidade próxima à Islamabad, capital do Paquistão. O saudita, de 54 anos, era o homem mais procurado no mundo e responsável pelo maior ataque terrorista cometido em solo americano. A morte de Bin Laden foi anunciada pelo presidente norte-americano Barack Obama. O terrorista foi morto com dois tiros, na cabeça e no peito, e teve o corpo sepultado no mar. O fim de Bin Laden foi comemorado nos Estados Unidos, que entrou em alerta contra eventuais retaliações da Al Qaeda. A operação militar provocou uma tensão diplomática entre Estados Unidos e Paquistão. O governo paquistanês só soube da invasão à fortaleza do líder terrorista após o término da ação, enquanto os americanos questionaram a ignorância do paradeiro do saudita por parte dos paquistaneses. As consequências da morte de Bin Laden, porém, ainda são incertas. Há anos, sua influência sobre a Al Qaeda era mais simbólica do que efetiva. As revoltas em países árabes, porém, apontam para um destino mais democrático para o mundo muçulmano, bem distante dos ideais do terrorista morto. 13/05/2011 União gay - Supremo reconhece direitos de casais do mesmo sexo. Numa decisão histórica no país, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceram no dia 5 de maio a união estável de casais homossexuais, que passam agora a ter os mesmos direitos civis que heterossexuais. O STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu no dia 5 de maio a união estável de casais homossexuais, que passam agora a ter os mesmos direitos civis que heterossexuais. A decisão é histórica e afeta 60 mil casais gays no país, segundo dados do Censo 2010. Entre os direitos estendidos a casais homossexuais estão: adoção de filhos, inclusão de parceiros como dependentes no plano de saúde, declaração conjunta do Imposto de Renda, adoção do sobrenome do parceiro e recebimento de pensão e herança. A única restrição continua sendo o casamento civil, que depende da votação de leis específicas pelo Congresso. Antes da resolução do Supremo, casais do mesmo sexo tinham que recorrer à Justiça e ficavam à mercê da interpretação de juízes sobre a legislação. Agora, as instâncias inferiores devem seguir a decisão dos magistrados. Em julho do ano passado, a presidente argentina Cristina Kirchner promulgou uma lei que permite o casamento de homossexuais. A Argentina foi o primeiro país na América Latina e o décimo no mundo a legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo. 20/05/2011 Meio Ambiente - Entenda a polêmica envolvendo o novo Código Florestal. O Congresso chegou a um impasse na votação do projeto de lei que altera o Código Florestal brasileiro. Os ruralistas defendem as alterações propostas pelo governo, que irão beneficiar os pequenos agricultores, enquanto os ambientalistas temem o risco de prejuízos ao meio ambiente. A polêmica em torno do projeto de lei que estabelece o novo Código Florestal emperra sua votação na Câmara dos Deputados. De um lado, os ruralistas defendem as mudanças propostas pelo governo. Do outro, os ambientalistas apontam riscos do crescimento de florestas desmatadas e de prejuízos ao meio ambiente. A votação foi suspensa no último dia 12 de maio, sem prazo para voltar à pauta. O Código Florestal, em vigor desde 1965, reúne um conjunto de leis que visam à preservação das florestas. Porém, ele não foi seguido pela maioria dos produtores rurais. Estima-se que 90% estejam em condições irregulares. O principal objetivo das mudanças é regularizar a situação desses produtores. Os três principais pontos em discussão são: APPs (Áreas de Preservação Permanente): são áreas de vegetação nativa nas margens de rios e encostas de morros que devem ser preservadas. O projeto prevê uma diminuição da faixa mínima a ser mantida pelos produtores rurais e a permissão de determinadas culturas em morros. RL (Reserva Legal): são trechos de vegetação nativa localizados dentro de propriedades rurais. As mudanças na lei beneficiam pequenos proprietários, que ficarão isentos de reflorestar áreas desmatadas. Anistia: o novo Código propõe suspender a multa e sanções aplicadas a proprietários rurais até 22 de julho de 2008 - data em que entrou em vigor o decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais. O Projeto de Lei no 1.876/99, elaborado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB), tramita há 12 anos na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ele foi aprovado em julho do ano passado por uma comissão especial e colocado em pauta para ser votado no último dia 12 de maio. Porém, prevendo uma derrota, a bancada governista retirou o projeto de pauta, que agora não tem prazo