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PROFESSOR
Edson Luís Moura Corassi, professor licenciado em Geografia (plena).

Disciplina Específica da Licenciatura:
• Geografia
• Geografia Suplência
• Geografia Geral
• Geografia do Brasil
• Geografia Humana
• Geografia Física
• Geociencias
• Geografia Aplicada
• Geografia Regional
• Geografia Turística
• Geoeconomia
• Geopolítica
• Geografia - Cartografia
• Atualidades em Geografia

Professor de história I, EMC, OSPB.
- Especialista em cursinhos pré-vestibular.

Sagitariano, Cristão, São Paulino,.

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Criado em: 18/03/2009
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sexta-feira, 13 de julho de 2012
ATUALIDADES; gerais.


Paraguai deve ser suspenso do Mercosul e da Unasul, diz fonte
O Paraguai deve ser suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) após o impeachment do então presidente do país, Fernando Lugo, disse uma fonte de alto escalão do governo brasileiro à Reuters neste domingo.
Segundo essa fonte, que falou sob condição de anonimato, o governo brasileiro têm mantido contato com autoridades de outros países da região e acredita-se que existe um consenso para a suspensão do Paraguai na semana que vem, para quando está marcada uma reunião de cúpula do Mercosul em Mendoza, na Argentina.
"O ponto é transformar este novo governo (paraguaio) em um pária", disse a fonte à Reuters.
Na sexta-feira o Senado do Paraguai decidiu por ampla maioria aprovar o impeachment de Lugo, sob acusação de não ter cumprido suas funções adequadamente no episódio em que 17 sem-terras foram mortos num confronto com a polícia.
No mesmo dia o então vice-presidente, Federico Franco, jurou como novo chefe de Estado. Em nota divulgada na noite de sábado, o Itamaraty condenou o que chamou de "ruptura da ordem democrática" no país vizinho e avaliou que Lugo não teve garantido amplo direito de defesa, já que o processo de julgamento político havia sido aberto na quinta-feira.
Segundo a fonte do governo brasileiro, o embaixador do país em Assunção, chamado de volta para consultas, não deve retornar ao Paraguai. Essa autoridade disse ainda que o Brasil não pretende romper completamente suas relações com o Paraguai por conta de interesses brasileiros no país, como a usina hidrelétrica binacional de Itaipu.
A fonte disse ainda que o governo brasileiro não manterá contatos com Franco e manterá sua tradição de atuar no caso por meio de organismos multilaterais.
Essa estratégia, segundo essa autoridade, tem o objetivo de abrir um precedente que deixe claro a gravidade das consequências de fatos como o ocorrido no Paraguai.
Especificamente, a meta é garantir que nada parecido aconteça em outros paises, como Bolívia e o Peru.
"Essa é uma reação institucional que mostrará aos outros as consequências negativas de uma medida agressiva como essa", completou a fonte.
Reuters, 25 Jun 2012.
Países chegam a acordo para texto final da Rio+20
Países chegaram a um consenso nesta terça-feira sobre o texto final da Rio+20, que será apresentado aos chefes de Estado e de governo que participarão da cúpula de alto nível da conferência a partir de quarta-feira, disse nesta terça o chefe de comunicação do evento, Nikhil Chandavarkar.
As delegações concordaram com o texto apresentado pelo Brasil sem mudanças, afirmou o porta-voz. Países que se opunham a trechos do texto, apesar de terem aprovado a redação, manifestaram descontentamento.
Nações africanas e da União Europeia expressaram desacordo na questão referente ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O texto cita um "upgrade" (promoção), sem discutir a transformação à condição de agência da ONU.
Os Estados Unidos, assim como outros países, também se disseram descontentes com alguns pontos do documento, mas não citaram quais, segundo Chandavarkar.
"Claro (que) acertar um consenso tem infelicidades em alguns pontos, mas ninguém questiona o consenso (ao texto)", disse ele a jornalistas.
O texto ainda pode ser modificado durante a reunião de alto nível da conferência, que tem início na quarta-feira.
As negociações para o texto avançaram a madrugada. O Brasil pressionava para a aprovação do documento na noite de segunda-feira, mas enfrentava resistência, especialmente de países da União Europeia, que pediam que as conversas fossem estendidas.
Organizações não-governamentais (ONGs) repudiaram a redação do texto final e citaram uma fracasso da reunião, que passou a ser chamada por ativistas de "Rio-20".
Hugo Bachega ,Agência Reuters , 19 Jun 2012

