PROFESSOR
Edson Luís Moura Corassi, professor licenciado em Geografia (plena).Disciplina Específica da Licenciatura: • Geografia • Geografia Suplência • Geografia Geral • Geografia do Brasil • Geografia Humana • Geografia Física • Geociencias • Geografia Aplicada • Geografia Regional • Geografia Turística • Geoeconomia • Geopolítica • Geografia - Cartografia • Atualidades em Geografia Professor de história I, EMC, OSPB. - Especialista em cursinhos pré-vestibular. Sagitariano, Cristão, São Paulino,. PESQUISE
INDICAÇÃO DE SITE
Wikipedia - Sua enciclopédia onlineARQUIVO
19/04/2009 - 26/04/2009
26/04/2009 - 03/05/2009 03/05/2009 - 10/05/2009 10/05/2009 - 17/05/2009 24/05/2009 - 31/05/2009 21/06/2009 - 28/06/2009 23/08/2009 - 30/08/2009 06/09/2009 - 13/09/2009 20/09/2009 - 27/09/2009 04/10/2009 - 11/10/2009 25/10/2009 - 01/11/2009 15/11/2009 - 22/11/2009 13/12/2009 - 20/12/2009 17/01/2010 - 24/01/2010 21/02/2010 - 28/02/2010 28/03/2010 - 04/04/2010 30/05/2010 - 06/06/2010 22/08/2010 - 29/08/2010 29/08/2010 - 05/09/2010 03/10/2010 - 10/10/2010 27/02/2011 - 06/03/2011 06/03/2011 - 13/03/2011 13/03/2011 - 20/03/2011 27/03/2011 - 03/04/2011 17/04/2011 - 24/04/2011 06/11/2011 - 13/11/2011 27/11/2011 - 04/12/2011 04/03/2012 - 11/03/2012 08/04/2012 - 15/04/2012 15/04/2012 - 22/04/2012 08/07/2012 - 15/07/2012 12/08/2012 - 19/08/2012 27/01/2013 - 03/02/2013 10/02/2013 - 17/02/2013 17/02/2013 - 24/02/2013 18/08/2013 - 25/08/2013 STATUS
Criado em: 18/03/2009Contador: . Online: pessoas.
|
sábado, 26 de setembro de 2009
IRLANDA DO NORTE.
>Exército Republicano Irlandês
Em setembro de 1997, o IRA (Exército Republicano Irlandês) propôs um cessar-fogo
ao Reino Unido, com o intuito de poder sentar-se à mesa de negociações e discutir o
futuro da Irlanda do Norte. Não era sem tempo. O conflito na Irlanda tem promovido lutas sangrentas com inúmeros mortos por mais de um século, fruto da violência imposta por grupos radicais na busca de solução para problemas antigos.
>A questão irlandesa entre católicos e protestantes teve início com a própria história
do Reino Unido. No início do século XII, a Ilha da Irlanda, então dominada pelos
normandos, foi cedida ao rei inglês Henrique II. Por volta de 1534, um episódio entre o então soberano Henrique VIII e o papa Clemente VII foi utilizado pela nobreza inglesa, descontente com os tributos pagos a Roma, para romper seus laços com a Igreja Católica. O rei pretendia anular seu casamento com Catarina de Aragão, membro da Casa Real Espanhola, para se casar com Ana Bolena. Como o papa, pressionado por Carlos V, rei da Espanha e do Sacro Império Romano-Germânico,não o atendeu,
>Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica e criou a Igreja Anglicana (protestante).
Além da questão matrimonial, com isso se resolveu o problema dos tributos.
>Os séculos seguintes foram marcados por forte perseguição aos católicos da Irlanda e pela expansão do poder protestante na ilha por meio de sucessivas migrações inglesas para a região. Em 1801, através do Union Act, a Irlanda foi anexada ao Reino Unido da Grã-Bretanha, passando a fazer parte do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda .
>No século XIX, a minoria católica se organizou em um movimento pela
independência da Irlanda e de resistência às imposições coloniais britânicas. Esse
movimento pode ser identificado como a gênese do IRA e do Sinn Feinn, o primeiro de caráter militar e o segundo de caráter político.