definido para voltar ao plenário. O Código Florestal reúne um conjunto de leis que visam à preservação de florestas, como limites para exploração da vegetação nativa e a definição da chamada Amazônia Legal (área que compreende nove Estados brasileiros). O primeiro código data de 1934 e o atual (Lei no 4.771), de 1965. O documento adquiriu maior importância nos últimos anos por conta das questões ambientais. Ao mesmo tempo, precisa ser atualizado para se adequar à realidade socioeconômica do Brasil. Estima-se que 90% dos produtores rurais estejam em situação irregular no país, pois não seguiram as especificações do código de 1965. Eles plantam e desmatam em locais proibidos pela legislação. É o caso, por exemplo, de plantações de uvas e café nas encostas de morros e de arroz em várzeas, em diversas regiões do país. Para regularizar a condição dessas famílias, o novo Código Florestal propõe, entre outras mudanças, a flexibilização das regras de plantio à margem de rios e de reflorestamento. Os ambientalistas, no entanto, contestam o projeto. Segundo eles, haverá incentivo ao desmatamento e impactos no ecossistema. O desafio será equacionar a necessidade de aumentar a produtividade agrícola no país e, ao mesmo tempo, garantir a preservação ambiental. Pontos de discórdia Entre os principais pontos polêmicos do novo Código Florestal estão os referentes às APPs (Áreas de Preservação Permanente), à Reserva Legal (RL) e à "anistia" para produtores rurais. Áreas de Preservação Permanente são aquelas de vegetação nativa que protege rios da erosão, como matas ciliares e a encosta de morros. O Código Florestal de 1965 determina duas faixas mínimas de 30 metros de vegetação à margem de rios e córregos de até 10 metros de largura. A reforma estabelece uma faixa menor, de 15 metros, para cursos d'água de 5 metros de largura, e exclui as APPs de morros para alguns cultivos. Entidades ambientalistas reclamam que a mudança, caso aprovada, aumentará o perigo de assoreamento e afetará a fauna local (peixes e anfíbios), além de incentivar a ocupação irregular dos morros, inclusive em áreas urbanas. Já os ruralistas acreditam que a alteração vai ajudar pequenos produtores, que terão mais espaço para a lavoura. Um segundo ponto diz respeito à Reserva Legal, que são trechos de mata situados dentro de propriedades rurais que não podem ser desmatados. Cerca de 83 milhões de hectares estão irregulares no Brasil, segundo a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). A lei determina que todo dono de terreno na zona rural deve manter a vegetação nativa em proporções que variam de acordo com o bioma de cada região. Na Amazônia é de 80%, no cerrado, 35%, e nas demais regiões, 20%. Anistia O projeto exclui a obrigatoriedade para pequenos proprietários (donos de terras com até quatro módulos fiscais, ou, aproximadamente, de 20 a 400 hectares) de recuperarem áreas que foram desmatadas para plantio ou criação de gado. Para os médios e grandes proprietários são mantidos os porcentuais, com a diferença de que eles poderão escolher a área da RL a ser preservada. O dono de uma fazenda em Mato Grosso, por exemplo, poderia comprar terras com vegetação natural em Minas para atender aos requisitos da lei. Para a oposição, há pelo menos dois problemas. Fazendeiros podem dividir suas propriedades em lotes menores, registrados em nome de familiares, para ficarem isentos da obrigação de reflorestamento. E, caso possam comprar reservas em terrenos sem interesse para a agricultura, poderão criar "bolsões" de terras áridas. A bancada ruralista, ao contrário, acredita que a medida vai favorecer produtores que não têm condições de fazer reflorestamento. O terceiro ponto de discórdia diz respeito à anistia para quem desmatou, tanto em Áreas de Preservação Permanente quanto em Reserva Legal. O Código Florestal prevê que serão multados proprietários que desmataram em qualquer época. O texto em debate isenta os produtores de multas aplicadas até 22 de julho de 2008 - data em que entrou em vigor o decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais. Os contrários à proposta acham que a anistia criará precedente que irá estimular a exploração predatória das florestas. 