PROFESSOR
Edson Luís Moura Corassi, professor licenciado em Geografia (plena).Disciplina Específica da Licenciatura: • Geografia • Geografia Suplência • Geografia Geral • Geografia do Brasil • Geografia Humana • Geografia Física • Geociencias • Geografia Aplicada • Geografia Regional • Geografia Turística • Geoeconomia • Geopolítica • Geografia - Cartografia • Atualidades em Geografia Professor de história I, EMC, OSPB. - Especialista em cursinhos pré-vestibular. Sagitariano, Cristão, São Paulino,. PESQUISE
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Faces da Globalização.
No início dos anos 1990 a internet a marca do milhão de
usuários e teve início o uso comercial da rede, provocando a expansão global da
produção e do capital e a interligação acelerada dos mercados. Trata-se de um
processo em curso, uma nova fase do capitalismo financeiro e do imperialismo,
comandado pelas grandes empresas transnacionais, que procuram abrir novos
mercados. O poder dessas empresas ultrapassa cada vez mais o poder das
economias nacionais.
A
globalização é, portanto, um conjunto de mudanças que estão ocorrendo em nível
mundial na esfera econômica, financeira, comercial, social, cultural e nos
sistemas produtivos, intensificando a inter-relação dos países e dos povos. Ela
implica também uma grande uniformização de padrões econômicos e influências
culturais, onde percebemos que valores tipicamente ocidentais, como o casamento
ao lado, mescla-se às tradições de países tão distantes como a Tailândia.
Vale
ressaltar que nem todos os países se inserem na economia global no mesmo ritmo.
Com a globalização houve, a partir dos anos 1980, um crescimento do comércio
mundial porém a acentuada concorrência capitalista criou um espaço econômico
instável, que exige competitividade. Neste processo, os países subdesenvolvidos
participam com apenas 30% desse comércio global. Está ocorrendo uma maior
concentração de riquezas: os países ricos ficam mais ricos e os pobres mais
pobres. Essa concentração de renda explica-se, entre outros motivos, pela
redução das tarifas de importação nos países da periferia, que beneficiou muito
mais os produtos exportados pelos países mais ricos.
Os países
mais pobres não têm conseguido exportar produtos agrícolas para os mais ricos,
pois estes subsidiam a produção interna. Para os países pobres, os custos
sociais da globalização são muito altos, pois ela tem ocasionado a minimização
do valor da mão-de-obra e o aumento do desemprego e, por consequência, dos
excluídos. Esse desemprego é causado pelo alto grau de desenvolvimento
tecnológico alcançado na produção industrial, com o uso intensivo de máquinas
que automatizam o processo produtivo, intensa utilização de robôs, e,
principalmente, a terceirização de funções menos técnicas. Esse tipo de
desemprego é denominado "desemprego estrutural" porque afasta o
trabalhador por longos períodos.
Para
concorrer com o capital externo, as empresas nacionais são obrigadas a diminuir
custos, reduzir salários e demitir funcionários. A mão-de-obra menos
qualificada é descartada e adota-se a prática da terceirização do trabalho
(para serviços gerais, limpeza, vigilância, manutenção de equipamentos menos
sofisticados, etc.), eliminando-se muitos dos direitos dos trabalhadores e
eliminando-se muito das conquistas sindicais.
Desta
forma, a globalização tem gerado duas tendências contraditórias. Se, de um
lado, necessita de novos mercados consumidores, de outro consolida uma economia
baseada em mão-de-obra barata (principalmente a dos países em desenvolvimento),
reduzindo o poder de compra de grande parcela da população mundial.
Muitos
problemas sociais surgiram com a redução dos salários e a deterioração das
condições de trabalho. A globalização tem aumentado a imigração de pessoas de
países pobres para os países ricos, a economia informal e o subemprego
expandiu-se com o aumento dos desempregados, principalmente nos países
subdesenvolvidos, que ainda sofrem com a falta de escolas de ensino básico e
ensino técnico de qualidade, com péssimos serviços de saúde, saneamento,
segurança e assistência social. Um dos resultados mais visíveis desse processo
de degradação é o aumento da violência, estampada diariamente nas televisões,
jornais, revistas e à nossa volta.
Os produtos e as marcas.
O
crescimento astronômico da riqueza e da influência cultural das corporações
transnacionais nos últimos quinze anos pode, sem sombra de dúvida, ter sua
origem situada em uma única e aparentemente inócua ideia desenvolvida por
teóricos da administração em meados da década de 1980: as corporações de
sucesso devem produzir principalmente marcas, e não produtos.
