PROFESSOR
Edson Luís Moura Corassi, professor licenciado em Geografia (plena).Disciplina Específica da Licenciatura: • Geografia • Geografia Suplência • Geografia Geral • Geografia do Brasil • Geografia Humana • Geografia Física • Geociencias • Geografia Aplicada • Geografia Regional • Geografia Turística • Geoeconomia • Geopolítica • Geografia - Cartografia • Atualidades em Geografia Professor de história I, EMC, OSPB. - Especialista em cursinhos pré-vestibular. Sagitariano, Cristão, São Paulino,. PESQUISE
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sexta-feira, 30 de outubro de 2009
A GEOPOLÍTICA DA AMÉRICA LATINA.
A GEOPOLÍTICA DA AMÉRICA LATINA.
O ano eleitoral de 2006 na América Latina agravou o quadro de incertezas existentes na região e reconfigurou o posicionamento geopolítico de alguns países. Algumas mudanças foram radicais, como na Bolívia, que viu surgir o primeiro Presidente indígena de sua história. O Chile viu a primeira mulher democraticamente eleita da América Latina chegar à Presidência, enquanto a Colômbia presenciou o fortalecimento de Álvaro Uribe, um líder engajado no combate à guerrilha e ao narcotráfico. O Peru viu o retorno do passado com Alan Garcia, ex-Presidente do país entre 1985 e 1990. O México teve um dos casos mais peculiares: Lopez Obrador simplesmente não aceitou a vitória de Felipe Calderón. Sua decisão? Proclamar-se Presidente paralelo do país, com faixa e tudo.
A afirmação de que houve uma "esquerdização" generalizada na América Latina, no entanto, é muito ampla e corre o risco de ser injusta com quem não quer se comprometer com essa avaliação. Até mesmo porque a esquerda de hoje não é exatamente a esquerda dos anos 50, por exemplo.
Podemos avaliar que a América Latina está dividida entre vermelhos (Venezuela, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Brasil, Uruguai, Argentina, Nicarágua, Cuba) e azuis (Colômbia, Paraguai, Costa Rica, México e o restante da América Central). No entanto, as distinções são muito mais complexas do que isso.
Com a nova configuração definida pelas eleições em dez países, iniciadas em dezembro de O continente vive um quadro onde o discurso, muitas vezes, não bate com a prática de governo. Ou melhor, é um jogo de cena que inclui populismo, assistencialismo, demagogia e factóides - muitos factóides. Aqui e ali, como no caso da Bolívia com o Brasil, o discurso se transforma em ações de cunho radical e ao estilo do esquerdismo do passado.
O importante é saber que a nova composição determinou a existência de vários subgrupos no continente. Há o grupo nacionalista, populista, pseudo esquerdista, estatizante e defensor do "bolivarianismo", formado por Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. Há o grupo pró-EUA, focado principalmente na política doméstica e em reformas estruturais, composto por Colômbia, Paraguai e México, e o grupo independente, que "dança conforme a música", faz alianças somente pela conveniência do momento e cujas ações externas visam fortalecimento político doméstico, formado por Argentina e Peru. Por último, há o grupo ultra-independente, que busca crescimento econômico e cuja política externa é voltada para esse crescimento, e que busca parceiros e acordos com países desenvolvidos. Fazem parte desse grupo o Chile e o Uruguai.
VENEZUELA
Eleito em 1998, Hugo Chávez se tornou o principal articulador da geopolítica latino-americana. O Brasil, auto-proclamado líder da região, assumiu fielmente o papel de líder virtual enquanto Chávez dá as cartas. Podemos discordar ou aprovar a postura de Hugo Chávez, mas de fato, toda a ordem política sul-americana foi afetada e alterada desde o seu surgimento.
Na recente eleição presidencial, Chávez mostrou ser um líder com carisma para ganhar com boa folga de um candidato forte como Manuel Rosales. Seu governo vem sendo aprovado pela maioria da população, que vem legitimando sequencialmente os gestos e atos de Chávez. Ironicamente, sem a alta do preço do petróleo Chávez perde seu valor como articulador e, consequentemente, perde força dentro e fora de seu país. Chávez depende mais do que nunca que seu principal parceiro econômico, os EUA, continue em guerra no Iraque e mantenha o preço do barril da commodity nas alturas. Em cidades de diversos países podemos encontrar estátuas homenageando Simón Bolívar, especialmente estátuas eqüestres, isto é, Personagem literário A figura de Simón Bolívar também serviu de inspiração para grandes nomes da literatura. No famoso romance ambientado no Rio Grande do Sul, "O Tempo e o Vento", de autoria do escritor gaúcho Érico Veríssimo (1905-1975), uma das personagens, o capitão Rodrigo, dá a um de seus filhos o nome de Bolívar. Esse romance foi adaptado para a televisão, em uma minissérie produzida pela Rede Globo em 1985.
