PROFESSOR
Edson Luís Moura Corassi, professor licenciado em Geografia (plena).Disciplina Específica da Licenciatura: • Geografia • Geografia Suplência • Geografia Geral • Geografia do Brasil • Geografia Humana • Geografia Física • Geociencias • Geografia Aplicada • Geografia Regional • Geografia Turística • Geoeconomia • Geopolítica • Geografia - Cartografia • Atualidades em Geografia Professor de história I, EMC, OSPB. - Especialista em cursinhos pré-vestibular. Sagitariano, Cristão, São Paulino,. PESQUISE
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sábado, 21 de novembro de 2009
GABARITO APOSTILA 3 ENSINO MEDIO GEOGRAFIA
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3
1 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 O CONTINENTE AFRICANO Para começo de conversa Página 3 As respostas desta atividade estão apresentadas em preto. Os retângulos coloridos e o círculo vermelho são respostas relativas ao “Desafio!” das páginas 3-4 do Caderno do Aluno. Em azul estão as respostas da seção “Leitura e Análise de Imagem e Mapa” das páginas 10-11 do Caderno do Aluno. Zona temperada norte Zona tropical Zona temperada sul 1 2 3 3 5 4 6 7 10 11 8 9 Fronteira Ásia/África Argélia Líbia Egito Marrocos Tunísia Saara Ocidental GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 2 Desafio! Página 3 1. Conforme se verifica no mapa mudo apresentado com a resposta (p. 1 deste gabarito), a África é um continente – aliás, o único – que possui terras em todos os hemisférios, pois é cortada pelo Equador, apresentando terras nos hemisférios Norte e Sul, assim como também pelo Meridiano de Greenwich, conferindo terras nos hemisférios Ocidental e Oriental. 2. Como é possível observar no mapa mudo apresentado com a resposta (p. 1 deste gabarito), a maior parte do continente encontra-se na Zona tropical, pois está ao Sul do Trópico de Câncer e ao Norte do Trópico de Capricórnio. O extremo norte situase na Zona temperada norte, e o extremo sul, na Zona temperada sul. 3. A fronteira entre a África e a Ásia costuma ser fixada no Istmo de Suez, o que faz da Península do Sinai território asiático, que, no entanto, pertencente ao Egito, um país do continente africano. Também se considera o Mar Vermelho como fronteira marítima entre os dois continentes. 4. Como é possível observar no mapa mudo apresentado com a resposta (p. 1 deste gabarito), a fronteira entre a África e a Ásia fica no Istmo de Suez, no norte do Egito. 5. A Península do Sinai, pertencente ao Egito, faz fronteira terrestre com Israel. O Sinai, considerado território asiático, é área de grande importância econômica (jazidas de petróleo) para o Egito, que, finalmente, obteve a sua devolução em 1979, após a assinatura de um acordo de paz com Israel. Importantes cidades egípcias localizam-se na região do Sinai, como Ismaília, Suez e Port Said, e, para alguns geógrafos, a fronteira israelo-egípcia deveria ser considerada como o limite preciso entre a Ásia e a África. O Canal de Suez, construído na segunda metade do século XIX, em 1869, tornou-se de grande importância geoestratégica ao permitir o encurtamento do trajeto entre a Ásia e a Europa. Leitura e Análise de Mapa Página 6 1. Sequência numérica: (2), (3), (2), (7) (1), (5), (4) e (2). GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 3 2. Tanto no extremo norte quanto no extremo sul do continente africano predominam clima e vegetação mediterrâneos. A ocorrência deve-se às latitudes norte e sul destas localidades. 3. • Rio Nilo: nasce no Lago Vitória – localizado entre Uganda, a Tanzânia e o Quênia –, desloca-se para o norte e atravessa áreas tropicais e desérticas até sua foz, próximo a Alexandria, no extremo norte do Egito. • Rio Zambeze: nasce em Zâmbia e faz fronteira entre Botsuana e Namíbia, Zâmbia e Zimbábue, desaguando no litoral de Moçambique, no Oceano Índico. • Rio Congo: o segundo maior em volume d’água no mundo, atravessa a floresta equatorial africana e deságua no Oceano Atlântico. Leitura e Análise de Mapa Página 10 1. O Saara, maior deserto quente do mundo, estende-se na porção norte da África e é considerado um marco divisório, ao separar o Norte da África, composto de países em que predominam povos árabes, semitas e camito-semíticos, da porção Centro-Sul do continente, denominada África Subsaariana, na qual a diversidade de etnias é muito grande. 