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PROFESSOR
Edson Luís Moura Corassi, professor licenciado em Geografia (plena).

Disciplina Específica da Licenciatura:
• Geografia
• Geografia Suplência
• Geografia Geral
• Geografia do Brasil
• Geografia Humana
• Geografia Física
• Geociencias
• Geografia Aplicada
• Geografia Regional
• Geografia Turística
• Geoeconomia
• Geopolítica
• Geografia - Cartografia
• Atualidades em Geografia

Professor de história I, EMC, OSPB.
- Especialista em cursinhos pré-vestibular.

Sagitariano, Cristão, São Paulino,.

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domingo, 29 de agosto de 2010
CHINA: UMA ECONOMIA SOCIALISTA DE MERCADO.

CHINA: UMA ECONOMIA SOCIALISTA DE MERCADO


A China é hoje um país que possui dois sistemas econômicos controlados por um único sistema político. Esse sistema é definido como economia “socialista de mercado”. A China é a economia que mais cresceu no mundo, e os seus produtos invadem todos os mercados. Para entender melhor é preciso fazer uma rápida retrospectiva na historia.

HISTÓRICO

A China é um país milenar, que foi governado por varias dinastias. No inicio do século XX, governado pela dinastia, o país decrescia. O país estava partilhado por várias potencias estrangeiras.

Mas, no começo do século XX, surgiu um movimento nacionalista, não a favor da dinastia Manchu é a dominação estrangeira. Sob a liderança de Sun Yat essa revolução atingiu várias cidades do país, e pôs fim ao império e instaurou a republica, em 1912. Foi organizado o partido nacional chinês, sob a liderança de Sun Yat-sem.

Apesar da proclamação da republica, o poder permaneceu fragmentado, e o país continuou sofrendo com o caos político, econômico e social. Pequim controlava apenas uma parte do país e mantinha laços com as potencias estrangeiras.

Nessa época surgiu uma iniciante industrialização, que com a ajuda de capitais estrangeiros se aproveitava da mão-de-obra barata e abundante. Com a invasão do Japão e a guerra civil esse processo de industrialização foi interrompido. Na primeira guerra mundial os japoneses com apoio de potencias ocidentais, ocupavam a região nordeste do território chinês.

As forças revolucionárias ganharam forças e, além de receberem influência da revolução Russa, essas idéias juntaram-se agora aos sentimentos nacionalista e anticolonial que fez surgir, o partido comunista chinês, era 1921, tendo como um dos fundadores Mao Tse-tung.

Em 1925, Sun Yat-sem morreu e o partido nacional chinês passou a ser controlado por Chiang Kai-schek. Depois de uma breve convivência pacifica, em 1927 iniciou uma guerra civil entre comunista e nacionalista. Depois de ocorrer a unificação do país em 1928, Chiang Kai-shet passou a liderar o governo nacional da china com mão de ferro. Em 1934, os japoneses depois da invasão na Manchúria, implantaram Manchwero, um país formalmente independente. Pu Yi era imperador desse reino Manchu. Na verdade ele era apenas um imperador fantoche, quem mandava de fato em Manchukuo eram os japoneses, que se beneficiavam de uma das regiões mais ricas em minérios e combustíveis fosseis de toda a china.

Em 1937, os japoneses declararam guerra total contra a china. Chegaram a ocupar cerca de dois terços do território chinês. As cidades mais importantes estavam sob o controle do Japão. Neste curto período de tempo os comunistas e os nacionalistas se empenharam em derrotar os invasores japoneses. Assim, após a rendição do Japão na segunda guerra mundial, as guerras civis voltaram a se agravar severamente. Em outubro de 1949, depois de 22 anos de guerra, os comunistas do Espírito de Libertação Popular saíram vitoriosos, liberados por Mao Ise-tung, foi proclamado a Republica Popular da China. Surgiu então a China Comunista. Os nacionalistas se refugiaram na ilha de Formosa, e fundaram a República da China Nacionalista, também conhecida como Taiwan.

A china passou a seguir o modelo político-econômico da ex-União Soviética. Politicamente implantou-se um regime político centralizado sob o controle do Partido Comunista Chinês, cujo líder Maximo era o secretário-geral Mao Tse-tung. O estado passou a controlar as fabricas e recursos naturais. No entanto, é bom lembrar que a revolução chinesa foi essencialmente camponesa, visto que na época os operários equivaliam a apenas 0,6% da população. Assim após a revolução a china começou seu processo de industrialização.

PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO

Inicialmente a china seguiu o modelo soviético, e passou a planejar a economia. Em 1957, Mao lançou um plano conhecido como o “Grande Salto à Frente”, que se estendeu até 1961. Em plano visava implantar um parque industrial diversificado e amplo. Para isso, a china priorizou investimento na industria de base na bélica e em outras de infra-estrutura que ajudasse a sustentar o processo de industrialização. Mas, o grande “Grande Salto à Frente” mostrou ser um fracasso.



Ao tentar seguir o modelo da União Soviética, a china acabou também sofrendo dos mesmos problemas: baixa produtividade, baixa qualidade, concentração de capitais no setor armamentista e burocratização.

O que também ajudou na crise econômica foi a Revolução Cultural maoísta, que consistia em um esforço de transformação ideológica contra o revisionismo soviético, uma perseguição dos contras revolucionários, além de isolamento econômico em relação ao exterior.

Após o rompimento entre a União Soviética e a China, houve a aproximação dos Estados Unidos, que foi iniciada com a viagem do presidente norte-americano, Richard Nixon, a China em 1972. Foi nessa época que a republica popular da china entrou na ONU, tornando-se membro permanente do conselho de segurança.

Com a morte de Mao tse-tung, em 1976, um novo líder entra no poder, Deng Xiaoping. Os donos deixaram os conceitos de Mao de lado, e iniciou-se um processo de abertura na economia chinesa.

UMA NOVA ECONÔMIA

A china depois de passar décadas em estado de “Sono Profundo”, resolveu acorda. Sob o comando de Deng Xiaoping, iniciou-se, a parti de 1978, uma reforma na economia, paralelamente a abertura da economia chinesa ao exterior.

Os chineses no poder queriam fazer reformas econômicas para o regime chinês e também justificar ideologicamente a simbiose da economia de mercado com a economia de planificação sob o controle do estado. Era uma tentativa de perpetuar a hegemonia do PCC.

Num país em que 70% da população são camponeses, as reformas começaram, é claro na agricultura. Cada família poderia cultivar o que desejassem, embora as terras continuariam pertencendo ao Estado. Depois de entregar uma parte que produzisse ao Estado, poderia vender no mercado o restante. As restrições impostas impediram relações capitalistas de produção, e os preços pagos aos agricultores foram elevados, incentivando aos camponeses. Ao mesmo tempo os consumidores passaram a receber subsídios para adquirir produtos agrícolas. E o resultado foi um notável crescimento na produção agrícola chinesa.



Com a reforma na agricultura disseminou-se a iniciativa privada e o trabalho assalariado no campo, aumentando a renda dos agricultores. Houve também uma expansão do mercado interno.

A parti de 1982, após o XII Congresso N acional do PCC, iniciou-se a abertura no setor industrial. As industrias do Estado tiveram que se enquadrar à realidade e foram incentivadas a adequar-se aos novos tempos, melhorando a qualidade de seus produtos e abaixando seus preços. O governo também permitiu o surgimento de pequenas empresas e autorizou a constituição de empresas, atraindo o capital estrangeiro.

A grande revolução, porém, veio com a criação de zonas especiais em várias províncias litorâneas. As primeiras foram implantadas em Shezen, Zhuhai, Xiamen. Essas zonas econômicas tinham como objetivo atrair investimentos de empresas estrangeiras, que trariam além de capital, tecnologia e experiência de gestão empresarial. Numa tentativa de ampliar suas exportações, a china concedeu quase total liberdade ao capital estrangeiro nessas zonas econômicas, espécie de enclaves capitalistas dentro da china.

Em resultado disso tudo, a economia da china cresceu uma taxa media de 9% ao ano nas décadas de 80 e 90. E a província de Guangdond, localizada próxima a Hong Kong, a mais dinâmica do país, crescia em uma media de 12,5% ao ano desde 1979. No período a taxa mais alta do mundo.

Mas apesar de ter ocorrido esse “milagre chinês”, nem tudo tem só coisas boas. É preciso também falar da outra face do “milagre chinês”. Além da libertação econômica, um fator fundamental que está atraindo capitais para a china, é o baixo custo de mão-de-obra muito disciplinada e trabalhadora. O Salário mínimo na china é de 25 dólares por uma jornada de trabalho de 12 horas diárias. Na província de Fuyian o salário médio de um operário é 65 dólares, em media por mês, era cerca de trinta e cinco avos do salário médio nas fabricas japonesas.

Uma outra face desse “milagre” é o agravamento das desigualdades sociais e regionais, que tem provocado as migrações internas. A cidade de Shenzen, por exemplo, cresceu de 100 mil habitantes em 1979, para mais de três milhões em 1999. Todos queriam ir para as zonas econômicas especiais e as cidades livres de melhores salários.