O próprio Bolívar é personagem principal de um romance escrito pelo colombiano Gabriel García Márquez, autor que já ganhou um Prêmio Nobel de Literatura. Esse romance, intitulado "O General República Bolivariana da Venezuela Além disso, o presidente Hugo Chavez, da Venezuela, que chegou ao poder em 1998, mudou o nome oficial de seu país para República Bolivariana da Venezuela, também numa homenagem ao libertador. Segundo Chavez, seu governo constitui um processo revolucionário de caráter bolivariano.
Militar e político, Chavez não é um cientista político ou filósofo e, portanto, jamais definiu o conceito de "bolivariano" de acordo com o seu ponto de vista. Fora o nacionalismo que caracteriza o discurso do presidente venezuelano é impossível verificar o que há de "bolivariano" em suas práticas, marcadas pelo populismo, o anti-americanismo e o autoritarismo.
Aparentemente, Chavez visa apenas angariar prestígio pessoal utilizando-se do nome de Simón Bolívar. Ao mesmo tempo, procura unir as lutas de independência do passado com suas posições beligerantes em relação aos Estados Unidos, cujo presidente faz questão de ofender sempre que pode.
Na verdade, muito disso é puro jogo de cena político, até porque economicamente as relações entre a Venezuela e os Estados Unidos se mantêm intensas, como é do interesse prático de ambos os países.
BOLÍVIA Financiado e tutorado por Hugo Chávez, Evo Morales nacionalizou seus campos de extração de gás e petróleo, surpreendeu Lula e o governo brasileiro, está desapropriando propriedades de fazendeiros brasileiros e corre o risco de desencadear a primeira guerra civil sul-americana em muitos anos. As Províncias de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija se declararam autônomas e, dependendo do "empurrãozinho", podem se declarar independentes, fundando a "Nação Camba". Morales perderia o controle dos dois lados.
Seus eleitores, majoritariamente indígenas, estão impacientes com a demora no cumprimento das promessas de campanha(nacionalização total e recuperação da saída ao mar perdida para o Chile no final do século XIX). A oposição cogita impedir decisões da Assembléia Constituinte (que julga ser ilegal) e ameaça chegar ao extremo de dividir o país. Morales representa um nacionalismo étnico cuja única semelhança com a esquerda é a estatização desenfreada e o ódio ao capital.
EQUADOR
O Presidente eleito Rafael Correa deverá ser o presidente do grupo bolivariano mais pragmático em relação ao Presidente norte-americano George W. Bush. No entanto, Correa não deverá firmar o Tratado de Livre Comércio que vinha sendo negociado pelo seu antecessor Alfredo Palácios. Formado em Economia nos EUA, Correa venceu de forma surpreendente o magnata das bananas Álvaro Noboa e se tornou o mais novo aliado político de Chávez e Morales.
Correa, no entanto, prefere não radicalizar como seu vizinho boliviano. A transição de governo vem ocorrendo de forma tranqüila. Ao contrário de outros presidentes equatorianos do passado recente, Correa terá muito mais sustentação política para ousar. Considerado um estrategista, poderá proporcionar uma sensação de estabilidade institucional maior do que a do seu antecessor.
NICARÁGUA
A vitória do candidato sandinista Daniel Ortega sobre o candidato preferido de Washington, Eduardo Montealegre, marca o retorno dos sandinistas ao país. Apoiado por Hugo Chávez, Ortega será a voz do "bolivarianismo" em terras americanas, já que a América Central é decisivamente influenciada pelos EUA.
No entanto, o apoio que Chávez poderá ter da Nicarágua é meramente moral e de menor carisma do que o oferecido por Cuba. Mesmo sem o apelo de Castro, a relação com Ortega poderá viabilizar a criação de um novo canal ligando o Atlântico ao Pacífico para rivalizar com o canal do Panamá.
COLÔMBIA
A eleição presidencial na Colômbia foi um passeio para Álvaro Uribe. A vitória com mais de 60% nas urnas consolidou sua posição como um dos principais líderes políticos da América Latina. Se não houvesse tanta preocupação com a guerrilha e o narcotráfico em seu país, Uribe seria o único capaz de confrontar Chávez na composição de alianças na geopolítica latino-americana.
Em seu primeiro governo a segurança no país melhorou muito. Em seu segundo governo, além da intensificação da luta contra o narcotráfico, Uribe focará na atração de investimentos e desenvolvimento da indústria tecnológica e farmacêutica. O papel de principal aliado dos EUA na América do Sul rendeu ao governo um aparato militar de fazer inveja e incentivos suficientes para bancar projetos urbanos de segurança pública. Algumas empresas que viriam para o Brasil poderão mudar de rumo e, graças aos incentivos, ir para a Colômbia.