Versão preliminar do documento final da Rio+20 elimina controvérsias e mantém recomendações gerais
Rio de Janeiro - A versão preliminar do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, à qual a Agência Brasil teve acesso, aponta que os temas polêmicos e sem consenso ficarão para uma próxima cúpula. O documento, concluído na madrugada de hoje (19), tenta apaziguar o impasse com uma redação generalista sobre investimentos e metas. O texto ainda pode ser modificado na reunião plenária marcada para hoje (19) com intuito de discutir o detalhamento técnico.
No texto amplo, os aspectos sociais são destacados, ressaltando o esforço conjunto para a erradicação da pobreza, a melhoria na qualidade de vida e o ser humano no centro das preocupações. O documento tem 49 páginas, uma a menos que o texto anterior concluído no sábado (16). Inicialmente, o material chegou a ter 200 páginas, depois foi reduzido a 80, em seguida para 50 e agora para 49.
O documento está dividido em seis capítulos e 283 itens (o anterior tinha quatro a mais). Os capítulos mais relevantes são os que tratam de financiamentos e meios de implementação (relacionados às metas e compromissos que devem ser cumpridos).
A última versão do texto foi negociada até as 2h20 desta manhã. De um total de 193 delegações, apenas os representantes dos países desenvolvidos, liderados pelos Estados Unidos e pela União Europeia, resistiam a fechar o rascunho em nível técnico. Os europeus insistiam em levar a discussão para os ministros de Estado.
Financiamentos e Tecnologia
Exatamente como queriam os países ricos, foram excluídos os detalhes sobre repasses financeiros, a imposição de cifras, a criação do fundo para o desenvolvimento sustentável, especificações sobre economia verde e transferência de tecnologia limpa. O Brasil e vários países em desenvolvimento defendiam a criação do fundo anual de US$ 30 bilhões, a partir de 2013, e que alcançaria US$ 100 bilhões, em 2018. Mas os países desenvolvidos rejeitaram a proposta.
A proposta do fundo foi substituída por vários parágrafos, nos quais são estabelecidos compromissos conjuntos, como a criação de um fórum para apreciar o tema a partir de nomeações da Assembleia Geral e da parceria com as agências da Organização das Nações Unidas (ONU).
No texto há, ainda, seis itens com recomendações para os países fortalecerem as parcerias para a transferência de tecnologia limpa. Mas sem impor normas, pois a questão divide os países desenvolvidos e os em desenvolvimento. Em situações de impasse, o documento sugere que os ricos colaborem para o desenvolvimento sustentável, ação que vale também para as questões relativas à capacitação e ao comércio.
Preocupação Social
Em praticamente todo o texto, há uma preocupação clara e explícita com as questões sociais o que, para os negociadores brasileiros, indica um avanço. Ao longo do documento, há a recomendação pelo esforço de erradicar a pobreza e garantir o desenvolvimento sustentável com inclusão social. No primeiro capítulo a ordem é explícita.
“Reafirmamos também a necessidade de se alcançar o desenvolvimento sustentável: a promoção sustentada, inclusiva e justa do crescimento econômico, criando maiores oportunidades para todos, reduzindo as desigualdades, elevar os padrões básicos de vida, promoção do desenvolvimento social equitativo e inclusão, e promover a gestão integrada e sustentável dos recursos naturais recursos e dos ecossistemas que suportam nomeadamente econômico, desenvolvimento social e humano, facilitando a conservação do ecossistema, regeneração e recuperação e resistência em face de novos desafios e emergentes”, diz o texto.
Exatamente como no rascunho anterior, concluído no fim de semana, o texto dá atenção privilegiada à África. A recomendação é que todos se unam na tentativa de ajudar os países africanos, embora ressalte que isso já ocorre. “Notamos que a ajuda à África tem aumentado nos últimos anos. No entanto, ela ainda está aquém em compromissos que foram feitos anteriormente. Ressaltamos a prioridade fundamental para a comunidade internacional de apoiar os esforços sustentáveis de desenvolvimento de África”, diz o documento.
Economia Verde
Um dos itens mais polêmicos debatidos ao longo dos últimos dias foi o conceito de economia verde. Há divergências de interpretação e compreensão entre países desenvolvidos e os em desenvolvimento. No caso dos países ricos, a preocupação está relacionada com as questões relativas à produção, ao consumo e à comercialização de mercadorias. Para evitar controvérsias, foram colocadas recomendações gerais.
“Afirmamos que existem diferentes abordagens, visões, modelos e ferramentas disponíveis para cada país, de acordo com suas circunstâncias e prioridades nacionais, para alcançar o desenvolvimento sustentável nas suas três dimensões que é o nosso objetivo primordial”, diz o texto.
Em seguida, há 16 recomendações (antes eram 15) sobre como inserir o conceito de economia verde nos esforços pelo desenvolvimento sustentável e pela inclusão social, respeitando a soberania nacional.
Há menções para os esforços conjuntos para transformar o mundo em uma sociedade equitativa e com oportunidades para todos, assim como aumentar o “bem-estar dos povos indígenas em suas comunidades” , assim como para mulheres, crianças, jovens e pessoas com deficiência.
No capítulo sobre temas específicos, são mencionados erradicação da pobreza; segurança alimentar e nutricional e agricultura sustentável; energia; turismo sustentável; transporte sustentável; cidades sustentáveis e assentamentos humanos; saúde e população; promoção de emprego pleno e produtivo e do trabalho digno para todos com garantias de proteções sociais e oceanos, além de estados insulares.
Na parte final do documento, há recomendações sobre os esforços para reduzir os riscos de desastres que se refere à medidas que devem ser adotadas para alertar sobre perdas de vidas e os danos econômicos e sociais causados por essas situações. No ano passado, o Japão viveu um dos piores terremotos da sua história, enquanto Haiti e Chile ainda tentam se recuperar dos tremores de terra recentes.
No capítulo sobre mudança climática, a preocupação é evidente, mas não há recomendações pontuais sobre o mínimo e o máximo, por exemplo, permitidos de emissão de gases de efeito estufa.
“Estamos profundamente preocupados que todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, que são vulneráveis aos impactos adversos das alterações climáticas e estão experimentando os impactos aumentos incluindo a seca persistente e eventos climáticos extremos, elevação do nível do mar, erosão costeiras e acidificação dos oceanos, ameaçando ainda mais a segurança alimentar e os esforços para erradicar a pobreza e alcançar o desenvolvimento sustentável”, diz o documento.
Agência Brasil, 19 Jun 2012