27/05/2011 EUA e Oriente Médio - Obama defende criação de Estado palestino. O presidente Barack Obama surpreendeu autoridades ao defender, em pronunciamento no último dia 19 de maio, a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras definidas em 1967. Um pronunciamento do presidente Barack Obama no último dia 19 de maio surpreendeu autoridades no mundo e provocou reações contrárias em Israel. Ele defendeu a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras anteriores a 1967. Nesse ano, após a Guerra dos Seis Dias, Israel anexou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, então pertencentes à Jordânia, a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, domínios egípcios, e as Colinas de Golã, que faziam parte da Síria. Desde então, os palestinos reivindicam essas terras para a formação de um Estado independente, conforme estabelecido pela ONU em 1947. Acordos devolveram a Península do Sinai ao Egito, em 1982, e a Faixa de Gaza aos palestinos, em 2005. Mas 300 mil colonos israelenses mantêm assentamentos na Cisjordânia, e o governo de Israel considera Jerusalém - que os palestinos querem para ser sua capital - indivisível. O discurso de Obama, na verdade, teve o objetivo de impedir que a Autoridade Palestina reivindique na ONU, em setembro, o Estado da Palestina, sem negociar com Israel. Em discurso no Congresso americano no dia 24 de maio, o premiê Benjamin Netanyahu disse que a aliança da Autoridade Palestina com o Hamas, que prega a destruição de Israel, impede a discussão de novos acordos 17/06/2011 Química - Tabela periódica ganha dois novos elementos. Somente na última década, Plutão deixou de ser planeta, foi descoberta água em Marte, o genoma humano foi decifrado, as células-tronco puderam ser obtidas sem embriões e soubemos que o "elo perdido" entre o homem e o macaco viveu na África há mais de quatro milhões de anos. Cientistas anunciaram no dia 8 de junho a inclusão de dois novos elementos químicos na tabela periódica. Os compostos de número atômico (quantidade de prótons) 114 e 116 ainda não foram batizados. Eles são chamados, provisoriamente, de ununquádio (114) e ununhéxio (116), em referência aos seus números. Diferente de elementos mais conhecidos, como o chumbo, o ferro, o mercúrio ou o carbono, os novos compostos não podem ser encontrados na natureza. Eles foram criados por cientistas em laboratórios, assim como todos os de número atômico superior a 94 na tabela. Os elementos 114 e 116 são altamente radioativos, pesados e instáveis. Eles duram apenas frações de segundo, após os quais se dividem em substâncias mais leves. Ambas as substâncias foram descobertas por pesquisadores do Instituto Conjunto para Pesquisa Nuclear em Dubna, na Rússia, e do Laboratório Nacional Lawrence Livermore da Califórnia, nos Estados Unidos. Foram três anos de revisões e dez de estudos até que fossem adicionados à lista. A tabela periódica, elaborada pelo químico russo Dmitri Mendeleiev (1834-1907) em 1869, possui hoje compostos reconhecidos com números atômicos que vão até 112. Outros, de números atômicos 113, 115, 117 e 118, também encontrados nos últimos anos, aguardam comprovação da comunidade científica para serem oficializados. 24/06/2011 Dia Mundial do Refugiado - Países em desenvolvimento abrigam 80% dos refugiados. Conflitos armados como as revoltas árabes, em curso no Norte da África e no Oriente Médio, deslocam todos os anos milhares de pessoas de seus países de origem. Expulsas de casa pela guerra, elas se tornam personagens de um drama histórico em terras estrangeiras. No mundo todo existem 43,7 milhões de refugiados, número equivalente a população de países como Colômbia e Coreia do Sul. Os dados são referentes ao ano passado e fazem parte de um relatório do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), divulgado na véspera do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho). A Convenção de 1951 determina que refugiado é a pessoa que se encontra fora de seu país por temer ser perseguida por ?motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas?. Outras causas foram incluídas posteriormente: guerras, violações dos direitos humanos e desastres naturais. No Brasil, existem 4.401 refugiados de 77 nacionalidades. Em sua maioria, eles são angolanos (38,37%), colombianos (14,27%), congoleses (10,31%), liberianos (5,87%) e iraquianos (4,61%). Atualmente, o caso mais polêmico envolvendo um refugiado no Brasil é o do italiano Cesare Battisti. Ele é considerado um terrorista foragido da Justiça italiana pelo envolvimento em quatro homicídios ocorridos nos anos 1970. 