Assim, com base em uma abertura econômica e baixos salários, o mundo foi invadido por produtos chineses. Em 1980, período de inicio das reformas econômicas, a China ficou em 25º no ranking de exportadores, exportando 18 bilhões de dólares. Em 1997, porém o país exportou 183 bilhões de dólares, tornando-se o 10º maior exportador do mundo.

A china tem atualmente um parque industrial muito diversificado. Entretanto, tem apresentado um crescimento bem desigual territorialmente, e também setorialmente. As zonas especiais e as cidades abertas crescem muito mais rapidamente, e as empresas privadas e mistas crescem muito mais que os outros.

Um dilema chinês é como manter uma irrestrita economia, fortemente controlada pelo Estado e, ao mesmo tempo, um regime fechado politicamente. Essa questão só com o tempo poderá ser resolvida.


CHINA. JAPÃO E Tigres Asiáticos.

3º ano - resumo China


CHINA

Área: 9.536.499 km². Hora local: +11h.

Cidades: Xangai (aglomerado: 13.659.000 em 1996; Pequim (Beijing) (aglomerado:mais de 20 milhões de habitantes);

POPULAÇÃO – 1,300 bilhão (2007);

Densidade: 134,75 hab./km² (2001). Pop. urb.: 32% (2000).

Cresc. dem.: 0,71% ao ano; fecundidade: 1,8 filho por mulher;

Expectativa de vida M/F: 69,1/73,5 anos; mort. infantil: 36,5‰ (2000-2005).

Analfabetismo: 15% (2000).

ECONOMIA – Moeda: iuan; cotação para US$ 1: 8,27 (jul./2001). PIB: US$ 989,5 bilhões;

Renda per capita: US$ 780 (1999). Força de trabalho: 751 milhões (1999).

Relevo em degraus (baixas altitudes à beira mar);

Planícies, no baixo curso dos rios, com solo amarelo de origem eólica (loess) de boa fertilidade;

SINKIANG:Planaltos Semi-áridos; Baixa densidade populacional; Petróleo e indústria estratégica;

TIBETE: Altiplanos e montanhas (4000m); Anexada em 1950(população não-chinesa); Pastoreio e Agricultura;

MONGÓLIA INTERIOR: Baixos planaltos; Deserto de Gobi;Pastoreio nômade e Trigo(irrigação)

MANDCHÚRIA: Planícies Temperadas(coníferas); Solo LOESS (trigo e soja); Indústrias de Base(siderúrgica, mecânica, etc.)

CHINA DO SUDESTE: Planícies aluvionais(rios); Clima Tropical Monçônico; Agricultura – arroz, chá, cana de açúcar, abacaxi.

RIOS: HOANG – HO ð agricultura, trigo e barragens;

YANG – TSÉ (AZUL) ðrizicultura, navegação, ferro;

SI-KIANG: ðagricultura, grande densidade demográfica.

O crescimento econômico rápido e desordenado tem provocado sérias desigualdades sociais agravando as disparidades regionais.

Em 1997, a China começou um dos maiores processos de privatizações de suas 300 mil estatais (JIANG ZEMIN).

Província de GUANDONG vem apresentando notável crescimento industrial devido aos investimento feitos por empresas de Hong Kong e Taiwan;

Criação da bolsa de valores de Pequim e Xangai, a ampliação da produção de bens de consumo, a entrada de capital estrangeiro e outras medidas econômicas.

Uma das principais mudanças no setor agrícola é o estímulo à formação das COMUNAS POPULARES que apresenta uma administração integrada ao Estado.

a China é o único país subdesenvolvido que tem conseguido controlar a inflação, crescer economicamente e, ao mesmo tempo, atrair os capitais internacionais. Nas suas Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), a presença de investimentos estrangeiros deu um novo dinamismo à produção e circulação de bens. As exportações chinesas, em parte graças a uma mão-de-obra extremamente mal paga, têm gerado grandes superávites na balança comercial, além de facilitar o pagamento da dívida externa. Após o sétimo Plano Qüinqüenal, iniciado em 1985, a China passou a importar tecnologia, permitindo a entrada de especialistas estrangeiros. Abrindo-se para o mundo, o país já firmou mais de cem acordos internacionais de cooperação científica e técnica. Cada vez são mais íntimas as relações econômicas com o Japão, a República da Coréia, Estados Unidos da América, Cingapura e, até mesmo, com Taiwan, apesar das divergências políticas e ideológicas. Cada vez mais se difunde a idéia de que a China, um dos grandes “tigres asiáticos”, será a mais importante economia do início do terceiro milênio. Tal observação nos parece exagerada, pois o país ainda é vitimado pela ausência de uma sólida infra-estrutura econômica.