Mantega anuncia que Brics ampliará contribuições ao FMI
Brasília – O Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – vai fazer um aporte adicional de recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou hoje (18) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em reunião preparatória para o encontro do G20, que começa amanhã (19) no México, Mantega declarou que os países do grupo concordaram em aumentar as contribuições para o fundo, sob uma série de condições.
Os países emergentes exigiram que os recursos adicionais só sejam usados para ajudar países em crise depois que o FMI tiver esgotado os fundos já disponíveis. Além disso, o aporte será feito apenas se as reformas que ampliam o poder do Brics no FMI forem concluídas. Anunciado em 2010, o acordo que altera as cotas dos países em desenvolvimento do fundo precisa ser ratificado pelos parlamentos de países europeus até outubro deste ano.
“Achamos que há um atraso dos europeus na concretização do acordo. Mesmo assim, estaremos fazendo aporte adicional na condição que sejam cumpridas as reformas de cotas o mais rápido possível”, declarou Mantega em vídeo divulgado pelo blog mantido pelo Palácio do Planalto.
De acordo com o Planalto, Mantega também anunciou que o Brics criará um mecanismo de cooperação financeira. Os países do grupo acertaram a formação de um fundo comum de reservas internacionais e manifestaram intenção de assinar um acordo de swap (troca de moedas) entre si. O encontro entre os líderes do Brasil, da Rússia, Índia, China e África do Sul ocorreu hoje em Los Cabos antes da reunião do G20.
Wellton Máximo, Agência Brasil, 19 Jun 2012.

FMI garante US$ 456 bi em recursos, com ajuda do Brasil
O Fundo Monetário Internacional informou nesta terça-feira que levantou US$ 456 bilhões em novos recursos para enfrentar a crise depois que mais 12 países, incluindo os membros dos Brics (Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul) prometeram capital para ampliar o caixa do FMI.
Em abril, países membros do FMI comprometeram-se com um valor de US$ 430 bilhões para lidar com os efeitos da crise da zona do euro na economia global.
"Esses recursos estão sendo disponibilizados para prevenção e resolução de crise e para atender às necessidades potenciais de financiamento de todos os membros do FMI", disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em comunicado.
"Eles serão retirados apenas se forem necessários como uma segunda linha de defesa", completou ela.
De acordo com uma tabela divulgada pelo FMI, Brasil, Rússia e Índia garantiram US$ 10 bilhões cada, enquanto a África do Sul ofereceu US$ 2 bilhões. O México também contribuiu com US$ 10 bilhões.
Somente a China ofereceu US$ 43 bilhões para as reservas do Fundo.
Os líderes dos países dos Brics afirmaram antes que "concordavam em elevar suas próprias contribuições ao FMI", mas insistiram que o dinheiro seja usado apenas após os recursos existentes terem se esgotado.
"Grandes e pequenos países juntaram-se a nosso pedido por ação, e mais podem se juntar", disse Lagarde, explicando que as promessas totais alcançaram 456 bilhões de dólares -"quase dobrando nossa capacidade de empréstimo".
Os Brics tentaram ligar os empréstimos a reformas que dariam ao mundo em desenvolvimento mais voz no FMI ao ampliar seu poder de voto.
"Essas novas contribuições estão sendo feitas com a expectativa de que todas as reformas acordadas até 2010 sejam totalmente implementadas no momento adequado, incluindo uma reforma abrangente de poder de votação e reforma de cotas", disseram os líderes dos Brics em um comunicado conjunto.
Autoridades chinesas recusaram-se a discutir quantias e destacaram a necessidade de implementar reformas de cotas acertadas em 2010.
Folha de São Paulo, 19 Jun 2012.