PARAGUAI
O governo paraguaio vive o drama da intensidade que a briga entre governo e oposição assumiu. Com uma base de apoio fraca e sem apoio do Senado, o Presidente Nicanor Duarte Frutos necessita negociar com seus inimigos diariamente para que o governo siga caminhando, mesmo que seja a passos de formiga. Tido como o país mais corrupto da América do Sul, as picuinhas entre instituições do governo e lideranças políticas atrasam ainda mais o desenvolvimento do país. Contrabando e pirataria são venenos que estão longe de serem combatidos.
A aliança com os EUA ainda não se desenvolveu comercialmente como o governo espera. Aliás, a simpatia de Duarte Frutos com os EUA vem sendo uma das razões pelas quais o Senado não apóia suas decisões. A oposição pressiona para que Duarte Frutos reveja o contrato da Itaipu com o Brasil, para que o Paraguai possa comercializar o seu excedente de energia.
MÉXICO
O Presidente eleito Felipe Calderón venceu a eleição mais confusa do ano. Após várias denúncias de fraude, a Justiça Eleitoral decretou vitória de Calderón sobre o candidato esquerdista, apoiado por Chávez, Andres Manuel Lopez Obrador. Este, por sua vez, se recusou a aceitar a derrota e se proclamou "legítimo Presidente do México". O gesto infantil foi acompanhado por milhares de manifestantes que o apóiam incondicionalmente.
Logo, o primeiro desafio de Calderón está lançado. Será preciso garantir a legitimidade de suas decisões sobre o Congresso (o partido de Obrador, o PRD, é a segunda maior bancada), responder às expectativas da população em torno do desenvolvimento social e garantir um bom desempenho econômico. Para isso, Calderón trouxe o ex-diretor do FMI Agustín Carstens para liderar uma equipe econômica que é considerada a mais forte e intelectualizada da história mexicana.
ARGENTINA
Nestor Kirchner é o Presidente de comportamento mais curioso entre os líderes latino-americanos. Seu projeto de poder é ser o grande líder argentino e perpetuar seu tempo no poder - uma espécie de novo Perón. Para isso, Kirchner "torce para quem está ganhando". A Venezuela voltou a ser a menina de seus olhos após várias turbulências desde 2002. Kirchner percebeu que Chávez representa carisma e que esse carisma pode trazer resultados domésticos.
No que diz respeito à campanha presidencial de 2007, Kirchner ainda não tem concorrentes prontos. Seu maior inimigo é o próprio partido, que está dividido assim como a oposição. Os gestos políticos de Kirchner, principalmente em sua política externa, são voltados para fortalecê-lo internamente e apenas isso. Às vezes ele acorda sendo "direita" e dorme na "esquerda". Morales, a quem tanto criticou quando nacionalizou a YPF-Repsol, virou o segundo melhor amigo de Kirchner. Hoje a Argentina planeja investir mais na Bolívia do que o Brasil.
PERU
O novo Presidente peruano Alan Garcia foi o que assumiu o cargo com menos prestígio entre os presidentes eleitos na América Latina. Presidente do país entre 1985-1990, Garcia é mais conhecido pelos escândalos de corrupção e por ter arruinado a economia do país no período. Sua escolha como mandatário máximo do país foi a única alternativa que o povo tinha para não eleger o ultranacionalista Ollanta Humala.
Sem apoio da população, Garcia começou uma grande guerra verbal com Chávez, que foi rapidamente silenciada quando Chávez afirmou ter interesse em fazer acordos petrolíferos com o Peru. No entanto, o Peru vem garantindo um bom desempenho econômico e poderá terminar o ano com crescimento do PIB acima dos 6% esperados.
CHILE
Michelle Bachelet foi eleita em dezembro de 2005 com 56% dos votos contra 47% de Joaquín Lavín. Socialista histórica, Bachelet evolui como poucos em sua concepção sobre esquerda e direita. Explorando os mecanismos do capitalismo e investindo pesado em desenvolvimento social, Bachelet é uma das únicas representantes, de fato, da Terceira Via de Anthony Giddens.
Apesar de ter tido alguns problemas de acusações de corrupção entre membros da coalizão de governo, a Concertación, Bachelet ostenta uma excelente aprovação (mais de 52%). O crescimento do país está no mesmo patamar dos anos anteriores, entre 5 e 7%. A única preocupação é o abastecimento de gás natural, já que os argentinos estão relutantes em repassar parte do gás que é comprado da Bolívia. Como quase 60% das indústrias chilenas são dependentes de gás, o país corre risco de um blecaute.
URUGUAI
Ao lado de Álvaro Uribe, da Colômbia, o uruguaio Tabaré Vazquez é o único verdadeiro social-democrata do continente. O Tratado de Livre Comércio que vem sendo negociado com os EUA é uma clara afirmação de descontentamento com o Mercosul. O país sofre com o desemprego, que é apontado pela população como o principal problema da gestão de Vazquez.