As reforma também atingiram o campo chinês, onde as comunas populares foram substituídas por fazendas coletivas mais liberais, que permitem a venda de excedentes para o mercado. Esse incentivo provocou um extraordinário aumento da produtividade agrícola: de 2% ao ano, em 1978, passou a crescer à média de 8%. A China, com apenas 7% da área cultivada do mundo, alimenta 22% da população mundial. Nas indústrias, os bens que excederem as cotas de produção fixadas pelo Estado são divididos em três partes iguais: a primeira para a elevação dos salários; a segunda para ampliar os benefícios sociais da empresa (educação e planos de saúde); finalmente, a última porção para a modernização tecnológica da própria empresa. Se levarmos em conta os padrões capitalistas, o Estado ainda é excessivamente presente na economia, mas essa intervenção vem decrescendo rapidamente. Em 1980, 80% da produção era controlada pelo Estado; hoje, menos de 50%.

Apesar dos relativos êxitos econômicos, poucas alterações ocorreram no plano político: o autoritarismo permanece. Em 1989, no famoso incidente da Praça da “Paz Celestial”, forças militares esmagaram um movimento oposicionista encabeçado por estudantes, deixando claro que o governo chinês não aceitava atrelar a liberalização econômica à democratização política. Desencantada com ações políticas e resignada à permanência do dirigismo autoritário, a juventude chinesa vem optando pelo individualismo e pelo enriquecimento pessoal. Fazer dinheiro e consumo de produtos de luxo parecem ser as únicas preocupações do chinês atualmente.

3º ano - resumo JAPÃO.


Japão

O caráter montanhoso do país é resultado de forças orogênicas geologicamente recentes, como demonstra a freqüência de terremotos violentos, atividade vulcânica e as alterações do nível do mar ao longo do litoral.

São escassas as planícies e planaltos, ao contrário do que ocorre em regiões mais estáveis e antigas da Terra, niveladas pela erosão.

As montanhas cobrem mais de quatro quintos do Japão e se agrupam em seis pequenas cadeias, de nordeste para sudeste.

Arquipélago : vulcânico(círculo do Fogo do Pacífico), constituído por terrenos de origem recente(Período Terciário) ;

Extensão : pouco maior que o Estado de São Paulo.

Relevo : montanhoso obrigando a população a se concentrar nas pequenas superfícies planas no litoral (16% do território).

Clima: Temperado atingido pelas monções; grande influência marítima resultando em elevado índice pluviométrico.

Florestas: cobrem cerca de 65% do território.

Hidrografia: rios de pequeno porte intensamente aproveitados para irrigação e produção de energia.

Litoral: recortado e com muitos portos.

Chuvas abundantes + Clima Temperado = vegetação rica: favorecimento da Agricultura;

Importador de Madeira, apesar de suas florestas, devido à grande demanda para a construção civil.

O principal transporte do país é o HIDROVIÁRIO.

O Japão, até séc. XIX, tinha uma estrutura feudal cujos líderes eram os Xóguns.

O Imperador Mutsohito institui a era MEIJI(1868 - 1912);

Governo pró-ocidente que dá início à modernização do Japão;

Término da estrutura feudal; obrigatoriedade do ensino primário e serviço; criação de uma constituição e implantação da revolução industrial;

Agricultura: Aplicando técnicas modernas (mecanização e fertilizantes) obtém-se alto rendimento mesmo se dispondo de pequeno território (14%).

Apenas 6,5% da população se dedica ao setor primário.

Pesca: Produz 15% da pesca mundial ( a atividade é favorecida pela grande extensão do litoral e presença de correntes marítimas frias e quentes ).

Recursos Minerais: É um dos maiores importadores de matéria prima do mundo.

Energia: O petróleo é importado e representa 75% do consumo; o carvão representa 15%.

A agricultura japonesa caracteriza-se pelo elevado número de propriedades pequenas e ineficientes. Somente em Hokkaido encontram-se empreendimentos maiores.

O arroz é o principal produto agrícola do país. Outros produtos importantes são batata, rabanete, tangerina, repolho, batata-doce, cebola, pepino e maçã.

A frota pesqueira japonesa é a maior do mundo em tonelagem, ainda que a pesca seja realizada por empresas de pequeno porte.

Tigres Asiáticos




Expressão usada para designar países do Sudeste Asiático com desempenho econômico excepcional entre as décadas de 60 e 80.

Na Bacia do Pacífico, quem predomina sobre os outros componente é o Japão com uma economia super competitiva que está enfrentando a UNIÃO EUROPÉIA e os EUA, destina volumosos investimentos aos Dragões Asiáticos - Coréia do Sul, Formosa, Cingapura e Hong Kong - que são os países que mais crescem industrialmente naquela região e precisam de apoio financeiro o qual o Japão está promovendo para a atuação de um mercado competitivo no cenário mundial da economia. E aos países de industrialização mais recente o Japão também está colaborando para o desenvolvimento dos mesmos neste setor; países, que são os seguintes: Indonésia, Tailândia e Malásia, além das zonas exportadoras do litoral da China.