Forças de paz da ONU afirmam que Síria vive guerra civil
O chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou nesta terça-feira que o conflito na Síria vive uma guerra civil. "O governo sírio perdeu grande parte do seu território, diversas cidades, para a oposição e quer recuperar o controle", disse. "Há um aumento significativo do nível de repressão."
A troca de tiros não dá trégua. Somente nesta terça-feira, pelo menos 36 pessoas morreram em confrontos, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). As forças do regime de Bashar Assad lançaram bombas em redutos rebeldes na província de Deir Ezzor, no leste; em Aleppo, no norte; e em várias partes da província de Homs, no centro.
Cerca de 120 pessoas morreram em Al-Hafa na semana passada, incluindo 58 soldados, 29 civis e 23 rebeldes, de acordo com o OSDH. Soldados do regime intensificaram seus ataques na cidade de Homs e em seus subúrbios, contra posições dos rebeldes.
Ataque - Foi nesta região - perto da cidade de Al-Hafa, na província de Latakia (noroeste) - que os observadores da ONU mobilizados no país tentavam entrar quando três de seus veículos foram alvejados por tiros. É a segunda vez que o grupo é atacado. Na semana passada, o mesmo ocorreu quando tentavam entrar em Al-Koubeir, perto de Hama.
"Os observadores da ONU que tentavam ir para Al-Hafa enfrentaram uma multidão furiosa que cercou os veículos, impedindo que prosseguissem seu caminho. Essa multidão, que parece ser composta por habitantes da região, lançou pedras e barras de ferro nos carros da ONU", indicou a Missão de supervisão da ONU na Síria (Misnus) em um comunicado.
"Os observadores recuaram. Três veículos da ONU foram alvos de disparos quando se dirigiam em direção à região de Idleb", acrescentou o comunicado. "A origem dos tiros ainda não foi esclarecida. Todos os observadores estão em suas bases e ilesos", prosseguiu o relato, que indica que os observadores "têm tentado desde 7 de junho ir até Al-Hafa, mas foram impedidos pela violência que continua na região".
Reuters, 18 jun 2012.

Na Índia, Dilma defende nova ordem mundial e reformas na ONU
Índia e Brasil querem uma nova ordem mundial e reformas no Conselho de Segurança das Nações Unidas que levem em consideração a nova realidade do mundo, afirma a presidente brasileira, Dilma Rousseff, em um artigo publicado no jornal "The Times of India".
"Brasil e Índia convergem fortemente para a reforma das organizações internacionais, seja a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a criação de um novo modelo de responsabilidade do FMI ou o estabelecimento de novos fóruns de alto nível, como o G20, IBAS, BASIC e Brics", afirma Dilma.
Dilma participa em Nova Délhi na IV Reunião de Cúpula dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e na sexta-feira fará uma visita de Estado ao país anfitrião.
A visita, segundo a presidente brasileira, pretende "consolidar uma agenda bilateral substantiva e reforçar princípios similares de política externa, incluindo a defesa dos interesses de nossas populações pobres, promoção de crescimento econômico sustentável e uma posição internacional independente coerente com a nova ordem internacional".
Na primeira viagem à Índia como chefe de Estado, Rousseff ressalta que as duas democracias compartilham muitas semelhanças, apesar da situação geográfica, como o multiculturalismo e a diversidade étnica e religiosa.
"Brasil e Índia se destacam como modelos de crescimento, que conseguiram tirar da pobreza milhões de pessoas", afirma no texto.
O comércio entre os dois países, que assinaram mais de 30 acordos bilaterais, passou de 500 milhões de dólares em 1999 a 9,3 bilhões em 2011. A Índia é o 12º maior sócio comercial do Brasil.
Durante esta visita, os dois países assinarão o acordo "Ciência Sem Fronteiras" para permitir que professores e estudantes brasileiros possam estudar em universidades indianas e vice-versa.
Os países também pretendem ampliar a área de cooperação, centrada principalmente na tecnologia, medicina e defesa, além de estimular o turismo.
A visita de Dilma Rousseff à Índia também pode ser importante para decisão de Brasília sobre a compra de 36 caças.
Analistas e fontes do governo brasileiro afirmam que a decisão da Índia de negociar exclusivamente com a França para a compra de 126 Rafale - uma licitação avaliada em 12 bilhões de dólares - pode ajudar a convencer o Brasil a optar pelo mesmo avião.
G1, 29 de março 2012.

Argentina decide reestatizar empresa de petróleo
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta segunda-feira que seu governo pretende aumentar para 51% o capital público da petrolífera argentina, tornando a YPF uma empresa de capital predominantemente público e assumindo o controle gestionário da empresa. Um projeto de lei, já enviado ao Congresso Nacional, estabelece que o Estado passe a controlar a empresa – que havia sido privatizada nos anos 1990, com o controle passado para a empresa espanhola Repsol.
Ao comentar o projeto enviado ao Legislativo, a presidente destacou que tem mais de 50 páginas de "argumentos claros e precisos" que avaliam a decisão de voltar a tomar o controle do Estado sobre a entidade, para recuperar o domínio dos recursos que não são apenas estratégicos, mas também vitais.
Cristina pormenorizou, além disso, detalhes sobre a situação da empresa, 17 anos depois da Repsol ter adquirido a YPF por US$ 13,158 bilhões, a maioria das ações.
A presidente sublinhou que, entre 2001 e 2011, as reservas se reduziram em 50%, enquanto a baixa produção obrigou a Argentina, pela primeira vez em pouco menos de duas décadas, a se converter em país importador de petróleo e gás.
"Depois de dezessete anos, pela primeira vez em 2010, tivemos que importar gás e petróleo. Também tivemos redução no saldo comercial (devido à queda nas exportações do setor), que entre 2006 e 2011 foi de 150%", afirmou.
Petrobras
Cristina afirmou que a decisão argentina não é um "fato inédito", já que outros governos, como México e Bolívia, possuem 100% das empresas petrolíferas estatais. Ela citou o Brasil como um modelo.
"No Brasil, o estado tem 51% (das ações) por meio da Petrobras. Nós escolhemos o mesmo caminho. Queremos ter uma relação igualitária com nosso sócio (Brasil), para ajudar a América Latina a se transformar também em região de autoabastecimento. E, por isso, queremos incluir Venezuela no Mercosul para fechar o anel energético", disse.
O restante das ações da empresa que hoje tem a participação majoritária da Repsol – mais de 40% – corresponderá às províncias e um percentual reduzido aos espanhóis (especula-se que em torno de 6%). A presidente disse que a medida não afeta "outros sócios ou acionistas" da YPF.
A presidente afirmou também que seu governo quer trabalhar junto com o empresariado e que não vai tolerar a falta de cooperação com seu país.
Reuters 14 abril 2012