Porém, o problema que vem ganhando proporções gigantescas no país é o embate com a Argentina em torno das fábricas de celulose. Duas empresas estrangeiras (uma espanhola e uma finlandesa) resolveram trazer o maior investimento privado já feito na história do Uruguai. Localizado à beira do rio Uruguai, as fábricas foram aprovadas em todos os testes ambientais, mas a população do lado argentino do rio se revoltou e desde então bloqueia todos os meio de acesso ao Uruguai provenientes da Argentina. Apesar de negociar firmemente, Vazquez encontra dificuldades em convencer os argentinos.
BRASIL O Brasil está no mesmo grupo ultra-independente do Chile e Uruguai, que busca crescimento econômico e cuja política externa é voltada para esse crescimento, apoiado na busca de parceiros e acordos com países desenvolvidos.
Visivelmente perdido em sua política externa, o Brasil se omitiu de uma mediação entre dois membros do Mercosul (o confronto em torno das fábricas de celulose entre Uruguai e Argentina), facilitou e não reagiu a Evo Morales quando este ameaçou o fornecimento de gás ao Brasil e negou mediação quando o colombiano Álvaro Uribe requisitou ajuda para um conflito diplomático entre Colômbia e Venezuela. Além disso, faltou reação adequada quando Nestor Kirchner suspendeu a entrada de eletrodomésticos brasileiros na Argentina. Nossa liderança virtual encontrará uma América Latina ainda mais confusa e com maior poder de nos afetar em 2007.
A QUESTÃO BASCA NA ESPANHA (ETA).
A questão basca na Espanha A nação basca apresenta uma característica interessante: seu maior elo encontra-se em sua língua, a Euskera, que não se identifica com nenhum ramo lingüístico indo europeu. Os bascos ocupam a região fronteiriça entre a França e a Espanha, formada pelas províncias espanholas de Biscaia, Guipúscua, Alava e Navarra e pelas províncias francesas de Labourd, Baixa Navarre e Soule. Veja o mapa da Figura 5. Durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), palco inicial de treinamento ítalo germânicopara a Segunda Guerra Mundial, a região basca espanhola foi intensamente bombardeada, e uma das batalhas mais conhecidas ficou imortalizada no painel Guernica, de Pablo Picasso, que retrata a violência dos ataques à região. Guerra Civil Espanhola O conflito civil que eclodiu na Espanha em 1936 foi resultado de tensões sociais e políticas que vinham agitando o país desde o início do século XX, opondo, de um lado, movimentos de esquerda e republicanos, e, de outro, grupos conservadores, alguns deles de inspiração fascista. O crescimento do anarquismo na Catalunha, nordeste da Espanha, levou, em 1823, o general Primo de Rivera a liderar um golpe de estado e a instalar uma ditadura militar no país, apoiada pela monarquia de Afonso XIII em aliança com a burguesia conservadora, com os latifundiários e o clero tradicional. As dificuldades econômicas decorrentes da crise de 1929 e a pressão popular ligada à coalizão formada por empresários republicanos, socialistas, comunistas e anarquistas enfraqueceram o regime monárquico e, em O novo governo realizou uma série de reformas de caráter liberal; porém, essas reformas não foram suficientes para estancar os conflitos e as tensões sociais e políticas. As manifestações operárias e camponesas e as greves se generalizaram pelo país, além de crescer o movimento separatista na região basca e na Catalunha. A crise econômica impulsionou a organização dos partidos Socialista e Comunista. Diante desse quadro, as forças sociais e políticas conservadoras uniram-se em torno da Falange, partido de inspiração nacional-socialista (fascista) fundado em 1931. Os diversos setores da esquerda, por sua vez, formaram a Frente Popular, coalizão de republicanos, socialistas, comunistas e liberal-democratas, que conquistou a vitória nas eleições de 1936. O governo da Frente Popular retomou a questão da reforma agrária e promoveu anistia aos presos políticos, além de anunciar a realização de uma reforma educacional. Os atritos entre as diferentes forças políticas tornaram-se mais aguçados, culminando no assassinato de um líder conservador em julho de 1936, incidente que serviu de pretexto para o levante militar liderado pelo general Francisco Franco, que deu início à Guerra Civil Espanhola. As forças franquistas ligadas à Falange, apoiadas pelos grandes latifundiários, pela alta burguesia e pelo clero tradicional, também contavam com a adesão da Itália fascista e da Alemanha nazista. Os republicanos da Frente Popular, por sua vez, contavam com o apoio militar da URSS e das Brigadas Internacionais, formadas por voluntários de vários países que foram à Espanha lutar em defesa da República, contra a ameaça fascista. Várias cidades espanholas foram bombardeadas com armamentos alemães, como a aldeia basca Guernica, em operações de teste de táticas militares nazistas. Com a tomada de Madri em implantando a ditadura do general Francisco Franco, que governou a Espanha até 1975. A Guerra Civil Espanhola foi uma luta sangrenta, que causou aproximadamente 600 mil mortes, sendo considerada