2. Quanto à localização dos países da África do Norte, ver respostas acrescidas ao mapa mudo apresentado na p. 1 deste gabarito. As populações desses países têm uma unidade cultural dada pela religião islâmica, trazida pelos árabes da Península Arábica, a partir do século VII. 3. Do ponto de vista climático, o Sahel é definido como a zona cujo índice pluviométrico vai dos 200 até os 600 milímetros de chuvas por ano. A região recebe esta denominação, Sahel, porque significa “costa do deserto”, pois esta faixa de semiaridez corresponde à transição entre o deserto e a região tropical, mais úmida. O Sahel é formado pelos seguintes países: Mauritânia, Senegal, Mali, Burkina Faso, Níger e Chade. A semiaridez associada ao tipo de vida das populações locais também ocorrem no norte da Nigéria e da República dos Camarões, assim como no Sudão, na Eritreia e na Etiópia. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 4 Leitura e Análise de Mapa Página 12 1. Em árabe, a palavra “magreb” designa a “terra onde o Sol se põe”, em oposição ao conjunto formado pela Península Arábica, conhecida como a região do “machrek”, ou a “terra onde o sol nasce”. 2. O Magreb (ou também Magreb Central) corresponde à porção ocidental do Norte da África, onde se localizam o Marrocos, a Argélia e a Tunísia, países que foram integrados ao império colonial francês no século XIX e que, anteriormente, faziam parte do Império Turco-Otomano. No entanto, notifique a existência do Grande Magreb, região que se estende da Mauritânia à Líbia. 3. Em relação ao conjunto das exportações dos países que compõem o Magreb, as trocas econômicas e comerciais com a Europa são mais intensas do que as relações bilaterais que mantêm entre si. Além disso, devem-se considerar também os seguintes aspectos: de toda a África, esta região é a que se encontra mais próxima da Europa; é a região a mais rica da África, depois da África Austral, com vastas reservas de petróleo, gás natural, fosfato e ferro, matérias-primas de grande interesse dos europeus; é importante fonte emissora de migrações com destino à União Europeia e, portanto, a aproximação política torna-se geoestratégica; mas também há muitas incertezas, em virtude de movimentos islâmicos que se organizam e atuam mundialmente cujas bases estão nesses países. 4. A África do Norte, ou Setentrional, possui, além do Magreb, outras duas áreas distintas: o Vale do Rio Nilo e o Saara. Desafio! Página 13 Existem grandes similaridades entre o Rio Nilo, africano, e o Rio São Francisco, brasileiro. Primeiramente os dois têm traçado sul-norte; o Nilo nasce em área tropical e se direciona para o deserto, enquanto o São Francisco também tem sua nascente em área tropical e corre para a região do sertão nordestino. Além disso, ambos são utilizados para transporte; irrigação; e geração de energia. A diferença entre eles encontra-se no GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 5 tipo de foz, pois, enquanto o Nilo, nas proximidades de Alexandria, tem a sua foz em forma de delta, o São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas tem a sua foz em forma de estuário. LIÇÃO DE CASA Página 14 1. Espera-se que os alunos apresentem como justificativa o fato de o Rio Nilo atravessar mais de 2 000 quilômetros de deserto, propiciando áreas mais úmidas e férteis, fornecendo água e solos agricultáveis. Isso explica a presença, em suas margens, de muitas aglomerações humanas, como, por exemplo, o Cairo, Alexandria e El Giza, no Egito, e Cartum e Omdurman, no Sudão. 2. O Saara localiza-se ao norte do continente africano e se estende do Oceano Atlântico até o Mar Vermelho, abrangendo vários países. Em virtude de suas grandes extensões arenosas e baixíssima umidade, apresenta fraca densidade demográfica e desenvolve poucas atividades econômicas. 3. O sistema da Cadeia do Atlas, localizado no extremo noroeste da África, é um dos fatores responsáveis pela aridez do Deserto do Saara. Isso ocorre porque suas elevadas altitudes e orientação transversal impedem a passagem dos ventos que chegam do norte carregados de umidade do mar. 4. A formação dos desertos da Namíbia e do Kalahari associa-se à presença da corrente fria de Benguela. O anticiclone do Atlântico Sul é um centro emissor de massa de ar quente e úmida. No entanto, quando essa massa entra em contato com a corrente fria indicada, perde suas características originais, transformando-se em uma massa fria e seca. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 6 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 ÁFRICA: SOCIEDADE EM TRANSFORMAÇÃO Para começo de conversa Página 15 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador idealizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), órgão da ONU, para medir o desenvolvimento humano, e que para isso leva em conta os dados sobre a saúde, a educação e a renda per capita. Sua escala varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1 estiver o país, mais desenvolvido será. Leitura e Análise de Mapa e Tabela Página 15 1. De 0,843 a 0,640 África do Sul; Botsuana; Namíbia; Gabão; São Tomé e Príncipe; Guiné Equatorial; Cabo Verde; Marrocos; Argélia; Tunísia; Líbia; Egito; Comores; Ilhas Maurício; Seicheles. De 0,640 a 0,470 Lesoto, Suazilândia; Congo; Camarões; Nigéria; Zimbábue; Quênia; Sudão; Eritreia; Uganda; Djibuti; Gana; Togo; Senegal; Mauritânia; Madagascar; Gâmbia. De 0,470 a 0,336 Moçambique; Malauí; Zâmbia; Angola; República Democrática do Congo; Tanzânia; Burundi; Ruanda; República Centro Africana; Etiópia; Chade; Níger; Mali; Burkina Faso; Benin; Costa do Marfim; Serra Leoa; Guiné; Guiné-Bissau. Sem dados Libéria, Somália e Saara Ocidental. Os intervalos não correspondem exatamente à classificação adotada pelo PNUD: a categoria da legenda do mapa que envolve o intervalo de 0,843 a 0,640 acaba envolvendo índices de elevado a médio IDH, enquanto as demais categorias não englobam a totalidade de os níveis médio e baixo de desenvolvimento humano. Isso GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 7 acaba por não permitir a leitura da legenda do mapa tendo como referência as características de cada um dos níveis do IDH. 2. a) Conforme se observa no mapa, a maioria dos países africanos apresenta um índice de desenvolvimento humano muito baixo, principalmente os localizados na África Subsaariana, que apresentam os piores IDHs mundiais, o que se confirma na tabela. Somente os países que compõem a África do Norte, e também os localizados no sul do continente, apresentam IDHs considerados médios e bons. b) Os países mais pobres do mundo são os da África Subsaariana , com indicadores sociais e econômicos que demonstram uma péssima qualidade de vida para a população que habita esta região ao Sul do Deserto do Saara. Os problemas da África Subsaariana são fruto da condição de extrema pobreza que os países dessa porção do continente enfrentam. As economias dessas nações são basicamente exportadoras de produtos primários com baixo valor agregado, a maioria da sua população vive no meio rural e os Estados não são capazes de assegurar as condições mínimas de serviços de educação, assistência médico-hospitalar nem a absorção das pessoas no mercado de trabalho nas áreas urbanas. Tal situação de pobreza resulta diretamente em altíssimas taxas de mortalidade infantil e na precariedade das condições de vida, um cenário associado à baixa expectativa de vida de grande parte da população da África Subsaariana. A influência dos modelos coloniais deve ser responsabilizada pela atual situação, pois o alicerce dos Estados africanos foi constituído, quase sempre, pelo aparelho administrativo criado pela colonização europeia. No momento das independências, o poder político e militar transferiu-se das antigas metrópoles para as elites nativas urbanas, que instalaram regimes autoritários. Muitas vezes, estas elites representavam apenas um dos grupos étnicos do país, marginalizando por completo as etnias rivais. Como resultado, de modo geral, a vida política africana foi sobressaltada por sucessivos conflitos internos (incluindo golpes de Estado) e contaminada pela violência e pela corrupção. 3. Os dados apresentados permitem concluir que, apesar da persistência das condições de vida inaceitáveis para o grande conjunto dos países africanos, durante os últimos anos alguns deles conseguiram deslocamentos e deixaram a condição de IDH baixo GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 8 para atingir o médio. De certa forma, é possível notar que as nações subsaarianas, em geral, mantêm as piores condições sociais e que a mudança desse cenário só será possível se houver um longo e amplo investimento social e maior estabilidade democrática. Leitura e Análise de Mapa Página 19 1. As maiores densidades ocorrem em áreas voltadas para a costa, ou seja, próximas ao litoral, no Vale do Rio Nilo, no entorno dos Grandes Lagos, como o Lago Vitória, localizado nas fronteiras entre Uganda, Tanzânia e Quênia. As menores densidades demográficas são registradas nas áreas desérticas (principalmente nos desertos do Saara e do Kalahari) e nas áreas de florestas densas, como é o caso da floresta equatorial do Congo, e no Sahel, área de clima semiárido, localizado no entorno sul do Deserto do Saara, também há pouco povoamento. 