Novo diálogo com Irã pode ser última cartada diplomática antes de ação militar
A União Europeia (UE) anunciou nesta terça-feira uma nova rodada de negociações entre um grupo de seis potências internacionais e o Irã em torno do programa nuclear do país.
Para o especialista em assuntos diplomáticos e de defesa da BBC, Jonathan Marcus, este pode ser o último esforço diplomático para resolver a crise em torno do programa nuclear iraniano. Se ele falhar, segundo Marcus, uma ação militar se tornará muito mais provável.
No anúncio, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse ter respondido a uma correspondência do Irã, em nome dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha.
O negociador iraniano, Saeed Jalili, enviou a carta no mês passado, com a proposta de diálogo. Nenhuma data ou local foi definido ainda.
A medida ocorre em meio a especulações de preparativos para um ataque militar contra as instalações nucleares iranianas.
O Irã insiste que o seu programa atômico tem fins pacíficos, mas as potências ocidentais temem que o país esteja construindo armas nucleares. Marcus afirma que, com os sinais de sanções econômicas e de um possível conflito militar, as autoridades de Teerã estão indicando sua vontade de voltar ao caminho da diplomacia. O especialista da BBC afirma ainda que, acima de tudo, os diplomatas ocidentais estão buscando sinais claros de que a iniciativa iraniana é séria, e não simplesmente uma tática de dissimulação.
Diálogo Construtivo
Em seu comunicado, Ashton --que havia escrito para Jalili em outubro passado, com uma oferta de novos diálogos-- disse que a UE espera que o Irã entre em "um processo sustentado de diálogo construtivo que traga progresso verdadeiro para acabar com as antigas preocupações da comunidade internacional sobre seu programa nuclear".
Segundo a chefe da diplomacia europeia, "nosso objetivo geral continua sendo uma solução abrangente, negociada e de longo prazo, que restaure a confiança internacional na natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano".
Em sua correspondência, Jalili disse que o Irã estava pronto para o diálogo em torno de vários temas. Ele disse que dá boas-vindas à afirmação das seis potências de que respeitaria o direito do Irã de usar a energia nuclear pacificamente. "Não há dúvida que, ao se comprometer com essa abordagem, os nossos diálogos por cooperação baseados em princípios passo a passo e reciprocidade nos assuntos nucleares do Irã devem ser iniciados", afirmou o negociador iraniano.
O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, afirmou, por meio de comunicado, que a pressão internacional sobre o Irã não vai ser aliviada enquanto o país persa não convencer a comunidade internacional de que seu programa atômico é pacífico. Já o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nessa segunda-feira, em Washington, que o "tempo estava correndo" para dar um fim ao programa atômico iraniano, alertando que Israel não "viveria à sombra da aniquilação".
O presidente americano, Barack Obama, também afirmou que todas as opções estão na mesa, mas disse que ainda há tempo para uma saída diplomática. Por sua vez, o secretário de Defesa americano, Leon Panetta, disse nesta terça-feira que a ação militar é a última alternativa sempre, mas ressaltou que seu país "vai agir se for obrigado a tanto".
Folha de São Paulo, 6 de março de 2012

Sírios acusam soldados de execuções sumárias
Moradores que conseguiram fugir da cidade de Homs, na Síria, disseram à BBC nesta segunda-feira que forças de segurança do governo estão realizando execuções sumárias de civis.
Uma mulher disse ao repórter da BBC Paul Wood que soldados cortaram a garganta de seu filho de 12 anos na sexta-feira, um dia depois de combatentes rebeldes terem se retirado do distrito de Baba Amr.
Ela disse que outros 35 homens e crianças da sua região também foram presos e mortos. O seu marido disse que estava escondido a 50 metros do local onde o filho foi assassinado. Ele disse ter visto um dos filhos com a cabeça no chão, pisada pela bota de um dos soldados. Em seguida, o homem viu o filho sendo morto.
"Eu conseguia ouvir os berros deles", afirmou. Outra mulher disse à BBC que seu marido foi levado por forças de segurança.
O governo negou o acesso da Cruz Vermelha a Baba Amr por quatro dias consecutivos, alegando preocupações com a segurança na região. Ativistas alertam para a possibilidade de uma catástrofe humanitária no local.
Não há água, luz nem linhas de telefone no distrito e nos últimos dias as temperaturas desabaram, com neve. Mantimentos de comida estão em um nível baixo e muitos temem deixar a região.
Na última quinta-feira, forças do governo apoiadas por tanques entraram em Baba Amr, depois que o movimento insurgente Exército pela Libertação da Síria anunciou uma "retirada estratégica".
A Cruz Vermelha e seus parceiros do Crescente Vermelho disseram que não podem entrar no distrito, devido à existência de minas e explosivos.
No entanto, a televisão estatal está noticiando que a região foi "saneada" de "grupos terroristas armados".
Ativistas de oposição e de direitos humanos afirmam que forças de segurança e milícias pró-governo estão reunindo crianças de 14 anos ou mais em Baba Amr e os submetendo a tortura. Alguns deles estão sendo mortos. No entanto, esses relatos não foram confirmados. Segundo a agência da ONU para refugiados, entre mil e duas mil pessoas deixaram Homs e estão tentando chegar ao Líbano.
BBC Brasil, 5 de março de 2012