>No início do século XX, por volta de 1916, os nacionalistas do Sinn Feinn
desencadearam a Revolta da Páscoa, que se transformou no pavio aceso para a eclosão da Guerra Anglo-Irlandesa, que se iniciou em 1918 e terminou apenas em 1922. O resultado desse conflito foi o primeiro Ireland Act, documento com o qual se
estabeleceu a formação de um Estado independente ao sul da ilha, o Eire, de maioria
católica e associado ao Reino Unido. O norte da ilha, a Irlanda do Norte, ou Ulster,
continuou diretamente ligado ao Reino Unido, por ter maioria protestante.
>Em 1937, o primeiro-ministro do Eire, Éamon de Valera, promulgou a Constituição
que fez da Irlanda uma nação soberana dentro da Comunidade Britânica. Em 1949, esse ato foi ratificado com o segundo Ireland Act, dessa vez com o aval da Inglaterra, que aceitou a independência, sendo então proclamada a República da Irlanda.
>A maioria católica do Ulster, além de sofrer perseguições de ordem religiosa, vivia
uma situação de grande injustiça social, como resultado da ocupação colonial dos
séculos anteriores. Nesse contexto, o IRA permaneceu como base de sustentação para sua luta com o objetivo de unir o Ulster à República da Irlanda, deixando para trás
séculos de influência e dominação britânicas. Os unionistas, protestantes descendentes dos colonos ingleses, queriam continuar como província do Reino Unido.
>Desde a década de 1960, os dois grupos têm se confrontado violentamente,
utilizando-se de táticas terroristas.
>Em março de 1972, com o aumento da violência, o governo britânico assumiu a
administração do Ulster, retirando a autonomia da Irlanda do Norte, que podia até então manter parlamento próprio. O IRA ampliou suas ações terroristas desde então, causando várias baixas no Exército britânico. Somaram-se, desde o final da década de 1960, mais de 3 mil mortos nos conflitos entre católicos e protestantes. A partir de 1972, a organização atravessou o mar e passou a agir em solo britânico, para chamar a atenção do mundo para a sua causa.
>O IRA possui dois braços para a ação política. Um deles, o Sinn Feinn, busca, por
intermédio da política e da legalidade, influir nas decisões do Parlamento britânico. O outro, formado por extremistas radicais conhecidos como provos, atua de maneira
terrorista, desde atacando lojas às vésperas do Natal até assassinando membros da
família real britânica.
>Na década de 1990, o número de extremistas do IRA diminuiu muito e a organização perdeu o apoio da população, cansada da violência. Diante disso e da necessidade de manter um contingente oneroso de soldados para garantir a paz na região, o governo britânico se dispôs a negociar com o da República da Irlanda uma saída pacífica para o longo conflito.
>Em julho de 1997, o IRA anunciou seu último cessar-fogo e, dois meses depois, em
setembro, o Sinn Feinn foi aceito para participar das negociações de paz. Em maio de 1998 ocorreu a assinatura do tratado de paz, ratificado por meio de um plebiscito que obteve 71% de votos favoráveis na Irlanda do Norte e 94% na República da Irlanda.
>Os principais pontos do acordo de paz defendem que:
• a Irlanda do Norte continue fazendo parte do Reino Unido, a menos que a maior
parte da população opte pela separação;
• seja eleita uma Assembleia de 108 membros, escolhidos entre católicos e
protestantes norte-irlandeses, que se renove a cada cinco anos e tenha como objetivo
definir políticas públicas que promovam o desenvolvimento econômico e de saúde no
país;
• um Conselho Ministerial atue entre as duas Irlandas na promoção do interesse
comum;
• sejam nomeados 12 membros para participar do Gabinete Ministerial como
representantes da comunidade irlandesa no governo britânico;
• o desarmamento dos grupos envolvidos seja total.
>O acordo entrou em vigor em 2000, mas a paz sempre é uma incógnita, já que
durante anos a desconfiança marcou as relações entre britânicos e católicos da Irlanda do Norte. Após os atentados de 11 de setembro nos EUA, os países ocidentais
intensificaram a sua preocupação com atentados terroristas, o que levou autoridades britânicas a suspeitar de envolvimento entre o IRA remanescente e lideranças da Al
Qaida. |