PROFESSOR
Edson Luís Moura Corassi, professor licenciado em Geografia (plena).Disciplina Específica da Licenciatura: • Geografia • Geografia Suplência • Geografia Geral • Geografia do Brasil • Geografia Humana • Geografia Física • Geociencias • Geografia Aplicada • Geografia Regional • Geografia Turística • Geoeconomia • Geopolítica • Geografia - Cartografia • Atualidades em Geografia Professor de história I, EMC, OSPB. - Especialista em cursinhos pré-vestibular. Sagitariano, Cristão, São Paulino,. PESQUISE
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domingo, 12 de agosto de 2012
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA.
Resumo da
industrialização brasileira.
Industrialização
brasileira.
• O Brasil faz parte
do grupo de países que se industrializaram tardiamente.
• No nosso caso a
industrialização não ocorreu junto com a Europa porque na época o Brasil estava
se consolidando como um país agrário-exportador.
Tentativas de
industrialização
• Durante o governo
de Dom Pedro II o Barão de Mauá investiu na formação de indústrias que
produziam navios, caldeiras, guindastes e prensas.
• Inicio do processo
industrial
Características.
• Aconteceu após a II
Guerra Mundial
• Ocorreu na forma de
substituição de importações (restrição à entrada de produtos importados para
fortalecer a economia nacional)
• Articulação do
capital estatal com o capital privado.
• Incentivos fiscais
para atrair as multinacionais.
• Produção voltada
para o mercado interno.
• Planos de
integração
Era Vargas.
• Somente a partir de
1930 a indústria começa a ganhar forma no Brasil.
• A crise de 1929 e a
quebra da Bolsa de Nova Iorque fez cair à venda do café no exterior, assim os
recursos obtidos com o café foram aplicados em outros setores (indústria).
• As infra-estruturas
já existentes do período do café facilitaram a implantação das indústrias em
São Paulo.
• Desenvolvimento da
infra-estrutura por parte do Estado, ampliação da rede bancaria para favorecer
o desenvolvimento industrial.
• Presença de
mão-de-obra imigrante.
• Reestruturação do
território com a centralização administrativa retirando o poder das
oligarquias.
• Substituição de
importações
• O governo passou a
adotar medidas protecionistas para incentivar o desenvolvimento da indústria
nacional.
• Década de 1940/1950
Fatores importantes
para a implantação das indústrias de base.
• CSN
• CVRD
• Acesita
• FNM
• Criação do BNDE
• Criação da
Petrobras na década de 1950.
JK Plano de Metas.
• O governo de JK foi
de 1956 a 1961 e foi caracterizado por um período de desenvolvimento industrial
com uso de capital nacional e estrangeiro.
• A infra-estrutura
da “Era Vargas” possibilitou a implantação do parque industrial de produtos de
consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos).
• Plano de Metas (50
anos em 5)
• Esse plano suporte
e incentivos ao processo industrial com incentivos em infra-estrutura para
desenvolver a indústria.
Características
- Investimentos em
energia, transporte, alimentação (agricultura e pecuária), indústrias de base,
educação e na construção de Brasília.
Esse planejamento foi
feito em 31 metas distribuídas nos setores citados anteriormente.
• Conseqüências do
Plano de Metas
• Elevação da dívida
externa, já que grandes partes dos investimentos foram feitos com capital
estrangeiro.
• Aumento da
interiorização do país com a construção de Brasília.
• Acentuação da
degradação do Cerrado.
• Governo militar
• Período marcado por
uma série de reformas econômicas no país, que aumentaram as exportações, mas
também aprofundaram as desigualdades inter-regionais.
• Milagre brasileiro
> período compreendido entre 1969 e 1973 aonde a economia chegou a crescer a
uma taxa de 12% ao ano, muito superior a média mundial, com destaque para o
setor industrial.
• Características do
período militar
• Contração de
grandes empréstimos estrangeiros a juros flutuantes.
• Grande
disponibilidade de capitais nas mãos dos empresários estrangeiros que investiam
no país almejando lucros elevados.
• Pesados
investimentos em infra-estrutura (estradas, portos, usinas nucleares, hidrelétricas,
etc.).
• Incentivos fiscais.
• Financiamentos pelo
BNDES
• Ampliação do
mercado consumidor interno e externo.
• Conseqüências do
período militar
• A conjunção dos
empréstimos a juros flutuantes e a crise mundial do petróleo em 1973 levaram o país
a um grande endividamento externo.
• A década de 1980 ficou conhecida como década perdida,
pois amargou os prejuízos do período militar, levando o país uma situação de
caos inflacionário, desemprego e estagnação econômica.