Novo Pacto de Estabilidade Econômica para União Européia
Meta da cúpula da União Europeia é reaquecer a economia no continente. Durante encontro em Bruxelas, deverá ser aprovado novo pacto fiscal, que prevê maior controle e uma cooperação mais intensa entre os países do bloco.
Do texto quase evocativo que serve de introdução ao novo pacto fiscal em debate pela UE, consta que a política econômica europeia deverá ser vista como umas tarefas comuns, a ser desempenhada em prol de um maior crescimento econômico, frutam de uma cooperação mais estreita.
Para que tal meta seja atingida, segundo o documento, são necessários mecanismos de controle mais rígidos e uma redução de ações arriscadas por parte dos Estados signatários. O pacto fiscal deverá ser assinado por ocasião da cúpula da UE, que acontece em Bruxelas nestas quinta e sexta-feiras (1° e 02/03).
Cada Estado signatário deverá inserir em sua legislação nacional um mecanismo para frear o endividamento público. Concretamente isso significa que o déficit orçamentário estrutural – ou seja, o déficit que não leva em conta influências pontual e de conjuntura – deverá perfazer no máximo 0,5% do PIB nacional. E as dívidas públicas em sua totalidade não poderão ser superiores a 60% do PIB. De acordo com o documento a ser aprovado pela UE, caso um país desrespeite de maneira considerável estes limites, deverão ser automaticamente acionados mecanismos de correção.
Países altamente endividados deverão, além disso, apresentar um plano orçamentário e de reformas, a ser avaliado pela Comissão e pelo Conselho da UE. Os Estados signatários do pacto deverão, inclusive, informar previamente a Comissão e o Conselho do bloco a respeito de suas dívidas.
Casos de violação do pacto fiscal poderão ser levados à Corte Europeia em Luxemburgo por um ou mais países-membros do bloco. A Comissão Europeia, por si, não poderá, contudo, entrar com uma queixa contra um determinado país – como na versão do documento defendida originalmente pelo premiê alemão Angela Merkel. E o pacto fiscal não será parte integrante da legislação primária da UE, mas sim um contrato a ser assinado separadamente, o que certamente dificultará sua implementação.
Os críticos do documento apontam que não há neste pacto fiscal nada de realmente novo em termos de conteúdo. Thomas Straubhaar, do Instituto de Economia Global, sediado em Hamburgo, lembra do pacto de estabilidade e crescimento da UE, do qual constam determinações semelhantes. Este pacto, por sua vez, foi pela primeira vez quebrada pela Alemanha e pela França.
Daniel Gros, do Centro de Estudos sobre Políticas Europeias, de Bruxelas, critica entre outros a determinação de que o mecanismo de freio da dívida pública seja inserido na legislação de cada país, mas não necessariamente na Constituição.
Este novo pacto fiscal deverá entrar em vigor a partir de 1° de janeiro de 2013, caso até lá 12 Estados o tenham ratificado. O Reino Unido e a República Tcheca não pretendem aprovar o pacto. Os irlandeses irão decidir através de um plebiscito se dizem "sim" ou "não" ao pacto. Caso a Irlanda, como país-membro da zona do euro, não ratifique o documento, isso poderá confirmar a fragilidade do polêmico pacto.
Deutsche Welle, 1º de março de 2012