01/07/2011 Crimes virtuais - Hackers promovem onda de ataques no Brasil. O governo brasileiro foi alvo da maior onda de ataques a sites oficiais na internet de sua história. As ações começaram em 22 de junho e duraram cinco dias. O grupo que assumiu a autoria é o mesmo que promoveu nos últimos dois meses os ataques a sites de empresas multinacionais, da CIA e do FBI nos Estados Unidos. O governo brasileiro foi alvo da maior onda de ataques a sites oficiais na internet de sua história. As ações começaram em 22 de junho. Os incidentes mostraram a fragilidade da segurança de serviços públicos na internet e abalaram a confiança dos usuários. Foram atingidos os sites da Presidência da República, do Portal Brasil, da Receita Federal, da Petrobras, dos ministérios do Esporte e da Cultura e de prefeituras. Os hackers usaram programas robôs para fazer milhares de acessos simultâneos que tiraram as páginas do ar, num ataque conhecido como DoS (Denial of Service, em português, "negação de serviço"). Neste tipo de ataque não há invasão do computador ou roubo de dados pessoais. Mas ele pode causar prejuízos a milhares de pessoas que dependem dos serviços oferecidos on-line. O coletivo de hackers LulzSecBrazil assumiu a responsabilidade pelos ataques. O grupo é um braço do Lulz Security, que nos últimos dois meses realizou ações contra os sites de empresas e do governo dos Estados Unidos. Os hackers anunciaram a dissolução do grupo em 26 de junho. A página na internet do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi outro alvo dos hackers. A homepage (página de abertura) do site foi modificada pelo grupo Fail Shell. Segundo o CERT.br (Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil), o país registrou 142. 844 incidentes no ano passado. Neste ano, de janeiro a março, foram 90.759. 08/07/2011 China - Partido Comunista faz 90 anos, sustentado pelo capitalismo. O Partido Comunista chinês completou 90 anos de fundação no dia 1o de julho. No comando do país mais populoso do planeta, o partido sobreviveu ao colapso dos regimes comunistas do século 20 e continua mais forte do que nunca. Vive, no entanto, um paradoxo que precisa ser solucionado: uma moderna e dinâmica economia de mercado aliada a um Estado repressor que limita as liberdades individuais e que destoa das democracias em vigor nos demais países desenvolvidos. Para se adaptar ao mundo globalizado, o PC chinês precisou adotar o modelo econômico capitalista. As reformas começaram em 1978. Em três décadas, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu numa média anual de 10%, tirando 400 milhões de pessoas da pobreza. O "milagre" chinês transformou um país agrário e analfabeto na atual segunda maior potência econômica do mundo, atrás somente dos Estados Unidos. Na política, o governo mantém o controle total sobre a vida dos chineses. Não tolera oposição, reprime com violência os dissidentes e censura a imprensa e a internet. O país vivencia uma das maiores ondas de repressão dos últimos anos, tendo como alvo os ativistas pró-democracia (inspirados pelas revoltas no mundo árabe), tibetanos e outras minorias étnicas. Hoje, o partido gasta mais com segurança interna, na censura e repressão ao povo, do que com a própria segurança externa. O regime ditatorial é o ponto fraco no domínio do partido, que sofre críticas de países ocidentais. Apesar disso, conta com o apoio da maior parte da população, beneficiada pelos avanços na área econômica. O PC chinês foi fundado em 1921, numa reunião clandestina em Xangai, com apenas 53 integrantes (hoje possui 80,2 milhões de filiados, segundo dados oficiais). Entre os delegados presentes no primeiro encontro estava o líder revolucionário Mao Tsé-tung, então com 27 anos. O líder é cultuado até hoje na China. 15/07/2011 Fora de órbita - O fim da era dos ônibus espaciais. O lançamento do ônibus espacial Atlantis, em 8 de julho, foi o último do programa de ônibus espaciais da NASA, a agência espacial americana. A nave levou quatro astronautas para uma missão de 12 dias na ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês). O programa dos ônibus espaciais substituiu o projeto Apollo, que levou o homem à Lua, há 30 anos. As naves conhecidas como "shuttles" foram concebidas pela NASA como as primeiras reutilizáveis, econômicas e seguras. O primeiro ônibus espacial, o Columbia, foi lançado em 12 de abril de 1981. Em três décadas, foram realizadas 135 missões em cinco naves: Columbia, Challenger, Discovery, Atlantis e Endeavour. Entre os feitos mais importantes está a colocação em órbita do Telescópio Espacial Hubble e a construção da Estação Espacial Internacional. O motivo do cancelamento do programa foi o alto custo das missões e duas tragédias que mataram 14 astronautas: a explosão da Challenger no lançamento, em 28 de janeiro de 1986, e o desastre com a Columbia, que se desintegrou ao reentrar na atmosfera terrestre em 1o de fevereiro de 2003. 