Este bloco asiático, movido pelo potente Japão, está tentando erguer os outros países para que se torne um bloco que tenha competição na economia mundial e que ocupe parte dela, como o Japão já está fazendo e conseguindo à algum tempo e neste momento querendo ajudar seus vizinhos para formar um bloco onde investidores de multinacionais apliquem seu dinheiro e façam um bom proveito de toda esta estrutura que está sendo montada para este objetivo.

A partir da década de 70, o direcionamento da indústria eletrônica para a exportação de produtos baratos traz prosperidade econômica crescente e rápida para alguns países da Ásia. Coréia do Sul, Formosa (Taiwan), Hong Kong e Cingapura são os primeiros destaques. Dez anos depois, Malásia, Tailândia e Indonésia integram o grupo de países chamados Tigres Asiáticos. Apesar da recessão mundial dos anos 80, apresentam uma taxa de crescimento médio anual de 5%, graças à base industrial voltada para os mercados externos da Ásia, Europa e América do Norte.

As indústrias e exportações concentram-se em produtos têxteis e eletrônicos. Os Tigres beneficiam-se da transferência de tecnologia obtida através de investimentos estrangeiros associados a grupos nacionais. Os Estados Unidos e o Japão são os principais parceiros econômicos e investidores. Com exceção de Cingapura, as economias dos Tigres Asiáticos dispõem de mão-de-obra barata: as organizações sindicais são incipientes e as legislações trabalhistas forçam a submissão dos trabalhadores. Tal situação só é possível porque é sustentada por uma cultura conformista, que valoriza a disciplina e a ordem, e admite a intervenção do Estado em diversos setores econômicos. O planejamento estatal é posto em prática em larga escala, seguindo de perto o modelo japonês.

Os regimes fortes e centralizadores da Indonésia, Cingapura e Malásia, garantem a estabilidade política necessária para sustentar o desenvolvimento industrial e atrair investimentos estrangeiros. Na Coréia do Sul, os golpes de Estado são acompanhados de perseguições e assassinatos de políticos oposicionistas, e de massacres de grevistas. Em Formosa, o regime ditatorial de Chiang Kaishek, iniciado em 1949, prolonga-se até 1985, quando se inicia um processo de lenta transição para a democracia. Chiang Kaishek morre em 1975 e seu filho Chiang Ching-Kuo mantém o regime ditatorial por mais nove anos. Em 1984, o destino de Hong Kong é decidido por um acordo entre o Reino Unido e a China. Prevê-se a devolução do território de Hong Kong à soberania chinesa para agosto de 1997. Em troca, a China promete manter o sistema capitalista em Hong Kong durante 50 anos, cedendo-lhe autonomia administrativa.

Resumo

Países membros: Coréia do Sul, Formosa (Taiwan), Hong Kong, Cingapura, Malásia, Tailândia e Indonésia.

Localização: Região Sudeste da Ásia.

Características: Estão em desenvolvimento com altas taxas de crescimento. A partir de 1960, esses países adotaram, processo de substituição de importação para bens de consumo não duráveis e, numa Segunda etapa, a exportação desses produtos. Na década de 70, o mesmo processo ocorreu para bens duráveis. As principais razões para o crescimento econômico foram o baixo custo da mão de obra e a produção em larga escala para exportações a partir dos anos 60.

Histórico: A partir da década de 70, o direcionamento da indústria eletrônica para a exportação de produtos baratos traz prosperidade econômica crescente e rápida para alguns países da Ásia. Coréia do Sul, Formosa (Taiwan), Hong Kong e Cingapura são os primeiros destaques. Dez anos depois, Malásia, Tailândia e Indonésia integram o grupo de países chamados Tigres Asiáticos. Apesar da recessão mundial dos anos 80, apresentam uma taxa de crescimento médio anual de 5%, graças à base industrial voltada para os mercados externos da Ásia, Europa e América do Norte. Caracterizado pela escolha da eletrônica como setor industrial prioritário, voltado para a exportação; pela absorção de tecnologia por meio dos investimentos estrangeiros em associação com grupos nacionais e o Estado; pelas vantagens comparativas, baseadas principalmente na mão-de-obra barata, frágeis organizações sindicais, legislações trabalhistas pouco protetoras da força de trabalho e traços culturais conformistas, que reforçam a disciplina; e na intervenção estatal em todos os setores da vida econômica, em geral autoritariamente, os Tigres Asiáticos puderam prosperar e se tornarem o que são hoje: um grande bloco econômico que movimenta milhões de dólares (US$) todos os anos, embora hajam alguma suspeitas sobre a formação deste grande império (como é o caso da KIA, que mostra as fragilidades deste bloco econômico, acarretando quedas nas bolsas de valores do mundo inteiro).