2. As áreas próximas ao Rio Nilo apresentam grande concentração populacional. O mesmo ocorre com outros rios – como o Zambeze, o Níger, o Orange e o Congo – e também com as áreas dos lagos, a exemplo do Lago Vitória. 3. Além dos fatores físicos, há os históricos, ligados a um passado de colonização que contribuíram decisivamente para a atual configuração da distribuição da população no continente. Além disso, em sua porção norte, a proximidade com a Europa também interfere no adensamento populacional. 4. Em geral, os portos africanos localizam-se nas principais cidades dos seguintes países: no Egito, o Cairo e Alexandria contam com a presença de três portos importantes; na Nigéria, Lagos, sua capital, apresenta um dos maiores portos africanos; no Senegal, em Dakar; na África do Sul, na Cidade do Cabo, em Durban e Porto Elizabeth. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 9 Leitura e Análise de Mapa Página 21 1. Espera-se que os alunos reproduzam os dados apresentados no mapa como forma de reforçar a dependência da África em seu comércio com a Europa, continente que abriga suas antigas metrópoles. Além disso, devem ressaltar a menor posição correspondente às trocas intrarregionais, ou seja, no interior do próprio continente, tanto com relação ao fornecimento de mercadorias quanto como clientes entre si. Fornecedores de produtos para a África: (1) Europa; (2) Ásia e Oceania; (3) Mercado interno; (4) América do Norte; (5) Oriente Médio. Clientes: (1) Europa; (2) América do Norte; (3) Ásia e Oceania; (4) Mercado Interno. 2. Espera-se que os alunos apontem a ampla vantagem da Europa no comércio intrarregional, em razão de as relações comerciais ocorrerem no âmbito da União Europeia, que congrega 27 países, em grande parte ricos. A globalização em curso e a formação de blocos econômicos internacionais devem ser citadas como responsáveis por reproduzir esquemas de dependência econômica na África, pois, como uma das heranças do passado colonial, grande parte de seus países possuem economias pouco diversificadas, exportadoras de produtos primários, agrícolas, minerais e petrolíferos, o que não permite a eles romper com o modelo financeiro que os subordina aos mercados dos países consumidores. Tal característica faz com que a África conte pouco na economia mundial, ainda que suas trocas comerciais com outras regiões do mundo se desenvolvam, em particular com a China. Leitura e Análise de Gráfico e Mapa Página 22 1. Espera-se que os alunos reproduzam os dados apresentados no gráfico como forma de reforçar a dependência da África com a Europa, continente que abriga suas antigas metrópoles. Os investimentos diretos aumentaram na África desde 1980 até 2004, destacando-se a Europa como a maior investidora. Os países da Ásia do Pacífico aumentaram significativamente os investimentos diretos no continente africano, igualando-se aos dos países da América do Norte. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 10 2. Os chineses têm sido os maiores investidores na África Subsaariana e a sua presença no continente data da década de 1960, quando participaram ativamente da venda de armamentos para grupos comunistas insurgentes em diversos países africanos. Depois das mudanças ocorridas na China, em 1978, com a abertura das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), e principalmente no século XXI, com o forte crescimento da economia chinesa, os interesses bilaterais entre as partes pautaram-se pela ampliação das vendas de manufaturados e pela compra de matérias-primas (principalmente algodão e petróleo) Em 2008, a África tornou-se o terceiro maior captador de investimentos diretos chineses, sendo ultrapassada apenas pela Ásia e a América do Norte. Nesse sentido, é possível perceber que a China se beneficia muito mais, pois, além de ter acesso a produtos primários, notadamente algodão e petróleo, importantes para manterem acesa a chama do dragão asiático, também exportam itens manufaturados para a África com maior valor agregado. Com a maior população do mundo, o incentivo à migração da China para a África também tem sido significativa. No decorrer das últimas 4 décadas, o governo de Pequim enviou cerca de 20 mil técnicos agrícolas e especialistas de diversas áreas para o continente. Na atualidade, a migração de chineses para a África é sensível; apesar de os dados não serem precisos, calcula-se que cerca de 500 mil chineses vivem e trabalham no continente. Leitura e Análise de Texto Página 23 1. Espera-se que os alunos identifiquem um exemplo contundente da globalização dos mercados no trecho em que o autor descreve em que condições as hortaliças africanas podem ser adquiridas, transportadas e vendidas no dia seguinte no mercado londrino. 