22/07/2011 Escândalo dos grampos - Imprensa britânica vira alvo de investigação. O caso dos grampos telefônicos envolvendo jornalistas ingleses provocou o fechamento de um dos tabloides mais tradicionais da Grã-Bretanha. E ainda, uma discussão sobre os limites da imprensa, o monopólio dos meios de comunicação e a relação entre jornalismo e política. O caso dos grampos telefônicos envolvendo jornalistas ingleses provocou o fechamento de um dos tabloides mais tradicionais da Grã-Bretanha e uma crise política que atingiu o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e a tradicional polícia londrina, a Scotland Yard. O escândalo é o pior da imprensa inglesa deste século. Segundo a polícia, cerca de 4 mil pessoas teriam tido os telefones celulares interceptados por jornalistas e detetives. O objetivo dos suspeitos era obter informações exclusivas para a publicação de matérias. Atores, políticos, jogadores de futebol e apresentadores de TV estão entre as vítimas. O News of the World era o jornal dominical mais vendido na Grã-Bretanha. Ele pertencia ao magnata da mídia Rupert Murdoch, dono de um dos maiores conglomerados de comunicações do mundo. Devido às denúncias, o tabloide deixou de circular em 10 de julho. Um jornalista e um detetive foram condenados pela Justiça em 2007 por escutas ilegais. Em janeiro deste ano, foi aberta uma segunda investigação e novos casos vieram à tona, graças ao jornal The Guardian. O tabloide teria grampeado o telefone de uma adolescente desaparecida e morta em 2002, atrapalhando as investigações da polícia. Familiares de soldados britânicos mortos no Afeganistão e parentes de vítimas dos atentados ao metrô londrino em 2005 também foram alvos dos grampos. 29/07/2011 Terror na Noruega - Europa em alerta contra o inimigo interno. Países da Escandinávia, que incluem os reinos da Suécia, Dinamarca e Noruega, são considerados modelos de tolerância, democracia e conquistas sociais ao norte da Europa. Costumam sediar conferências e tratados internacionais. Até a semana passada, eram lugares improváveis para se ter noticias de ataques terroristas. Setenta e seis pessoas morreram em dois ataques no dia 22 de julho em Oslo, capital da Noruega. Os atentados fizeram a Europa, antes preocupada com o radicalismo islâmico, acordar para a ameaça do terrorismo da extrema direita. O responsável pelo massacre foi o norueguês Anders Behring Breivik, 32 anos, que foi preso pela polícia. Ele alega que cometeu a chacina para protestar contra a política liberal da Noruega referente à imigração, principalmente de muçulmanos. No primeiro atentado, oito pessoas morreram na explosão de um carro-bomba no centro da cidade, próximo ao escritório do primeiro-ministro norueguês Jens Stoltenberg. O premiê escapou ileso da explosão. Duas horas depois, Breivik atirou e matou 68 jovens em um acampamento do Partido Trabalhista na Ilha de Utoya. A Noruega possui um dos mais avançados Estados de bem-estar social do mundo, com educação e saúde gratuitas e de qualidade. Até o ano passado, o país ocupava o primeiro lugar no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Entretanto, a crise financeira mundial e o aumento da imigração nos últimos anos fizeram crescer a influência de grupos de direita em toda a Europa. Os extremistas se caracterizam pelo autoritarismo, racismo e xenofobia (aversão a estrangeiros). 05/08/2011 Dívida americana - Estados Unidos afastam risco de calote. O governo dos Estados Unidos venceu no início de agosto uma importante batalha – só que em um front doméstico. Em meio a um ambiente de tensão e expectativa nos mercados financeiros, o Congresso americano aprovou a elevação do teto da dívida pública. Dessa forma, evitou o risco de um calote inédito da maior economia do planeta, o que poderia provocar uma crise na economia mundial. O Senado americano aprovou em 2 de agosto a elevação do teto da dívida pública. Evitou, assim, um calote histórico da maior economia do planeta, que poderia causar outra crise econômica como a de 2008. Nos últimos anos, os gastos militares com as guerras do Iraque e do Afeganistão, juntamente com os efeitos da crise, fizeram com que o país atingisse um limite de endividamento (US$ 14,3 trilhões). Dessa forma, o país não teria mais como emitir títulos da dívida pública para arcar com seus compromissos e nem saldar todas as suas dívidas. No caso de um calote, seria afetada tanto a economia interna como a de outros países, credores da dívida americana. Para evitar isso, foram apresentados projetos no Congresso. Mas os partidos Democrata e Republicano não chegavam a um acordo sobre temas como corte nas despesas e aumento de impostos. O impasse afetou o mercado financeiro e arranhou a imagem do país