um ensaio preparatório para a Segunda Guerra Mundial. Em 1939, com a vitória da Falange na guerra civil, o general Francisco Franco assumiu o governo da Espanha e impôs sua tirania sobre as províncias bascas. Em 1959, surgiu a ETA — Euskadi Ta Askatasuna —, que significa “Pátria Basca e Liberdade”, movimento que buscava, a princípio, resgatar as tradições bascas, conservando a sua língua, os seus usos e costumes. Porém, a forte repressão franquista, que proibiu o uso da Euskera e da bandeira basca, provocou a ação armada desencadeada a partir de 1966. Com a morte de Francisco Franco, em parlamentarista. Juan Carlos de Bourbon assumiu o trono, e Adolfo Suarez foi eleito primeiro-ministro. Todos os partidos políticos foram legalizados, e uma nova Constituição começou a ser elaborada. Na região basca destacam-se os seguintes partidos: PNV (Partido Nacionalista Basco), o Herri Batasuna (representante da ETA) e o Eukadino Ezkerra (partido de esquerda que não aceita a luta armada). Durante o governo de Adolfo Suarez foi assinado o Tratado de Moncloa e formou-se uma coalizão de partidos para tirar a Espanha da longa crise econômica em que se encontrava. Em 1978, o rei Juan Carlos promulgou a Constituição, na qual se concedeu maior autonomia às províncias da Catalunha e da Andaluzia e ao próprio País Basco. A maior parte da população basca passou então a rechaçar a luta armada defendida pela ETA, pois estava satisfeita com a liberdade étnica conquistada. Além disso, no final da década de 1990, influenciada pelo acordo de paz na Irlanda do Norte, começou a apoiar os partidos políticos desvinculados da luta armada e a isolar cada vez mais a ala militarizada da ETA, que, sem a sustentação popular, declarou oficialmente o cessar fogo em novembro de 1999. É importante salientar que, apesar disso e de não encontrar apoio para sua atuação armada, a ala mais radical do movimento não assumiu inteiramente o cessar-fogo, de modo que a possibilidade de novos conflitos ainda não está descartada, como os ocorridos no ano de 2002.
A QUESTÃO IRLANDESA (IRA).
Exército Republicano Irlandês
Em setembro de 1997, o IRA (Exército Republicano Irlandês) propôs um cessar-fogo ao Reino Unido, com o intuito de poder sentar-se à mesa de negociações e discutir o futuro da Irlanda do Norte. Não era sem tempo. O conflito na Irlanda tem promovido lutas sangrentas com inúmeros mortos por mais de um século, fruto da violência imposta por grupos radicais na busca de solução para problemas antigos. A questão irlandesa entre católicos e protestantes teve início com a própria história do Reino Unido. No início do século XII, a Ilha da Irlanda, então dominada pelos normandos, foi cedida ao rei inglês Henrique II. Por volta de 1534, um episódio entre o então soberano Henrique VIII e o papa Clemente VII foi utilizado pela nobreza inglesa, descontente com os tributos pagos a Roma, para romper seus laços com a Igreja Católica. O rei pretendia anular seu casamento com Catarina de Aragão, membro da Casa Real Espanhola, para se casar com Ana Bolena. Como o papa, pressionado por Carlos V, rei da Espanha e do Sacro Império Romano-Germânico, não o atendeu, Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica e criou a Igreja Anglicana (protestante). Além da questão matrimonial, com isso se resolveu o problema dos tributos. Os séculos seguintes foram marcados por forte perseguição aos católicos da Irlanda e pela expansão do poder protestante na ilha por meio de sucessivas migrações inglesas para a região. Em 1801, através do Union Act, a Irlanda foi anexada ao Reino Unido da Grã-Bretanha, passando a fazer parte do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda . No século XIX, a minoria católica se organizou em um movimento pela independência da Irlanda e de resistência às imposições coloniais britânicas. Esse movimento pode ser identificado como a gênese do IRA e do Sinn Feinn, o primeiro de caráter militar e o segundo de caráter político. No início do século XX, por volta de 1916, os nacionalistas do Sinn Feinn desencadearam a Revolta da Páscoa, que se transformou no pavio aceso para a eclosão da Guerra Anglo-Irlandesa, que se iniciou em 1918 e terminou apenas em 1922. O resultado desse conflito foi o primeiro Ireland Act, documento com o qual se estabeleceu a formação de um Estado independente ao sul da ilha, o Eire, de maioria católica e associado ao Reino Unido. O norte da ilha, a Irlanda do Norte, ou Ulster, continuou diretamente ligado ao Reino Unido, por ter maioria protestante. Em 1937, o primeiro-ministro do Eire, Éamon de Valera, promulgou a Constituição que fez da Irlanda uma nação soberana dentro da Comunidade Britânica. Em 1949, esse ato foi ratificado com o segundo Ireland Act, dessa vez com o aval da Inglaterra, que aceitou a independência, sendo então proclamada a República da Irlanda. A maioria católica do Ulster, além de sofrer perseguições de ordem religiosa, vivia uma situação de grande injustiça social, como resultado da ocupação colonial dos séculos anteriores. Nesse contexto, o IRA permaneceu como