(...) Todo mundo pode fabricar um produto, raciocinam
eles (...). Essa tarefa simples, portanto, pode e deve ser delegada a terceiros
cuja única preocupação é atender às encomendas a tempo e dentro do orçamento (e
o ideal é que fiquem no Terceiro Mundo, onde a mão-de-obra é quase de graça, as
leis são frouxas e isenções fiscais e redução de impostas conseguidas aos
montes). As matrizes, enquanto isso, estão livres para se concentrar em seu
verdadeiro negócio - criar uma poderosa rede de convencimentos (marketing) para
impor modismos e necessidades a esses toscos objetos apenas assinalando-os com
seu nome. O que importa, verdadeiramente, é o valor da marca agregada ao
produto.
As Multinacionais.
No
contexto da economia mundial globalizada, a disputa econômica entre as empresas
tem como palco o mercado mundial. Vivemos rodeados por produtos das mais
diversas origens, fabricados por multinacionais bastante conhecidas.
As
empresas multinacionais ampliaram seus mercados, vendem seus produtos em
praticamente todos os países, aumentaram o número de filiais em todo o globo e
compraram muitas empresas em vários países, principalmente nos
subdesenvolvidos.
Cerca de
90% das maiores corporações industriais financeiras e comerciais está situada
em três regiões geográficas: Estados Unidos (responsáveis por mais de 40%),
Europa e Japão.
Multinacionais de vários setores - alimentos, vestuário, comércio,
indústria, telecomunicações, bancos, entretenimento, etc. - ampliaram a sua
presença no mundo inteiro. Mas o destino dos lucros transferidos pelas filiais,
as grandes decisões sobre investimentos, marketing e localização dos centros de
pesquisas para desenvolvimento de tecnologia, permanecem concentrados nas sedes
dessas empresas, situadas nos países desenvolvidos. Muitas delas controlam
recursos naturais, terras e jazidas minerais de vários países do mundo.
Algumas
empresas movimentam anualmente um capital superior à economia de vários países
reunidos. Em conjunto, são responsáveis por cerca de 70% do comércio mundial de
mercadorias. Os países escolhidos para os investimentos dessas empresas são
aqueles que oferecem as maiores vantagens: mão-de-obra barata, abundante e com
razoável qualificação, matérias-primas abundantes e de fácil acesso,
significativo mercado consumidor, baixos custos para instalações das plantas
industriais e, principalmente, incentivos fiscais como redução ou isenção de
impostos, energia de baixo custo, redes de transportes e comunicações
eficientes, etc.
Levantamento do Institute for Policy Studies, Top 200:
The Rise of Corporate Global Power 2000 informa que "das maiores cem
economias do mundo, 52 agora são corporações, apenas 48 são países". A
pesquisa mostra que o pódio das maiores "A Mitsubishi é a 22ª maior
economia do mundo. A Ford é a 31ª. Todas são economias maiores do que a
Dinamarca, Tailândia, Turquia, África do Sul, Arábia Saudita, Noruega,
Finlândia, Malásia, Chile e Nova Zelândia". O mesmo estudo contabiliza que
"em 1999 o valor das vendas das corporações General Motors, Wal-Mart,
ExxonMobil, Ford Motors e Daimler-Chrysler, em separado, foi maior do que o PIB
de 182 países. O valor das vendas das duzentas maiores corporações cresce mais
rápido do que a economia global". No entanto, diz a pesquisa, essas
"duzentas maiores corporações do mundo responsáveis por quase 30% da
atividade da economia global, empregam menos de 1% da força de trabalho do
mundo. Enquanto o lucro delas cresceu 362% entre 1983 e 1999, o número de
empregos cresceu apenas 14,4%. Essas companhias, ao comprar competidores,
eliminam empregos duplicados", encerra o trabalho. As mil companhias mais
ricas do mundo controlavam mais de 80% da produção industrial do planeta,
apurou o veterano correspondente internacional americano Robert Kaplan [The
Atlantic Monthly, em 1997].
Bibliografia:
www.wikipedia.org
www.portalsãofrancisco.com.br
www.r7.com.br
Livro:
in
Território e Sociedade no mundo globalizado. Elian Alabi Lucci e outros. 2005.
p.128 (adaptado)
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