no exterior. A aprovação de uma proposta bipartidária ocorreu no prazo final estipulado pelo governo 12/08/2011Reformas em Cuba - Pacote deve permitir compra de casa própria e viagens ao exterior. Casa própria, carro e viagens ao exterior fazem parte do sonho de consumo de trabalhadores de todo o mundo. Em Cuba, desde a revolução socialista de 1959, bens e turismo eram restritos ou inacessíveis à população. Agora, um conjunto de medidas anunciadas pelo governo deve mudar o cotidiano dos cubanos. A Assembleia Nacional cubana aprovou no começo do mês uma série de medidas econômicas que visam estimular a economia no país, diminuindo a participação do Estado e incentivando a iniciativa privada. Entre as principais mudanças está a permissão para que os cubanos comprem casa própria e carro e façam viagens ao exterior, algo inédito em mais de meio século de comunismo. Atualmente, é quase impossível para um cidadão comum sair do país como turista – as despesas com a emissão de vistos são caras e as autorizações são negadas aos opositores do regime. O Estado também irá cortar gradualmente subsídios como alimentos e energia elétrica, e realizar demissões no setor público, que emprega 85% dos trabalhadores. A situação econômica de Cuba começou a complicar com o fim da União Soviética, principal parceiro comercial da ilha. As reformas não significam, entretanto, uma abertura política e econômica do mesmo tipo realizado na antiga União Soviética em 1991. Cuba é um dos poucos países socialistas que restam no mundo 19/08/2011 Tumultos em Londres - Entre a violência juvenil e revolta social. Atos de vandalismo ou reação dos excluídos do mundo globalizado? Crimes de gangues ou reflexos da crise financeira que afeta toda a Europa? Uma semana depois, especialistas ainda tentam explicar as razões para os cinco dias de tumultos que tomaram conta de Londres e outras cidades da Grã-Bretanha. Entre os dias 6 e 10 de agosto, tumultos tomaram conta das ruas de Londres e outras cidades da Grã-Bretanha. Grupos de jovens atearam fogo em prédios e veículos, saquearam lojas e enfrentaram a polícia com bombas caseiras. Foram os mais graves desde os distúrbios ocorridos em Brixton, em 1995. A onda de violência deixou cinco mortos. Milhares de pessoas foram detidas e mais de mil suspeitos indiciados por crimes. O estopim foi a morte de Mark Duggan, um homem negro de 29 anos, no dia 4 de agosto. Ele foi morto a tiros por policiais em uma abordagem de rotina no bairro de Tottenham, região norte. Logo após, começaram os protestos e atos de vandalismo, que se espalharam por outras regiões. O governo aponta a ação de gangues e ladrões oportunistas. Especialistas, entretanto, acreditam em outras causas, como a tensão étnica, a violência policial, o desemprego e medidas de austeridade para conter os efeitos da crise econômica. 26/08/2011 Revoltas árabes (2) - O futuro da Líbia após a queda de Gaddafi. Depois de mais de quatro décadas, o regime de Muammar Gaddafi chegou ao fim na Líbia. Com apoio militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em menos de uma semana os rebeldes chegaram à capital, Trípoli, e tomaram o quartel-general do ditador. Um governo provisório foi formado em Benghazi, pelo Conselho Nacional de Transição, apesar de ainda haver focos de resistência do regime anterior. 01/09/2011 Protestos no Chile - Onda de manifestações estudantis sacode o país. O governo do Chile enfrenta a maior onda de protestos estudantis desde o fim do regime militar (1973-1990). Iniciadas em 6 de junho, as manifestações vêm causando conflitos nas regiões metropolitanas de Santiago, capital de uma das economias mais prósperas da América Latina. Os jovens reivindicam reformas no sistema educacional, com melhorias na qualidade do ensino e acesso a universidades públicas. No Chile, os alunos precisam pagar os estudos em universidades públicas, e as particulares são de péssima qualidade. O país é uma das economias mais prósperas da América Latina. Apesar disso, a má distribuição de renda e a deficiência no ensino geram insatisfação junto aos chilenos. O terremoto do ano passado trouxe mais problemas ao povo. Sem conseguir um acordo com os estudantes, que têm apoio da população, o governo do conservador Sebastián Piñera vive uma crise política. Os índices de popularidade do governo são os mais baixos desde a redemocratização do país em 1990. 