Objetivo: Integrar os países asiáticos, visando o fim das barreiras alfandegárias e desenvolver novas tecnologias no processo competitivo que toma conta do mundo atual.

Comércio: O Japão e os Estados Unidos são os principais parceiros e investidores. Os Estados Unidos, em especial, abrem seu mercado para os produtos dos Tigres.

Política: Política autoritária vigora em todos os tigres asiáticos durante os anos 70 e 80. Na Coréia do Sul, as mudanças de governo por meio de golpes de Estado, as perseguições a oposicionistas, os assassinatos políticos e os massacres de manifestantes e grevistas são a regra. Em Formosa, o regime autoritário de Chiang Kai-Shek prolonga-se até 1975. Entre 1975 e 1984, seu filho Chiang Ching-Kuo o substitui na chefia do Estado. Em 1985 tem início um processo de transição lenta para a democracia, embora o Kuomintang permaneça no poder. Em Hong Kong vigora a plena autoridade do governador inglês. Em 1984 o Reino Unido e a China fazem um acordo para a devolução do território à soberania chinesa em agosto de 1997. A China se compromete a manter o sistema capitalista em Hong Kong durante 50 anos e a dar autonomia administrativa ao território. Cingapura possui um sistema parlamentar autoritário, enquanto Malásia e Tailândia possuem monarquias parlamentares em que os militares exercem grande influência política.

Principais produtos de exportação: Concentram-se nos produtos têxteis e eletrônicos (setor priorizado).

PIB: 4,25 trilhões de dólares, e um mercado consumidor de 1.295 bilhão de pessoas.

Cingapura

Principais Características - É uma cidade - Estado, com superfície bem pequena. O relevo é montanhoso a sudoeste e plano a leste com áreas arenosas e pantanosas. As condições naturais favorecem a instalação de portos com excelentes ancoradouros.

Na economia destaca-se a industrialização do estanho, a produção de elétricos, computadores, eletrodoméstico, metalúrgica, química, etc.

Localização - Ao sul da península da Malásia, próximo da ilha de Sumatra, esta ilha liga-se ao continente por um viaduto.

Processo Histórico - A Inglaterra estabeleceu-se no Cingapura no inicio do século XIX. Depois, a companhia das Índias Orientais comprou a ilha, desenvolvendo o comercio, principalmente internacional. Ela foi invadida pêlos japoneses na 2ª Guerra Mundial. E tornou-se independente em 1965, constituindo-se em Cidade –Estado.



Taiwan

Principais Características - A maioria da área são de montanhas agrupadas numa cadeia principal, que se estende de norte a sul, sendo vertente leste escarpada e a oeste mais plana e fértil. Nas melhores terras ao sudoeste são feitas 2 colheitas de arroz por ano.

As atividades industriais são a forte economia de Taiwan. Separado Da China, o país passou a desenvolver as industrias e atrair investimentos estrangeiros.

Localização - No sudeste da China e é cortada pelo trópico de Câncer

Processo Histórico - Os primeiros habitantes era malaios que, a partir do século XIV, foram submetidos ao domínio chinês ao dos portugueses, que ali instalaram um entreposto comercial e deram o nome a ilha de Formosa. Em épocas diferentes a ilha foi ocupada por holandeses, espanhóis, chineses e japoneses, sendo que esse ultimo teve o domínio ate o final da 2ª Guerra Mundial, quando a ilha foi restituída à China.



Coréia do Sul

Principais Características - O relevo é relativamente suave apresentação áreas de planalto a leste e grandes planícies a oeste, ocupadas, na maior parte pelo cultivo do arroz, que é a base de alimentação do país.

A economia da Coréia do sul baseia-se principalmente na industrialização e no setor de serviços. A transformação da economia foi incentivada pela ajuda de capitais de outros países, sobretudo norte – americano e japonês, permitindo reestruturar o país, com abertura do mercado de capitais e incentivos de novos investimentos estrangeiros.

Localização - Ela ocupa a parte meridional da península da Coréia, ao leste da China. Entre os mares Amarelo e do Japão, e juntamente com a Coréia do Norte fazem seu limite.

Processo Histórico - Os primitivos habitantes da Coréia sofreram, ao longo dos séculos, influencias de povos conquistadores, dentre os quais se destacaram os mongóis e os chineses. O território foi disputado, também, por russos e japoneses. Estes, em 1910, anexaram toda a península as Coréia, de forma brutal, inclusive tentando suprimir a língua e a cultura coreana. Durante a 2ª guerra, dezenas de coreanos foram levados para trabalhos forcados ao Japão.