base de sustentação para sua luta com o objetivo de unir o Ulster à República da Irlanda, deixando para trás séculos de influência e dominação britânicas. Os unionistas, protestantes descendentes dos colonos ingleses, queriam continuar como província do Reino Unido. Desde a década de 1960, os dois grupos têm se confrontado violentamente, utilizando-se de táticas terroristas. Em março de 1972, com o aumento da violência, o governo britânico assumiu a administração do Ulster, retirando a autonomia da Irlanda do Norte, que podia até então manter parlamento próprio. O IRA ampliou suas ações terroristas desde então, causando várias baixas no Exército britânico. Somaram-se, desde o final da década de 1960, mais de 3 mil mortos nos conflitos entre católicos e protestantes. A partir de organização atravessou o mar e passou a agir em solo britânico, para chamar a atenção do mundo para a sua causa. O IRA possui dois braços para a ação política. Um deles, o Sinn Feinn, busca, por intermédio da política e da legalidade, influir nas decisões do Parlamento britânico. O outro, formado por extremistas radicais conhecidos como povos, atua de maneira terrorista, desde atacando lojas às vésperas do Natal até assassinando membros da família real britânica. Na década de 1990, o número de extremistas do IRA diminuiu muito e a organização perdeu o apoio da população, cansada da violência. Diante disso e da necessidade de manter um contingente oneroso de soldados para garantir a paz na região, o governo britânico se dispôs a negociar com o da República da Irlanda uma saída pacífica para o longo conflito. Em julho de 1997, o IRA anunciou seu último cessar-fogo e, dois meses depois, em setembro, o Sinn Feinn foi aceito para participar das negociações de paz. Em maio de 1998 ocorreu a assinatura do tratado de paz, ratificado por meio de um plebiscito que obteve 71% de votos favoráveis na Irlanda do Norte e 94% na República da Irlanda. Os principais pontos do acordo de paz defendem que: • a Irlanda do Norte continue fazendo parte do Reino Unido, a menos que a maior parte da população opte pela separação; • seja eleita uma Assembléia de 108 membros, escolhidos entre católicos e protestantes norte-irlandeses, que se renove a cada cinco anos e tenha como objetivo definir políticas públicas que promovam o desenvolvimento econômico e de saúde no país; • um Conselho Ministerial atue entre as duas Irlanda na promoção do interesse comum; • sejam nomeados 12 membros para participar do Gabinete Ministerial como representantes da comunidade irlandesa no governo britânico; • o desarmamento dos grupos envolvidos seja total. O acordo entrou em vigor em 2000, mas a paz sempre é uma incógnita, já que durante anos a desconfiança marcou as relações entre britânicos e católicos da Irlanda do Norte. Após os atentados de 11 de setembro nos EUA, os países ocidentais intensificaram a sua preocupação com atentados terroristas, o que levou autoridades britânicas a suspeitar de envolvimento entre o IRA remanescente e lideranças da Al Qaida.
GRUPOS TERRORISTA DO MUNDO.
Grupos terroristas do mundo O terrorismo se tornou um tema bastante evidente em todos os meios de comunicação, principalmente após os ataques de 11 de setembro aos Estados Unidos. O mundo tem observado o terrorismo como uma ameaça constante, o caso citado não foi o único, existem vários grupos espalhados por todos os continentes e que reivindicam diferentes interesses, a seguir os principais grupos terroristas e onde estão localizados no espaço geográfico mundial.
Al Qaeda: grupo fundamentalista islâmico que possui financiadores para o desenvolvimento de ataques em diferentes pontos do planeta, além disso, detém ramificações da organização, configurando assim como uma atitude globalizada. Esse grupo surgiu no Oriente Médio, porém os ataques ocorrem nessa região e em outros pontos do planeta. Seguidores de Bin Laden, acusado pela explosão de duas embaixadas americanas na África oriental em 1998, matando 224 pessoas. Laden, a exemplo de Saddam Hussein, também foi parceiro dos EUA no passado. Nos anos 80, Bin Laden e outros guerrilheiros islâmicos do Afeganistão recebiam apoio norte-americano no combate às tropas da União Soviética, que sustentavam o regime comunista no país Supremacia Branca
Organizações paramilitares racistas de extrema direita que atuam nos EUA e defendem a "supremacia branca". Um dos seguidores desse tipo de organização seria Timothy James McVeigh, responsável pelo atentado a um edifício de Oklahoma, onde morreram 168 pessoas. McVeigh foi executado em junho de 1997 IRA (Exército Republicano Irlandês)
Organização terrorista católica da Irlanda do Norte, que começou a atuar nos anos Hamas (Movimento da Resistência Islâmica)
Um dos principais grupos extremistas contrários à existência do Estado de Israel e ao processo de paz entre árabes e israelenses. Foi criado em Jihad Islâmico
Formada por jovens palestinos no Egito em
Hizbollah (Partido de Deus): desenvolve-se no Líbano, com participantes nos Estados Unidos, Europa, Ásia, África e América do Sul.