09/09/2011 Fome na África - Na Somália, problema atinge quase metade da população. Seca, guerras civis, restrições à ajuda humanitária e caos político resultaram numa crise de fome que afeta 12,5 milhões de pessoas que vivem na região conhecida como Chifre da África, que inclui Djibuti, Etiópia, Quênia, Somália e Uganda. A epidemia de fome já é considerada a pior deste século. A pior seca dos últimos 60 anos e guerras civis causaram uma crise de fome que atinge 12,5 milhões de pessoas que vivem na região conhecida como “Chifre da África”, que inclui Djibuti, Etiópia, Quênia, Somália e Uganda. A situação é mais grave na Somália, onde 29 mil crianças morreram de fome nos últimos três meses – uma média de 300 por dia – e 640 mil estão subnutridas. Cerca de 3,2 milhões de somalianos, quase metade da população, dependem de ajuda humanitária para sobreviver. O país é um dos mais pobres e violentos do mundo. A Somália não possui governo desde 1991, quando começou a guerra civil. O grupo islâmico Al Shabab, filiado à Al Qaeda, domina a região sul, a mais afetada pela fome. Os guerrilheiros impedem a saída dos somalianos e a entrega de doações por agências humanitárias. 16/09/2011Plebiscito: 11 de dezembro - Se aprovada, divisão do Pará criará mais dois Estados. Dois novos Estados podem surgir na região norte do Brasil, dependendo da decisão de um plebiscito para a separação do Pará em três, formando os estados de Carajás e Tapajós. A proposta é rejeitada por grupos que apontam nela interesses políticos, sem benefícios para a população. Um plebiscito marcado para 11 de dezembro decidirá se o Pará será desmembrado em dois novos Estados: Carajás e Tapajós. Caso a proposta seja aprovada no referendo, será a primeira vez que um Estado brasileiro surgirá da vontade popular. A divisão do Pará dependerá ainda de uma lei complementar. De acordo com o projeto, o Pará ficaria com 17% do território e 56% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 32,5 bilhões. Tapajós, na região oeste, teria como capital Santarém, 58% do território e 11% do PIB (R$ 6,4 bilhões). Carajás, ao sul, cuja capital seria Marabá, contaria com 25% do território e 33% do PIB (R$ 19,6 bilhões). A campanha começou em 13 de setembro. Os separatistas argumentam que o território é muito grande e dificulta a administração e o desenvolvimento econômico do interior. O Pará é o segundo maior Estado brasileiro. Já os opositores alegam que haverá piora nos indicadores sociais e apontam interesses políticos e de empresários dos setores da pecuária e mineração. O Brasil possui 27 unidades federativas, sendo 26 Estados e o Distrito Federal. Tramitam no Congresso projetos de lei para a instituição de mais 16 Estados. 23/09/2011Estado palestino - Autoridade Nacional propõe reconhecimento na ONU. Sem sucesso em acordos de paz com Israel, a Autoridade Nacional Palestina decidiu mudar de estratégia e propor na 66ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) o reconhecimento do Estado Palestino nas fronteiras pré-1967, situando a capital na parte oriental de Jerusalém. A proposta é recusada por Israel e Estados Unidos. 30/09/2011 Lixo espacial - Detritos em órbita oferecem risco à exploração do espaço. O lixo resultante da ação humana não polui somente terra, ar e oceanos. Desde que o primeiro satélite artificial entrou em órbita, há mais de meio século, os detritos espaciais acumulados em órbita do planeta se tornaram um problema para a vida na Terra. 07/10/2011 Teoria da relatividade - Será que Einstein errou? Cientistas do Centro Europeu de Investigação Nuclear (Cern, na sigla em inglês), em Genebra, sustentam terem descoberto partículas subatômicas que se movem mais rápido do que a luz. 14/10/2011Steve Jobs (1955-2011) - O gênio que "humanizou" a tecnologia. Nas últimas três décadas, o computador pessoal permitiu acesso a serviços em rede que mudaram os hábitos de pessoas em todo o mundo, tornando-se um utensílio indispensável nos lares. Mais recentemente, dispositivos móveis como smartphones e tablets conferiram mobilidade aos recursos oferecidos na internet, unindo-os à telefonia e à editoração. 21/10/2011 Indignados - Crise econômica motiva protestos pelo mundo. Uma onda de manifestações contra o sistema financeiro mundial se espalhou por dezenas de países no último dia 15 de outubro. O movimento, chamado na Europa de “Indignados” e, nos Estados Unidos, de “Ocupe Wall Street”, é uma reação contra os cortes de gastos públicos feitos pelos governos para combater a recessão. Os ativistas culpam os governos e as instituições financeiras pelo crescimento das taxas de desemprego e da desigualdade em países atingidos pela crise de 2008. Na época, para impedir um colapso no mercado, bancos tiveram que ser “salvos” com recursos públicos, aumentando a dívida dos Estados. Agora, para equilibrar as contas, os governos precisam reduzir despesas, com o corte de benefícios sociais, e elevar os impostos. Segundo os organizadores, foram anunciadas marchas contra a “ganância corporativa” em 951 cidades de 82 países, incluindo o Brasil. Em Roma, violentos protestos deixaram 70 pessoas feridas. As revoltas começaram em 15 de maio em Madri, na Espanha. O movimento ficou conhecido como “Indignados”. Em 17 de setembro, surgiu nos Estados Unidos o “Ocupe Wall Street”, inspirado no movimento espanhol. Os integrantes do grupo montaram acampamento na praça Zuccotti, no centro financeiro de Nova York, e ganharam adesão de sindicatos e simpatia de políticos democratas. 