GEOGRAFIA DA POBREZA.

GEOGRAFIA DA POBREZA.


Bairros marginalizados que convivem com a pobreza

Diariamente todos os brasileiros convivem e visualizam os resultados decorrentes da pobreza, na qual a maioria da população nacional se encontra, os meios de comunicação (revistas, jornais e rádio) divulgam os imensos problemas provenientes de uma sociedade capitalista dividida em classes sociais.

Uma parcela da população acredita que a condição de miséria de milhares de pessoas espalhadas pelo território brasileiro é causada pela preguiça, falta de interesse pelo trabalho, acomodados à espera de programa sociais oferecidos pelo governo, em suma, acham que só não trabalha quem não quer, no entanto, isso não é verdade.

Nas últimas décadas, o desemprego cresceu em nível mundial paralelamente à redução de postos de trabalho, que diminuiu por causa das novas tecnologias disponíveis que desempenham o trabalho anteriormente realizado por uma pessoa, a prova disso são os bancos que instalaram caixas de auto-atendimento, cada um desses corresponde a um posto de trabalho extinto, ou seja, milhares de desempregados, isso tem promovido a precarização dos vínculos de trabalho, isso quer dizer que as pessoas não estão garantidas em seu emprego e todos buscam uma permanência no mesmo, antes a luta principal era basicamente por melhorias salariais, atualmente esse contexto mudou.

Quando um trabalhador é demitido e não encontra um novo emprego em sua área de atuação, ou em outras, fica impedido de gerar renda, sem condições de arrecadar dinheiro através de sua força de trabalho as pessoas enfrentam dificuldades profundas e às vezes convivem até mesmo com a fome.

É comum relatos de professores de escolas de bairros periféricos onde há altos níveis de desemprego a ocorrência de desmaios de alunos por falta de alimentação, muitos estudantes freqüentam a escola por causa da merenda escolar que, pra muitos, é a única refeição do dia.

Esse processo de distribuição de renda e desemprego obriga as pessoas a procurar lugares impróprios à ocupação urbana, como não tem condições financeiras para custear moradias dignas, habitam favelas e áreas de risco desprovidas dos serviços públicos (esgoto, água tratada, saúde, educação, entre outros) que garantem uma melhor qualidade de vida.

Nesse sentido, há uma camada da população que nem sequer tem um “barraco” em uma favela, vivem embaixo de fachadas de lojas, instituições, praças e pontes. A pobreza é decorrente de vários fatores, os principais são os processos de globalização, a modernização dos meios de produção e a desigual distribuição da renda.


Desigualdade social

Desigualdade social




Por Gabriela Cabral

A desigualdade social acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas mãos de poucos. No Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mundo. Por esses acontecimentos existem jovens vulneráveis hoje principalmente na classe de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais supérfluos e incapazes de ter uma vida digna. Muitos jovens de baixa renda crescem sem ter estrutura na família devido a uma série de conseqüências causadas pela falta de dinheiro sendo: briga entre pais, discussões diárias, falta de estudo, ambiente familiar precário, educação precária, más instalações, alimentação ruim, entre outros.

A desigualdade social tem causado o crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida e muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se tornando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas. Outro fator que agrava essa situação é a violência que cresce a cada dia.

Podemos perceber que o ódio que faz com que uma pessoa se torne violenta sempre tem razões anteriores. Na maioria das vezes que vemos depoimentos de pessoas envolvidas com violência, as mesmas tiveram na infância situações onde o pai era ausente ou se presente espancava a mãe, a miséria fazia com que os pais vendessem drogas por um prato de comida, pais entregavam filhos para adoção ou até mesmo abandonavam os filhos ao invés de tentar reverter à situação. Alguns casos, as pessoas hoje violentas foram vítimas de abuso sexual quando mais jovens e essa série de situações trazem uma ira e desejo de vingança não só dos mal-feitores, mas também das autoridades que sabem de todos esses possíveis acontecimentos e não tomam posição.

Hoje traficantes têm tomado o poder de algumas grandes cidades brasileiras e prejudicado cidadãos de bem com o intuito de atingir as autoridades. A cada dia que passa pessoas são mortas, espancadas e abusadas para que alguém excluído do mundo mostre que alguma coisa ele sabe fazer, mesmo que isso seja ruim.

O fato é que, as autoridades são as principais causadoras desse processo de desigualdade que causa exclusão e que gera violência. É preciso que pessoas de alto escalão projetem uma vida mais digna e com oportunidades de conhecimento para pessoas com baixa renda para que possam trabalhar e ter o sustento do lar entre outros.


O MAR DE ARAL.