• Década de 1990 e a
política neoliberal
Neoliberalismo:
doutrina que defende a liberdade de mercado e restringe a participação do
estado na economia.
• O Plano Real deu
início ao neoliberalismo no Brasil, pelo então ministro da economia Fernando
Henrique Cardoso.
• Características da
década de 1990
• Forte controle
inflacionário.
• Paridade do Real X Das
Conseqüências da década de 1990
• Falência
generalizada das indústrias de bens de consumo não-duráveis por causa da
entrada de produtos importados mais baratos.
• Aumento do
desemprego.
• Enfraquecimento dos
sindicatos.
• lar 1por um. Essa
paridade diminuiu as exportações e aumentou as importações.
• Privatizações.
• Guerra fiscal (a
falta de uma política de tributação para a implantação de empresas estrangeiras
fez os estados concorrerem entre si.
• Aumento da
dependência tecnológica.
• Regiões industriais
do Brasil
• Região Sudeste: é a
região de mais antiga e intensa industrialização do país, nela encontramos
praticamente todos os ramos industriais.
• Região Sul: sua
industrialização está associada à produção agropecuária a influencia imigrante
e a proximidade com São Paulo.
• Região Norte: a sua
industrialização está associada à SUDAM com a presença de indústrias
eletroeletrônicas e extrativas.
• Região Nordeste:
industrialização associada à SUDENE e a CHESF, a região conta com a presença de
indústrias tracionais e recentes.
• Região
Centro-Oeste: nessa região predominam as atividades ligadas ao beneficiamento
da produção agropecuária.
• Desconcentração
industrial
• Fechamento ou
deslocamento de indústrias para outras áreas.
Causas:
- Proximidade ou
facilidade de escoamento da produção em detrimento da localização dos recursos.
- Aumento da
tecnologia, exigindo mão-de-obra qualificada.
- Procura por
mão-de-obra barata.
- Legislação
trabalhista e ambiental flexível.
• Reconcentração
industrial
• Retorno das
indústrias as suas antigas áreas
de atuação.
Causas:
- Toyotismo.
- Melhor oferta de
mão-de-obra qualificada.
- Maior proximidade dos
centros de produção
de conhecimento do
país.
- Criação do
MERCOSUL.
Essa reconcentração
industrial tende a formação clusters, ou aglomerados industriais, onde o
comércio interfirmas é fundamental.
Exemplos: A indústria
de jóias em Limeira, as indústrias de couro em Franca, as indústrias de móveis
em Uberlândia.
Transporte rodoviário
Por que o Brasil depende tanto desse sistema.
A
produção de grãos no Brasil atingiu
em 2005 um novo recorde: mais de 130 milhões de toneladas. Esta safra para
chegar a diferentes pontos do país e aos portos de exportação, enfrenta uma
série de obstáculos, o principal está relacionado ao sistema de transporte.
O maior
volume de carga escoada no Brasil é formado por commodities, como minérios,
grãos, cimento, entre outras que precisam da combinação de mais de um meio de
transporte para que se complete o ciclo que vai da produção ao consumo.
São
produtos de baixo valor agregado e, neste caso, é indispensável que todo
sistema seja eficiente, para que o custo final dos produtos mantenha-se
competitivo. O problema é que a maior parte do escoamento é feito por rodovias
que, para médias e longas distâncias, constituem o sistema mais caro. Num país
da dimensão do Brasil e com vasta extensão litorânea, outros meios seriam mais
adequados ao transporte de carga e de passageiros, como ferrovias, hidrovias e navegação de cabotagem.
As
rodovias são adequadas para o transporte em distâncias menores. Apresentam a
vantagem de retirar a mercadoria no próprio local e transportá-la até o ponto
desejado. O transporte rodoviário não depende de várias operações de carga e
descarga, até o produto chegar ao destino final, como acontece com os outros
meios. O caminhão e o ônibus têm a vantagem de realizar o transporte de ponta a
ponta.
O rodoviarismo
A
industrialização brasileira a partir da década de 1930 trouxe a necessidade de
maior integração do mercado interno e de maiores investimentos no transporte
rodoviário. Aos poucos, foi sendo implantada uma malha rodoviária nacional,
conectando os estados brasileiros as áreas industriais da região Sudeste.
Mais o rodoviarismo se consolidou mundialmente (e no Brasil a partir da década
de 1950) com a expansão da indústria automobilística numa época em que os
preços dos combustíveis derivados do petróleo eram baixos.
No
Brasil, esta fase correspondeu ao governo Juscelino Kubitschek, que implantou a indústria automobilística, transferiu a
capital para Brasília e acelerou a construção de rodovias. A partir do governo Juscelino as rodovias passaram a ser quase exclusividade dos
investimentos em transportes terrestres no país.