Entenda a crise na Grécia e suas implicações
Num momento de protestos populares e instabilidade política, o país deve precisar de mais ajuda econômica da EU. A crise financeira da Grécia pode ter profundas implicações para outros países europeus e para a economia mundial.
Num momento de protestos em Atenas contra as medidas de austeridade impostas pelo governo, o premiê George Papandreou tenta se mantiver no cargo, após anunciar mudanças no seu gabinete.
O premiê tenta também aprovar novas medidas de contenção de gastos necessárias para que a União Europeia e o FMI continuem efetuando os pagamentos do pacote de resgate que prometeram à Grécia.
A próxima parcela de 12 bilhões de euros (cerca de R$ 27 bilhões) do pacote quase certamente será paga, o que deve sustentar o governo grego por mais algumas semanas. É provável que um segundo pacote seja discutido por ministros das Finanças do bloco europeu neste domingo, mas ainda não está claro quais serão os termos do novo acordo.
Por que a Grécia já precisa de um segundo pacote de resgate?
O pacote original foi aprovado há pouco mais de um ano, em maio de 2010.
A razão para o resgate é que o país estava tendo dificuldades em obter dinheiro emprestado no mercado para quitar suas dívidas. Por isso recorreu à União Europeia e ao FMI. A ideia era dar à Grécia tempo para sanear sua economia, o que reduziria os custos para que o país obtivesse dinheiro no mercado.
Mas isso não ocorreu até agora. Pelo contrário: a agência de classificação de risco S&P recentemente deu à Grécia a pior nota de risco do mundo (dentre os países monitorados pela agência).
Assim, o país continua tendo diversas dívidas a serem quitadas, mas não é capaz de obter dinheiro comercialmente para refinanciá-las.
Por que a Grécia está nessa situação?
A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida. Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram.
Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos - deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008. O montante da dívida deixou investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para novos empréstimos que refinanciem sua dívida.
O que a Grécia está fazendo para reverter a crise?
A Grécia apresentou planos para cortar seu deficit de maneira escalonada.
Para alcançar isso, o Parlamento grego aprovou em maio um pacote de medidas de austeridade para economizar 4,8 bilhões de euros. O governo quer congelar os salários do setor público e aumentar os impostos e ainda anunciou o aumento do preço da gasolina.
Pretende também aumentar a idade para a aposentadoria, em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado.
A população reagiu com protestos, alguns deles violentos. Muitos servidores públicos acreditam que a crise foi criada por forças externas, como especuladores internacionais e banqueiros da Europa central. Os dois maiores sindicatos do país classificaram as medidas de austeridade como "antipopulares" e "bárbaras".
Por que a Grécia não declara moratória de suas dívidas?
Se o país não fosse membro da zona do euro, talvez fosse tentador declarar a moratória, o que significaria deixar de pagar os juros das dívidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte da dívida.
No caso da Grécia, isso traria enormes dificuldades. As taxas de juros pagas pelos governos da zona do euro têm sido mantidas baixas ante a presunção de que a UE e o Banco Central Europeu proveriam assistência a países da região, justamente para evitar calotes.
Uma moratória grega, além de estimular países como Irlanda e Portugal a fazerem o mesmo significariam um aumento de custos para empréstimos tomados pelos países menores da UE, sendo que alguns deles já sofrem para manter seus pagamentos em dia.
Se Irlanda e Portugal seguissem o caminho do calote, os bancos que lhes emprestaram dinheiro seriam afetados, o que elevaria a demanda por fundos do Banco Central Europeu. Por isso, enquanto a Europa conseguir bancar a ajuda aos países com problemas e evitar seu calote, é provável que continue fazendo isso.
Então por que os países europeus não concordam logo com um novo pacote de resgate?
O problema é que o governo alemão quer que os bancos compartilhem as agruras de um segundo resgate. Isso significaria que, em vez de a Grécia tomar dinheiro emprestado da UE para pagar dívidas de vencimento imediato, os bancos teriam de concordar em renegociar essas dívidas, provavelmente em termos mais favoráveis aos gregos.
O governo francês e o Banco Central Europeu advertiram que tal reestruturação da dívida seria considerada por muitos como uma moratória, o que, por sua vez, continuaria dificultando que a Grécia voltasse a tomar empréstimos comercialmente.
Mas governos europeus talvez estejam sendo influenciados pela quantidade de dinheiro que seus próprios bancos já emprestaram aos gregos. A agência de classificação de risco Moody's já declarou que pode rebaixar a nota dos três maiores bancos da França por causa de sua vulnerabilidade à dívida grega.
A crise na Grécia pode se espalhar?
Se a Grécia promover um calote, os problemas podem se espalhar para a Irlanda e Portugal. Mesmo sem uma moratória, ainda pode haver dificuldades, já que os pacotes de resgate oferecidos a esses dois países foram estruturados para ajudar Lisboa e Dublin até que seus governos fossem novamente capazes de obter dinheiro no mercado - como no caso de Atenas.
Um calote grego pode fazer com que investidores questionem se a Irlanda e Portugal não seguirão o mesmo caminho. O problema real diz respeito ao que acontecerá com a Espanha, que só tem conseguido obter dinheiro no mercado a custos crescentes.
A economia espanhola equivale à soma das economias grega, irlandesa e portuguesa. Seria muito mais difícil para a UE estruturar, caso seja necessário, um pacote de resgate para um país dessa dimensão.



Retrospectiva 2011 - Os protestos que abalaram o mundo.

Retrospectiva 2011 - Os protestos que abalaram o mundo.
Mohamed Bouazizi, 26 anos, era um vendedor ambulante numa cidadezinha na zona rural de Túnis, capital da Tunísia. Na manhã de 17 de dezembro de 2010, teve a barraca de frutas confiscada pelas autoridades. Humilhado e sem meios de sustentar a família, ateou fogo ao próprio corpo em frente à sede do governo. Morreu no hospital 18 dias depois.