2. O autor destaca que as encomendas realizadas pelos europeus só é possível pela facilidade de acesso a bons sistemas de comunicação (telefonia). 3. Espera-se que os alunos tenham em mente que os benefícios da globalização podem auxiliar os vendedores de hortaliças do Zimbábue, porém a maior parte do continente africano ainda se encontra à margem desse sistema. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 11 Leitura e Análise de Gráfico e Tabela Página 24 1. A malária e a Aids. Por um lado, as precárias condições de vida e, por outro, a ausência ou insuficiência rede médico-hospitalar acabam resultando em taxas de mortalidade bastante elevadas 2. Verificar tabela com resultados na página 32 do Caderno do Professor. Segundo os dados, dos 33,2 milhões de infectados com AIDS no mundo, 22,5 milhões vivem na África Subsaariana, o que corresponde a mais de dois terços de todas as pessoas infectadas por HIV no planeta. 3. Em países com alta incidência de portadores de HIV, a expectativa de vida (ou esperança de vida ao nascer) diminuiu drasticamente, em razão das altas taxas de mortalidade associadas à doença. Como se vê no gráfico, a esperança de vida ao nascer reduz-se praticamente à metade em razão da circulação do HIV. 4. Em países com grande contaminação por HIV, a expectativa de vida diminuiu drasticamente, ocasionando mudanças visíveis no padrão das pirâmides etárias. Estima-se que, na África Meridional, a expectativa de vida reduziu-se a níveis observados pela última vez na década de 1950: na atualidade encontra-se inferior a 50 anos, como demonstram as pirâmides apresentadas. Apesar dos avanços na expectativa de vida em países da África Oriental desde início de década de 1950, essa significativa melhora estancou-se no final da década de 1980 em virtude da AIDS. Espera-se, portanto, que os alunos relacionem o aumento da taxa de mortalidade à alteração no corpo da pirâmide, com a diminuição considerável da população economicamente ativa (menor número de pessoas em idade produtiva em relação à base e ao topo da pirâmide), o que compromete a economia do país e a qualidade de vida da população em geral. LIÇÃO DE CASA Página 28 a) A África Subsaariana concentra mais de 60% dos infectados com Aids no mundo e 65% dos novos casos de contaminação anuais. As razões que explicam esses indicadores ruins são: baixo nível de renda e escolaridade da população, o que resulta GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 12 em dificuldades de compreensão e de acesso a informações sobre formas de disseminação e controle; extrema pobreza; Estados pobres e desorganizados, politicamente instáveis, ineficazes em realizar campanhas de conscientização, prevenção e controle da doença; questões culturais, como a “visão mítica” sobre a doença e a prática da poligamia sem o uso de preservativos; elevadas taxas de transmissão de mãe para filho; além de insuficiente ajuda internacional para o controle da doença e de desvios de verbas por corrupção ou por roubo generalizado. b) Anualmente, na África Subsaariana morrem cerca de 8,5% da população infectada, enquanto na Europa Ocidental/Central essa taxa é menor, de apenas 1,6%. Entre as razões dessa diferença encontram-se: a maior renda e escolaridade das populações europeias; a melhor assistência médico-hospitalar existente nos países europeus, herança positiva do Estado de Bem-Estar (Welfare State), em que se assegura uma assistência eficiente ao doente inclusive no que se refere ao custeio e distribuição dos remédios contra a Aids, permitindo a melhoria significativa da sobrevida dos infectados Desafio! Página 29 Verificar tabela com resultados na página 35 do Caderno do Professor. Em relação aos conceitos de endemia, epidemia e pandemia, vale a pena registrar que devem ter sido trabalhados em Biologia. Assim, espera-se que os alunos resgatem informações básicas como as seguintes: Endemia é qualquer doença infecciosa que ocorre apenas em áreas restritas. Já no caso da epidemia, a doença infecciosa atinge ao mesmo tempo várias regiões. Podem ocorrem surtos epidêmicos, o número de casos aumenta, mas estes continuam restritos às regiões inicialmente atingidas. No caso de pandemia, a doença infecciosa praticamente desconhece fronteiras geográficas: ela se dissemina para muitos locais e regiões, contabilizando um grande número de doentes. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 13 Assim, no caso da AIDS na África tem-se uma pandemia : um grande número de contaminados em praticamente todo o continente. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 14 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 ÁFRICA E EUROPA Para começo de conversa Página 31 Neste exercício, o destaque da primeira imagem fica por conta da presença da bandeira francesa empunhada por um soldado no interior de alguma aldeia africana, como também da arma de fogo, que poderia indicar, de certa forma, o uso da força militar. O colonizador europeu, portanto, é representado na imagem com armas de fogo e bandeira, símbolo da supremacia da metrópole em relação aos nativos. A segunda imagem demonstra a aliança entre colonizados e lideranças locais. E, na terceira imagem, a colonização é reproduzida pela visão eurocêntrica na qual soldados levantam a bandeira representativa do domínio europeu e, ao fundo, a fumaça sugere, de forma implícita, que a colonização não foi pacífica. Leitura e Análise de Mapa Página 32 País- Metrópole Colônias Bélgica Congo Belga; Ruanda e Urundi (Burundi). França África Ocidental Francesa; Argélia; Tunísia; Marrocos Francês; Costa do Marfim; Guiné Equatorial Francesa; Somália Francesa; Madagascar; Ilhas Comores; Reunião. Alemanha Camarões; Sudoeste Africano Alemão; África Oriental Alemã; Togolândia. Itália Líbia; Somália Italiana; Eritreia. Portugal Madeira; Ilhas de Cabo Verde; Guiné Portuguesa; São Tomé; Angola; Moçambique. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 15 Espanha Marrocos Espanhol; Ilhas Canárias; Rio do Oro; Fernando Poo; Rio Muni. Reino Unido União Sul Africana; Nigéria; Sudão; Uganda; Quênia; Egito; Costa do Ouro; Serra Leoa; Somália Britânica; Gâmbia; Cabinda; Baía de Walvis; África do Sul; Basutolândia; Suazilândia; Botsuana; Rodésia do Norte; Rodésia do Sul; Niassalândia; Seicheles; Ilha de Zanzibar; Ilhas Aldabra; Maurício. Nações independentes Libéria; Etiópia. Leitura e Análise de Texto Página 33 1. O escritor africano resgata a necessidade de preservar a história oral do Mali como única forma de garantir a preservação da cultura e os saberes genuinamente africanos, representados pela força da oralidade para a perpetuação da história. 2. Espera-se que os alunos identifiquem nos versos do poema, de 1899, como o autor enfatiza a visão imperialista e a missão civilizadora dos brancos europeus na África. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 16 Leitura e Análise de Texto Página 35 Fonte: Atelier de Cartographie de Sciences Po. Disponível em: Acesso em: 5 ago. 2009. 1. Espera-se que os alunos percebam que a foto ilustra adequadamente o conteúdo da matéria. Os imigrantes estão sendo impedidos pela guarda costeira de seguir viagem à Europa, atitude comum tomada pelas autoridades que controlam o mediterrâneo na região das Ilhas Canárias (Espanha). Conforme se verifica, as embarcações são precárias e colocam em risco a vida desses imigrantes. 2. Espera-se que os alunos apontem que a busca por melhores condições de vida fazem desses imigrantes o que se denomina “refugiados econômicos”. Mali Gâmbia Senegal Guiné Bissau Marrocos Ilhas Canárias GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 17 Leitura e Análise de Mapa Página 36 1. Neste caso, os alunos precisam sinalizar que as diferenças notórias na distribuição da riqueza entre os continentes indicam que as áreas mais pobres são as que apresentam maior número de refugiados e deslocados territoriais. 2. Aqui, o que se espera dos os alunos é que destaquem que se trata de imigrantes simples ou voluntários, alguns são refugiados e solicitantes de asilo por motivos como desastres naturais, guerras ou projetos de desenvolvimento (construções de barragem, centros industriais, camponeses que perderam suas terras etc.), porém a grande maioria migra por razões econômicas. Como a União Europeia e outras organizações não consideram a migração econômica um fato, isso impede que ONGs humanitárias e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), que dispõe de mandato internacional, possam intervir ou atuar adequadamente em prol dessa categoria de migrantes. 