O mar de Aral vai virar deserto.



Em muitos filmes de ficção científica e em propagandas terroristas de entidades ambientalistas, o futuro será um lugar devastado e poluído, árido, com escassez de comida e de outros recursos vitais. Para cerca de 55 milhões de pessoas que vivem na bacia do Mar de Aral, na Ásia Central, esse futuro aterrorizante é o duro presente. Em torno desse mar, que na verdade é um lago de água salgada situado entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, giravam a economia e a vida dessas duas nações e de outras três ex-repúblicas soviéticas. Até o fim da década de 50, ele media cerca de 66.500 quilômetros quadrados, área equivalente à dos Estados do Rio de Janeiro e Alagoas somados. Era o quarto maior lago do mundo e fonte de uma grande indústria pesqueira, que garantia a renda e o trabalho. Um verdadeiro oásis em uma região desértica. O que não se sabia naquela época é que o Aral estava iniciando ali seu processo de extinção.


A política econômica promovida pelo ditador Josef Stalin nas décadas anteriores e intensificada pelo regime comunista dos anos 60 foi a principal responsável pela catástrofe ambiental na região. Os líderes políticos quiseram desenvolver as lavouras de algodão por considerar que o produto poderia trazer mais dividendos para a então União Soviética do que a venda de peixes. Para isso, desviaram os rios Amu Daria e Syr Daria, que desembocam no Mar de Aral, para irrigar as plantações. Em alguns anos, nenhuma gota mais de suas águas conseguia chegar ao lago, que começou a secar.


Nas últimas quatro décadas, o Aral perdeu 60% de sua extensão e três quartos do volume de água. Quem morava nas margens do lago hoje está a quilômetros de distância da água. A salinidade triplicou desde então, e muitos moradores são levados ao confinamento em casa por dias, às vezes semanas, durante as freqüentes tempestades de areia e sal. Alguns especialistas prevêem que até 2010 o Aral sumirá definitivamente do mapa. Os pesticidas utilizados indiscriminadamente nas lavouras contaminaram os lençóis freáticos. Das quase 200 espécies de animais que eram encontradas nas proximidades do Aral, apenas quatro dezenas sobreviveram. As florestas que cercavam as margens do lago praticamente desapareceram.


As conseqüências da destruição da natureza caíram em dominó sobre a população. Sem a água e os peixes do Mar de Aral, a indústria pesqueira definhou. Sem indústria, a população ficou também sem empregos. "Com menos empregos, a renda per capita caiu para um terço. Isso aumentou a pobreza, que por sua vez fez crescer o número de casos de doenças relacionadas à miséria", diz o líder do Fundo Internacional para Salvar o Mar de Aral, Rim Giniyatullin.


Em artigo publicado recentemente, o diretor da Associação Internacional de Recursos Hídricos, Juha Uitto, diz que a contaminação por agrotóxicos e pelo sal elevou a níveis epidêmicos a ocorrência de câncer, assim como a tuberculose, a asma e outras doenças respiratórias. Uma em cada nove crianças morre antes de completar 1 ano de vida. A maior parte das gestantes sofre de anemia. Tão assustadoras quantas essas estatísticas são as previsões de Uitto de que a extinção do Mar de Aral está não só alimentando a pobreza como também o terrorismo. Ele lembra que, no auge da era soviética, o bacilo anthrax, aquele que aterrorizou os Estados Unidos no ano passado, era cultivado com outras armas biológicas em Vozrozhdenya, uma das ilhas do Mar de Aral.


Com a drenagem das águas do lago, a ilha se tornou uma península, o que facilitou o acesso aos militantes políticos que vivem na região. Nada impede que eles invadam os laboratórios abandonados e consigam retomar a cultura do bacilo que ainda pode estar no solo contaminado.


O desastre ecológico do Mar de Aral é considerado um dos mais graves de todos os tempos. Mas não foi o único provocado pela irresponsabilidade de um governo. O ditador iraquiano Saddam Hussein será conhecido pelas gerações futuras, entre outras atrocidades, por destruir o chamado Crescente Fértil do Oriente Médio. Logo após a Guerra do Golfo, na década de 90, ele desenhou um projeto semelhante ao dos soviéticos para desviar as águas que banhavam os pântanos dos rios Tigre e Eufrates e irrigar as terras áridas do resto do país. Hoje restam apenas 10% do ecossistema original.


O desastre colocou em risco de extinção quarenta espécies de pássaros. O desaparecimento do Mar de Aral é considerado irreversível por muitos. O desastre ficará marcado na história geológica do planeta como a primeira grande cicatriz deixada pelo homem na Terra. Que seja também a última.


FONTE: AMIGOS DA NATUREZA. ( Adriana Carvalho)