A morte do tunisiano foi o estopim de revoltas que se espalharam no mundo árabe em 2011 e influenciaram outras revoltas na Europa, Estados Unidos e América Latina. A chamada “primavera árabe”, ainda em curso, foi um fato inédito na região. Pela primeira vez na história, ditadores e dinastias foram depostos do poder pela população, exasperada com a alta do preço dos alimentos e a falta de liberdade.

Quatro regimes autoritários chegaram ao fim, na Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen, dando início a processos de transição em países sem partidos, Constituição ou sequer registros de eleições livres. Na Líbia, Muamar Kadafi, há 42 anos no poder, teve um final trágico: capturado por rebeldes em 20 de outubro, foi executado e exibido como troféu. Em outros países, manifestações têm sido reprimidas com violência. Na Síria, o governo de Bashar al-Assad teria matado entre 4 e 5 mil pessoas, reprimindo protestos ainda em curso que visam a sua deposição.

Protestos de rua também agitaram capitais do continente europeu, que enfrenta a pior recessão econômica desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Em maio, 58 cidades espanholas foram tomadas por manifestantes do grupo “Indignados”, às vésperas das eleições regionais. Nos dias seguintes, o movimento reuniu até 8 milhões de espanhóis no país e em outras 16 capitais estrangeiras.

Por motivos diversos, Londres foi palco de uma onda de violência que deixou cinco mortos e mais de 3 mil detidos pela polícia. Tudo começou em 9 de agosto, quando 120 pessoas marchavam contra a morte de um rapaz de 29 anos, ocorrida durante uma ação da polícia londrina. Na madrugada, gangues iniciaram distúrbios que se estenderam até 10 de agosto por outras cidades do Reino Unido.

Na América Latina, os chilenos foram às ruas para protestar contra o sistema de ensino. Em 26 de agosto, confrontos entre policiais e manifestantes causaram a morte de um jovem de 16 anos. Os sindicatos aderiam ao movimento, até que, em setembro, conseguiram forçar o governo a negociar as reivindicações dos grupos estudantis.

Porém, nenhum movimento inspirado na “primavera árabe” foi mais global que o “Ocupe Wall Street”. Iniciado em Nova York em 17 de setembro, logo se alastrou pelas principais cidades norte-americanas e outras metrópoles mundiais (incluindo Brasil). O alvo dos rebeldes são a especulação financeira e as políticas neoliberais, responsabilizadas pela crise de 2008.
 

Sustos nas bolsas

O ano de 2011 foi também aquele em que a população mundial atingiu a marca de 7 bilhões de habitantes, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas). O número representa desafios para viver nas cidades, que já concentram 70% da população.

China e Índia são os países mais populosos com, respectivamente, 1,35 bilhão e 1,2 bilhão de habitantes, posição que se inverterá até 2025; nesse ano, de acordo com as projeções, estaremos a um quarto de século dos 9,3 bilhões de habitantes no planeta. E como será o mundo em 2050?

O olhar sobre 2011 oferece mais incertezas do que respostas. Mesmo na zona do Euro, com potências econômicas como Alemanha, França e Reino Unido, o ano foi de abalos na economia e na política. Ameaçada pela recessão e a crise dos débitos fiscais, a Europa teve que aprovar pacotes de ajuda a países como a Grécia, que anunciou um calote de 50% da dívida pública para evitar a moratória. Como resultado da crise, líderes políticos, entre eles o polêmico premiê italiano Silvio Berlusconi, perderam o cargo junto com a confiança do mercado e dos eleitores.

Um dos momentos mais dramáticos aconteceu em 5 de agosto, quando a agência de classificação de risco S&P rebaixou a nota da dívida americana para AA+ (fato que não acontecia desde 1917). O motivo foi a insegurança deixada pela disputa entre os partidos Democrata e Republicano sobre a elevação do teto da dívida, para evitar um calote histórico do governo americano.

Contudo, o presidente norte-americano Barack Obama teve uma importante vitória no ano que lembrou uma década dos ataques do 11 de Setembro. Em 1o de maio, Osama Bin Laden foi morto em uma operação militar nos arredores de Islamabad, capital paquistanesa. A guerra contra o terrorismo custou US$ 1,18 trilhão aos cofres americanos, em gastos militares com duas guerras, no Afeganistão e no Iraque.
 

Tsunami

Na Ásia, uma das piores tragédias de 2011 foi o terremoto no Japão, ocorrido em 11 de março. O tremor de 8.9 de magnitude provocou um tsunami no Oceano Pacífico que devastou a região noroeste do país, matando 20 mil pessoas e causando vazamento na usina nuclear de Fukushima.

Já no continente africano, as tragédias, como é usual, têm causas humanas. Em 20 de julho, a ONU anunciou crise de fome no Chifre da África, que inclui Djibuti, Etiópia, Quênia, Somália e Uganda. A epidemia de fome afeta 12,5 milhões de pessoas e já é considerada a pior do século. A situação é mais grave na Somália, onde metade da população passa fome e 15 crianças morrem por hora.

No Brasil, o primeiro ano do mandato da presidente Dilma Rousseff foi caracterizado pela queda de sete ministros, em razão de denúncias de irregularidades, e pelo aumento do prestígio internacional do país, que deve superar o Reino Unido e se tornar a sexta maior potência econômica do mundo, atrás dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.