28/10/2011 Eleição na Argentina - Economia garante reeleição de Cristina Kirchner. Crescimento econômico e programas sociais asseguraram a reeleição da presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner no domingo (23 de outubro), com 54% dos votos contra 17% do segundo colocado, o socialista Hermes Binner. Foi o resultado mais expressivo nas urnas desde a redemocratização do país em 1983, quando Raúl Alfonsin foi eleito com 51% dos votos. Cristina também se tornou a primeira mulher reeleita na história da Argentina. Cristina assumiu o cargo em 2007, após o término do mandato do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner (1950-2010). No cargo, ampliou as medidas econômicas e programas sociais que mantiveram o país em crescimento – mesmo em meio à crise financeira mundial –, reduziram a pobreza e geraram empregos. Porém, os bons rumos da economia argentina, que garantiram sua reeleição, são também os maiores desafios do governo a partir do próximo ano. A presidente terá que equilibrar as contas fiscais, debilitadas pelos gastos sociais e queda da exportação, e combater a inflação, que prejudica, sobretudo, as camadas mais pobres da população. 03/11/2011 Demografia - Os desafios de um planeta com 7 bilhões de pessoas. A população mundial atingiu os 7 bilhões de habitantes no dia 31 de outubro, segundo estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas). O ritmo acelerado de crescimento populacional impõe desafios para garantir uma convivência mais equilibrada nos centros urbanos, nas próximas décadas. Direto ao ponto A população mundial atingiu os 7 bilhões de habitantes no dia 31 de outubro, segundo estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas). A China é hoje o país mais populoso do mundo, com 1,35 bilhão de pessoas, seguida da Índia, com 1,24 bilhão. As projeções indicam que, em 2050, serão 9,3 bilhões de habitantes no planeta, índice que atingirá os 10 bilhões até o final do século, antes de estabilizar. O aumento ocorrerá principalmente em países africanos que registram altas taxas de fertilidade. O ritmo acelerado de crescimento populacional impõe desafios para garantir uma convivência mais equilibrada nos centros urbanos, nas próximas décadas. O problema não é acomodar tanta gente: há espaço de sobra. As questões envolvem o balanço entre população idosa e jovem, uso de recursos naturais, fluxo migratório e desenvolvimento sustentável em zonas urbanas, que concentrarão 70% da população mundial. No Brasil, com 192 milhões de habitantes, há uma tendência para o envelhecimento da população. Na última década, projeções apontam uma tendência de queda para índices de fecundidade próximos aos registrados em países europeus. Outro desafio é a vida em centros urbanos: o Brasil, com 85% da população vivendo nas cidades, é um dos países mais urbanizados do mundo. 10/11/2011 Crise do Euro - Finanças derrubam premiês na Europa. Nem denúncias de corrupção e nem escândalos sexuais. O que determinou a renúncia do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, anunciada na última terça-feira (8), foi uma crise de legitimidade política provocada pela recessão que atinge países europeus. Os premiês italiano Silvio Berlusconi e grego George Papandreou renunciaram ao cargo devido a uma crise política provocada pela recessão que atinge os países europeus, a pior desde a Segunda Guerra Mundial. Sete outros governos foram desestabilizados desde 2008. Em países como Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda o endividamento atingiu patamares intoleráveis na zona do euro. Na Grécia e na Itália, as contas para pagar superam o total de riquezas produzidas pelo país, medida pelo PIB (Produto Interno Bruto). Para combater a crise dos débitos, os governos adotaram pacotes de austeridade que incluem cortes de benefícios e aumentos de impostos, o que gera descontentamento entre a população. Berlusconi e Papandreou caíram após a adoção de um desses pacotes.