Al Jihad: age no Egito, busca implantar um Estado Islâmico, possui ligação no Afeganistão, Paquistão, Iêmen, Sudão, Líbano e Reino Unido.
Organização Abu Nidal: age principalmente no Iraque, Líbano, Líbia e Egito.
Frente Popular para a Libertação da Palestina: atua na Síria, Líbano, Israel e na Palestina.
Frente popular de Libertação da Palestina - Comando Geral: representa um grupo terrorista que surgiu na Palestina, atua na faixa de Gaza, Síria e Líbano.
Brigada dos Mártires do Al-Aqsa: grupo palestino terrorista que atua com ataques, atentados, rebeliões contra Israel.
Grupo Abu Sayyaf: age especialmente no sul das Filipinas e Malásia.
Grupo Islâmico Armado (GIA): age na Argélia, esse grupo terrorista se formou em 1992.
Kach e Kahane Chai: grupo terrorista israelense que busca a implantação do território conforme está expresso na Bíblia, dessa forma seu maior inimigo é a Palestina.
Grupo Islâmico (GI): grupo terrorista que atua no Egito, além do Afeganistão, Sudão, Reino Unido, Iêmen e Áustria.
HUM (Harakat ul-Mujahidin): grupo extremista que age em função do islamismo em países como o Paquistão e Índia, na região da Cachemira.
Movimento Islâmico do Usbequistão: tem suas atuações, sobretudo, no Usbequistão, além do Afeganistão, Tajiquistão e Quirguízia.
Partido dos Trabalhadores do Curdistão: corresponde a um grupo que aspira por território e independência, representa o povo curdo, age na Turquia, Iraque, Síria e Europa Ocidental.
Exército de Libertação Nacional do Irã: grupo que busca a expansão do islamismo.
Tigres Tâmeis: grupo separatista que busca a independência entre o norte e o sul do Sri Lanka.
ETA (Pátria Basca e Liberdade): busca a independência territorial da França e Espanha. · ETA (Pátria Basca e Liberdade)
Grupo basco fundado em 1959, que luta pela transformação do País Basco, que ocupa áreas da Espanha e da França, em Estado independente. Fez seu primeiro atentado em 1968, matando Meliton Manzanas, chefe de polícia de San Sebastián. Em 1980, realizou seu maior número de atentados, assassinando 118 pessoas
Ira (Exército Republicano Irlandês): luta pela saída das forças britânicas do território da Irlanda, atua em partes da Europa, especialmente na Irlanda do Norte. Esse é um grupo católico.
Ensinamentos da Verdade Suprema: grupo com base religiosa que acredita que o fim do mundo está próximo e esse será decorrente da Terceira Guerra Mundial entre Estados Unidos e Japão.
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia): corresponde a um grupo guerrilheiro que desenvolve um estado paralelo no Colômbia, sua atuação é mais evidenciada na Venezuela, Panamá e Equador, além dos ataques, atentados e seqüestros ocorridos internamente. Exército de Libertação Nacional – Colômbia: esse grupo tem sua atuação na Colômbia e têm ideais semelhantes aos praticados em Cuba, promove uma grande quantidade de seqüestros no país, principalmente de estrangeiros.
Autodefesas Unidas da Colômbia: grupo vinculado ao narcotráfico que visa proteger seus negócios contra as ações da Farc, além de garantir o plantio da coca e o mercado de cocaína.
Sendero Luminoso: grupo guerrilheiro que age no Peru em busca da implantação de um estado comunista.
Movimento Revolucionário Tupac Amaru: grupo que atua no Peru e visa à instauração do regime socialista no país.
Frente Revolucionária de Libertação Popular: grupo com ideais marxistas que age na Turquia e contra os Estados Unidos.
Organização Revolucionária 17 de Novembro: atua na Grécia contra Estados Unidos, OTAN e União Européia.
Luta Revolucionária do Povo: grupo que foi criado para confrontar o governo militar e a ditadura que vigorou na Grécia na década de 70.
Grupos separatistas chechenos: grupos terroristas que buscam a independência da Chechênia em relação à Rússia, esses cometem uma série de atentados.
TERRORISMO.
TERRORISMO. A violência indiscriminada como arma política ou religiosa Em 11 de setembro de O que é o terrorismo? Quais são, porém, esses objetivos? O que é o terrorismo, afinal? Quando essa prática surgiu? A resposta dessas questões pode comportar algumas surpresas. A primeira delas é que a origem mais remota desse problema contemporâneo pode ser encontrada mais de dois mil anos atrás, no mesmo lugar onde atualmente ele ainda é tão comum: o Oriente Médio. Antes de falar disso, porém, vale a pena especificar o conceito da expressão, embora ele seja polêmico.
