PROFESSOR
Edson Luís Moura Corassi, professor licenciado em Geografia (plena).Disciplina Específica da Licenciatura: • Geografia • Geografia Suplência • Geografia Geral • Geografia do Brasil • Geografia Humana • Geografia Física • Geociencias • Geografia Aplicada • Geografia Regional • Geografia Turística • Geoeconomia • Geopolítica • Geografia - Cartografia • Atualidades em Geografia Professor de história I, EMC, OSPB. - Especialista em cursinhos pré-vestibular. Sagitariano, Cristão, São Paulino,. PESQUISE
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domingo, 3 de maio de 2009
A CRISE FINACEIRA DO MUNDO.
A nova natureza da sistema financeiro
A própria natureza do sistema financeiro mundial não tem estritamente mais nada a ver com as políticas econômicas nacionais "virtuosas" recomendadas pelo FMI. Os gestores das carteiras de fundos de investimento e os grandes bancos marginalizaram os bancos nacionais e os organismos internacionais. Os arrojados operadores da Bolsa (traders) levaram a melhor sobre os banqueiros tradicionais mais prudentes, pois a compra e a venda de ações, de obrigações e outros produtos "derivativos" permitem obter os lucros mais importantes e a regra, agora, é assumir riscos mais elevados.
Baixas taxas de juros e bancos interessados em emprestar dinheiro apenas a "hedge funds" (fundos especulativos de altos riscos) e a firmas especializadas em operações de fusão-aquisição deram aos fundos toda a margem de manobra necessária para jogar no cassino das finanças — tanto nos Estados Unidos como no Japão e em outros pontos do mundo. Eles conceberam uma série de fusões mais que duvidosas, que antigamente teriam sido julgadas temerárias. Em certos casos, as recapitalizações financiadas por empréstimos (leveraged recapitalisations) lhes permitem obter enormes honorários e dividendos que aumentam na mesma proporção o endividamento da empresa.
Desde o início de 2006, os bancos de investimentos multiplicaram seus empréstimos destinados a compras de empresas, afastando os bancos comerciais que até então dominavam esta atividade. Para conquistar fatias importantes do mercado, os bancos de investimento "vivem perigosamente". Eles se lançam em operações cada vez mais arriscadas. Esse é o motivo pelo qual "os observadores prevêem uma sensível alta do número de empresas fortemente endividadas que se encontrarão impossibilitadas de efetuar os pagamentos".
A crescente complexidade da economia mundial e as negociações que se eternizam na Organização Mundial do Comércio (OMC) não conseguiram superar os subsídios e medidas protecionistas, que são um obstáculo a um acordo global de livre-comércio e ao fim das ameaças de guerras comerciais. O planeta Globalizado vive agora sob a ameaça de uma instabilidade bem maior – e de perigos mais importantes para os ricos.
O problema financeiro global que se anunciu torna-se inextricável em razão do rápido agravamento dos déficits comercial e orçamentário dos Estados Unidos. Desde que tomou posse em 2001, o presidente George W. Bush elevou em mais de 3 trilhões de dólares a dívida federal, que beira agora os 9 trilhões de dólares. Enquanto o Dólar continuar a se desvalorizar, os bancos e as operadoras procurarão proteger seus ativos (capital-lucro).
No início de agosto (2008), surgiu uma crise financeira no setor dos empréstimos hipotecários, nos Estados Unidos. Imediatamente, ela se propagou para outras partes do sistema financeiro mundial, com uma rapidez e uma amplitude que surpreenderam a comunidade dos investidores e dos operadores (os “mercados”), bem como os observadores. Os bancos centrais intervieram rapidamente, principalmente com o fornecimento de crédito a taxas baixíssimas para os bancos em dificuldade (a que se dá o nome de "criação de liquidez") .Desde o início de setembro, fases de tranqüilidade têm alternado com o anúncio de novas dificuldades dos bancos e outras instituições financeiras.— e uma crise financeira sistêmica mundial, cujo epicentro só pode se situar nos Estados Unidos. Dessa vez, a crise financeira internacional, nascida nos Estados Unidos, precede a crise de superprodução, cuja lenta gestação na Ásia aparece em muitos índices.
Nos EUA, de fato, metade dos “proprietários” só são proprietários no nome, pois
possuem apenas 10% do valor real de suas casas. Num contexto econômico em que as disparidades de riqueza são extremamente elevadas para um país industrializado (os 50% mais pobres da população possuem somente 2,8% do patrimônio, e o 1% mais rico, 32,7%), o sonho norte-americano de “todo mundo proprietário” sempre foi, “no melhor dos casos, um sonho, e no pior, um simples efeito de propaganda”.
A partir de 2001, num contexto de taxas de juros muito baixas e de desregulamentação financeira, tal sonho imobiliário serviu de fundamento para numerosas operações fraudulentas. Desde então, ele transformou-se em pesadelo, sobretudo para as famílias mais pobres submetidas a um regime de “empréstimos ”.
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