Transporte dados comparativos porcentagem de utilização
País Marítimo/Hidroviário Ferroviário Rodoviário
Canadá 36 52
13
Alemanha 29 53
18
EUA 25 50 25
Brasil 17 21 62
Argentina 23 23
44
O PIN
Na
década de 70 foi criado o de Plano Integração Nacional (PIN) direcionado à
implantação de grandes rodovias, como parte de um projeto mais amplo dos
governos militares de ocupação do Centro-Oeste e
de colonização daAmazônia.
Fizeram parte do PIN a construção de grandes estradas como a Transamazônica,
Perimetral Norte, Cuiabá - Santarém, Cuiabá - Porto Velho e outras, além da
concessão de incentivos e financiamentos governamentais para projetos agro minerais.
Pretendia-se
que ao longo das rodovias fossem criados diversos assentamentos de
trabalhadores rurais (as agrovilas), oriundos do Nordeste de outras regiões do país. A população do Estado de Rondônia durante a década de 1970, por exemplo, chegou a
quadruplicar, mas a maior parte dos projetos agropecuários redundou em completo
fracasso.
A
Amazônia não é apropriada à agricultura, a fertilidade de suas terras é mantida
pela própria floresta. Muitos assentamentos não resistiram ao rápido
empobrecimento do solo, logo nas primeiras safras. Além disso, muitas empresas
subsidiadas para implantar projetos agropecuários na região, limitaram-se
apenas a explorar a madeira disponível das terras concedidas pelo governo ou
aplicar o dinheiro destes subsídios em outras atividades, inclusive em
especulações financeiras.
Crise do Rodoviarismo
De
qualquer forma, a malha rodoviária teve grande desenvolvimento e atendeu em
parte a necessidade de integração nacional no seu primeiro período de expansão
(veja mapa). Contava com fonte
financeira própria para a ampliação e manutenção das rodovias, através do Fundo
Rodoviário Nacional (FRN).
Com a
crise do petróleo na década de 1970 e a extinção do FRN em 1988, a política
rodoviarista ficou profundamente abalada. A elevação do preço mundial do
petróleo foi um duro golpe neste sistema de transporte. O petróleo não é apenas
a matéria-prima dos derivados como a gasolina e óleo diesel. Ele é a
matéria-prima para a fabricação de asfalto que pavimenta as estradas.
As
rodovias estão há décadas sem receber investimentos significativos e mais de
60% de sua extensão estão em péssimo estado de conservação. De acordo com os
dados da Associação Brasileira de Transportadores de Cargas (ABTC), as
condições em que se encontram as estradas de rodagem brasileiras acarretam um
conjunto de desempenho negativo.
Elevação do consumo de combustível 57%
Elevação do custo operacional 37%
Permanência nas estradas (congestionamentos) 100%
Elevação dos índices de acidentes 50%
Perda da safra agrícola 18%
Outro
problema é que a crise do sistema rodoviário não veio acompanhada do
desenvolvimento expressivo de outros meios de transporte, capaz de suprir a
precariedade em que se encontra a maior parte das rodovias brasileiras.
Privatização
A
partir de 1990, diversas estradas passaram a ser administradas por empresas
particulares, através do sistema de concessões. As concessionárias em troca de
promoverem melhorias nas estradas (manutenção da pavimentação, sinalização,
socorro médico e mecânico) arrecadam o pedágio. Os pedágios tornaram-se cada
vez mais elevados e os postos de arrecadação multiplicaram-se pelos trechos das
estradas entregues à concessão privada.
Em
2004, o Brasil tinha a extensão de 1.600.000 km, sendo que apenas 10% eram
pavimentadas. Das pavimentadas cerca de 9600 km já estavam concedidas à
exploração privada.
Aqueles
que defendem o processo de privatização das rodovias justificam que o governo
não tem condições financeiras para ampliar a rede de transporte rodoviário ou
para manter certo nível de qualidade. Alegam ainda que o sistema seja
democrático, pois através da cobrança de pedágios, só pagam pelas rodovias as
pessoas que as utilizam e nos momentos em que estão de fato circulando por
elas.
Ambos
os argumentos são discutíveis. A privatização através de concessões é parte do
receituário neoliberal do Consenso de Washington, boa parte da reestruturação
da malha rodoviária privatizada veio de financiamentos a juros generosos do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o pedágio
cobrado ao transporte de carga atinge indiretamente o consumidor, pois o seu
custo também faz parte da composição final dos preços das mercadorias.
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