Por terrorismo, em geral, entende-se o uso sistemático da violência para intimidar um governo ou uma população, de modo a alcançar um objetivo político, ideológico ou religioso. Ou seja, o ato terrorista não visa a atingir somente suas vítimas diretas, mas disseminar o medo, o terror, na sociedade a que elas pertencem.
Nesse sentido, o terrorismo ataca indiscriminadamente, atingindo principalmente alvos civis, o que é a prova mais evidente da inexistência de valores éticos e de reconhecimento pela vida humana nos métodos terroristas, independentemente dos fins a que eles se propõem.
Por isso, o termo passou a designar a violência político-religiosa imoral e injustificada. Tanto que os próprios terroristas - que não pertencem a forças armadas reconhecidas e legais - não se reconhecem enquanto tal. Consideram-se guerrilheiros, rebeldes, revolucionários, separatistas, enfim, qualquer outra palavra que amenize o significado real de suas ações. Terrororismo e Revolução Francesa Historicamente, os métodos terroristas foram utilizados tanto por organizações de esquerda quanto de direita, por grupos nacionalistas, religiosos, revolucionários e até mesmo por governos constituídos. Nesse sentido, aliás, convém lembrar que a expressão "terror" teve seu primeiro uso no âmbito da política durante a ditadura de Robespierre e Saint-Just, na Revolução Francesa.
O Terror, então, era um instrumento de emergência a que o governo revolucionário recorreu para manter-se no poder. Enquanto governo estabelecido, os franceses mencionados não foram os únicos a usá-lo. Os bolcheviques também o empregaram na Rússia após a Revolução de 1917, da mesma maneira que os fascistas e os nazistas, respectivamente na Itália e na Alemanha, nos anos 1930. Assim também, a ditadura militar brasileira, em especial entre 1968 e 1977.
O terrorismo, entretanto, costuma estar mais identificado às práticas a que recorrem os grupos que visam a combater um governo estabelecido. Sua forma de aplicação clássica é o atentado político que desencadeia uma luta e abre caminho para a conquista do poder. Abaixo o imperialismo romano O grupo mais antigo a se utilizar desse método foram os zelotes, uma seita e partido político judaico, que desencadeou uma luta contra o poder romano na Judéia, na época do imperador Tito (79-81 d.C.). Entre outras ações, os zelotes assassinavam judeus ricos que colaboravam com Roma.
No entanto, em sentido mais estrito e já com esse nome, as táticas terroristas passaram a ser empregadas no século 19, com a fundação da Irish Republican Brotherhood em 1867, com que os republicanos irlandeses passaram a combater o domínio inglês sobre seu território. Essa irmandade ("brotherhood") foi a precursora do IRA - Irish Republican Army (Exército Republicano Irlandês) que continuou a utilizar-se do terrorismo até o final do século 20.
É provável que os irlandeses tenham exportado suas táticas para as organizações revolucionárias anarquistas russas no final do século 19. Desses grupos, o Narodnaia Volia ("Vontade do Povo") promoveu o atentado mais notório de sua época: o assassinato do czar (imperador) Alexandre 2º, em 1881. Bombas e prêmios Datam desse mesmo período, as primeiras explosões a dinamite em locais públicos perpetrados pela organização anarquista Bandera Negra, da Catalunha (Espanha). Esse tipo de atentado passou a se repetir, desde então, tanto na Europa como nos Estados Unidos. Nem por isso, os assassinatos foram deixados de lado. O estopim da Primeira Guerra Mundial, por exemplo, foi o assassinato do arquiduque da Áustria-Hungria Francisco Ferdinando em 28 de junho de 1914, em Sarajevo, na Bósnia.
Para finalizar, convém lembrar que políticos que recorreram ao terrorismo, muitas vezes, abandonaram essa prática e aderiram a outros métodos de luta, mais legítimos e eficientes para sua causa, tornando-se homens de Estado respeitáveis e chegando a receber o Prêmio Nobel da Paz. São os casos, entre outros, do líder negro sul-africano Nelson Mandela ou do palestino Iasser Arafat. Atentado a Londres reacende discussão sobre terrorismo No dia 7 de julho de 2005, o mundo voltou a viver o medo do terrorismo com as explosões de quatro bombas na cidade de Londres -três no metrô e outra em um ônibus. O ataque deixou pelo menos 50 mortos (incluindo quatro supostos suicidas) e 700 feridos.
Investigações realizadas pela Scotland Yard (polícia britânica) apontam que os suicidas eram três britânicos de origem paquistanesa e outro de origem jamaicana. Haveria ainda um quinto homem, que seria o "cérebro" dos atentados, não identificado prontamente pela polícia. Ele também seria britânico e de origem paquistanesa. A polícia trabalha com a hipótese de que os terroristas teriam contatos com a Al Qaeda.
A Al Qaeda passou a ser o principal alvo norte-americano após o ataque às torres gêmeas do World Trade Center, |