3. Esses países estão localizados na porção centro-ocidental da Europa, onde se concentram aqueles que foram, praticamente até 1960, os colonizadores da África. PESQUISA EM GRUPO Página 38 Divididos em grupos, os alunos devem ter escolhido para pesquisar um dos conflitos presentes no mapa. A grande maioria deles está ligada a disputas e rivalidades étnicas, muitas delas associadas ao imperialismo europeu e à implantação de fronteiras artificiais. Durante a Guerra Fria, grande parte dos conflitos teve suporte das superpotências: Estados Unidos e União Soviética. Com o fim da URSS, os conflitos locais deixaram de receber ajuda das antigas superpotências. Hoje, são apoiados “veladamente” por países europeus, China e Estados Unidos, como é o caso do governo do Sudão, apoiado por chineses. Espera-se que os alunos desenvolvam a capacidade de síntese e de análise crítica. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 18 Desafio! Página 39 Neste caso espera-se que os alunos indiquem esse fator como um elemento a mais na conjuntura africana. A instabilidade interna é resultado de uma dinâmica dos fatos até agora estudados e da forma como os países foram governados até agora. LIÇÃO DE CASA Página 40 1. Espera-se que os alunos identifiquem que o texto coloca em evidência a artificialidade das fronteiras políticas africanas, relacionando-as à obra dos colonizadores europeus. Eles podem justificar com base no indicador cronológico do texto (Conferência de Berlim, 1884-85) e abordar o fato de que as fronteiras políticas da África impostas pelos colonizadores foram perpetuadas mesmo após as independências africanas, ocorridas principalmente nas décadas de 1960 e 1970. 2. Em particular, o problema dos conflitos étnicos e religiosos, não referenciados de forma explícita no texto. Os alunos poderão identificá-lo com base nos seus conhecimentos sobre as heranças do colonialismo no continente. 3. A expectativa é que os alunos resgatem alguns conteúdos estudados, aplicando-os na resolução da questão. Entre outros, poderão particularizar as características das exportações da África Subsaariana, ressaltando que o percentual de itens manufaturados nas exportações dessa grande região continua pouco expressivo (na ordem de 25%), constituído por um conjunto parco de produtos e número restrito de países. Além disso, poderão considerar que os fluxos de IDE (investimento direto estrangeiro), longe de contribuir para a diversificação das economias africanas, são aplicados justamente na parte das matérias-primas, dirigidos de forma prioritária para o setor extrativo. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 19 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 ÁFRICA E AMÉRICA Leitura e Análise de mapa e gráfico Página 41 1. De acordo como mapa, as rotas de saída indicam a costa do Senegal, o Golfo da Guiné; o Congo; e Angola. As principais regiões de entrada correspondem inicialmente à região do mar do Caribe, que absorveu grande parte da mão de obra escrava no século XVIII, e a costa brasileira, por causa do uso da mão de obra escrava no cultivo da cana-de-açúcar, nos séculos XVI e XVII. A partir do século XIX, intensificou-se a entrada na porção Sudeste do Brasil, área de predomínio da agricultura cafeeira, e mantinha-se a entrada de escravos na região do Caribe. 2. No século XVIII. 3. Séculos XV-XVI: 500 mil. Século XVII: 3 milhões. Século XVIII: aproximadamente 7,2 milhões. Aqui, professor, os alunos podem estimar que, pela espessura das setas finas na coleção de mapas, as duas setas finas representadas nesse mapa saindo de Zanzibar e de Luanda equivalham a 100 mil cada uma. Século XIX: 4,207 milhões. Total: aproximadamente 15 milhões (14,907 milhões). 4. Entre 1650 e 1850, período em que a escravidão esteve vigente, a população residente no continente africano foi praticamente a mesma. Após 1850, com a proibição do tráfico de escravos, a população do continente passou a ter crescimento expressivo, com destaque para as últimas décadas do século XX. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 20 Leitura e Análise de Imagem Página 43 Espera-se que os alunos destaquem que a primeira imagem é representativa do período da escravidão no Brasil, em que se mostra a população africana cativa sendo negociada no mercado de escravos. Já a segunda imagem denota parte das conquistas sociais dos negros brasileiros, ao conseguirem acesso à universidade como indica a colação de grau da Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares, em São Paulo. Desafio! Página 44 Espera-se que este exercício contribua para que os alunos desenvolvam a habilidade de argumentar consistentemente tanto no sentido de defender a lei quanto de criticá-la. Soma-se a isso a habilidade da produção de texto, principalmente considerando-se as recomendações quanto ao gênero que se pretende. Objetiva-se, portanto, fazer com que os alunos ampliem ao máximo sua compreensão acerca do instrumento legal, assim como desenvolvam uma posição crítica acerca do tema com o intuito de aprimorar a sua autonomia intelectual e pessoal. Os alunos deverão perceber que o texto da lei é bastante rigoroso quanto ao seu objeto. Embora essa legislação represente um avanço e um instrumento na luta para acabar com o preconceito racial, poucas são as pessoas punidas por comportamentos preconceituosos e racistas. Devem perceber ainda que este instrumento , ainda que fundamental, é insuficiente para garantir aos negros os direitos previstos na Constituição de 1988. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 21 PESQUISA INDIVIDUAL Página 45 Espera-se que os alunos percebam quão importante é a influência da cultura africana em ilhas do mar do Caribe, como Jamaica e Cuba, e nos Estados Unidos, por exemplo, Essa influência manifesta-se na culinária, na música, na religião, entre outros aspectos. PESQUISA EM GRUPO Página 46 Espera-se que os alunos percebam a influência da cultura africana na cultura hip-hop. O incentivo para que eles produzam algo da cultura hip hop, visa a desenvolver a análise crítica e a criatividade. Dessa maneira, reforça-se a relação entre o que eles aprenderam e a sua consequente aplicação no cotidiano. VOCÊ APRENDEU? Página 46 1. A expectativa é que os alunos reconheçam e associem a relativa pobreza hidrográfica com a forte diferenciação climática do continente africano, uma vez que há extensas áreas com predomínio de tipos climáticos desérticos, semiáridos e mediterrâneos tanto ao norte como ao sul. . O enunciado propicia comentário sobre as principais áreas desérticas: o Saara, ao norte do continente, e os desertos do Kalahari e da Namíbia, no extremo sul. De forma complementar, poderão também identificar alguns fatores que influem decisivamente para a existência dessas áreas, como, entre outros, a atuação da corrente marítima fria de Benguela para os desertos do extremo sul, e de outra corrente de mesmo tipo (Canárias) e a Cadeia do Atlas para o caso do Saara, ao norte. 2. O enunciado retoma o entendimento dos tipos climáticos africanos, dirigindo tal entendimento para os seus biomas. A principal expectativa é que os alunos apontem o fato de a vegetação se adaptar às condições climáticas predominantes nas regiões GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 3 22 do continente africano, principalmente a temperatura e a umidade. Nesse sentido, espera-se que a resposta abranja o aspecto de que, no continente africano em particular, a variação latitudinal determina características semelhantes nos tipos climato-botânicos ao norte e ao sul do Equador. De maneira complementar e para justificar essa afirmação, espera-se que eles identifiquem alguns exemplos, como o fato de que nas áreas úmidas próximas do Equador ocorrem as formações florestais higrófilas latifoliadas, enquanto nas áreas desérticas há a presença de vegetação xerófita, isto é, vegetais que se adaptam a ambientes secos. 3. O Deserto do Kalahari é resultado da ação da corrente marítima fria de Benguela, que reduz a umidade relativa do ar no litoral e impede a entrada de massas de ar oceânicas úmidas. 4. Específico e pontual quanto ao conteúdo, o enunciado da questão exige conhecimento básico dos alunos sobre a região conhecida como Magreb, solicitando sua localização no continente africano. 5. A afirmação III é a única incorreta entre as demais, pois durante a década de 1990, logo após o término da Guerra Fria (1947-1989), o continente africano como um todo e em particular a África Subsaariana perderam o interesse estratégico e geopolítico dos países desenvolvidos com a derrocada da disputa entre capitalismo e socialismo. |